
Roberto Marinho
A morte de Roberto Marinho foi destaque nos principais jornais do país. Nossa 14ª edição ressalta não a figura do jornalista polêmico, Presidente do Grupo Globo, mas sim a figura daquele que criou uma das principais fundações do país, a Fundação Roberto Marinho.
Roberto Marinho nasceu em 1904, no Estácio, Rio de Janeiro. Filho do jornalista Irineu Marinho e de Francisca Pisani Marinho, tinha apenas 21 anos quando seu pai fundou O Globo, cujo primeiro número circulou em 1925. Roberto Marinho foi trabalhar no jornal do pai como simples repórter com um salário de 600 mil réis. Após a morte do pai, apenas 21 dias depois do lançamento do jornal, Roberto Marinho sentindo-se inexperiente para ocupar o lugar do pai, indicaria Euricles de Matos para assumir a direção do jornal. Somente em 1932 assumiria definitivamente o comando de O Globo.
A partir daí, surgia uma das mais espetaculares carreiras empresariais do país que iria culminar com a criação de um dos maiores impérios de comunicação do mundo e da quarta rede de televisão do planeta. Roberto Marinho foi dono de um patrimônio pessoal de quase 2 bilhões de dólares (segundo a revista Forbes) e de um gigantesco conglomerado de mais de cem empresas.
Se é verdade que o “Dr. Roberto Marinho”, como era conhecido entre os funcionários das Organizações Globo, foi figura de importante influência política nos destinos do país, o mesmo também foi responsável pela criação de um dos maiores instrumentos de investimento social hoje existentes no Brasil, a fundação que leva o seu nome. Assim, em 1977, as Organizações Globo criavam uma instituição privada, sem fins lucrativos, que teria como objetivo “contribuir, através do uso dos meios de comunicação, para a solução dos problemas educacionais da maioria da população brasileira”.
Para cumprir esta meta, a Fundação Roberto Marinho desenvolve projetos educacionais em todo o país, nas áreas de ensino básico, educação extracurricular, patrimônio histórico, cultural e natural. Como princípio de realização, optou pelo modelo de parceria. Casarões e prédios desbotados viram espaços coloridos de história e cultura e os saberes e os fazeres do nosso povo são valorizados. Suas iniciativas de educação ambiental contribuem para mostrar a importância de preservar para as futuras gerações animais e florestas ameaçados de extinção e de manter uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Os números acumulados ao longo de sua história dão a exata medida de sua atuação. O Telecurso 2000, com 1.272 programas/aulas, já atingiu mais de 750 mil pessoas (distribuídos em 22.000 telessalas de empresas/instituições) só no ano passado, somando mais de dois milhões de alunos que já freqüentaram as salas de aula do projeto desde o seu lançamento em 1995. Assim, jovens e adultos que não puderam concluir seus estudos básicos na época adequada, estão tendo a oportunidade de fazê-lo. E milhares de pessoas em todo o Brasil conquistam uma capacitação mínima para o mercado de trabalho.
A Fundação também realizou mais de 80 projetos de preservação e valorização dos bens históricos e culturais brasileiros, com a recuperação de museus, igrejas, capelas, conventos, casarões, teatros, centros e monumentos históricos em mais de 30 cidades brasileiras.
Ao “Dr. Roberto Marinho”, pela sua qualidade de cidadão preocupado com os rumos da educação brasileira, fica a homenagem do www.RESPONSABILIDADESOCIAL.COM.
Entre em contato com a Fundação Roberto Marinho: www.frm.org.br
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