O americano Hunter Adams (Patch foi um apelido surgido 40 anos atrás) é tido como um dos pioneiros na idéia de que médicos devem tratar as pessoas, e não apenas as doenças. Após trinta anos de experiência, Patch Adams acha que é possível ajudar a manter a saúde através da alegria, do riso e da gentileza.
O médico-palhaço Patch Adams há três décadas vem transformando os quartos dos hospitais que visita em um verdadeiro picadeiro. Sua especialidade é animar pacientes com brincadeiras para reduzir o sofrimento deles. A vida de Adams foi retratada em 1998 no filme O Amor É Contagioso, com o ator Robin Williams no papel principal, e serviu de inspiração para o surgimento de vários grupos doutores da alegria, espalhados pelo mundo (no Brasil: http://www.doutoresdaalegria.org.br).
O médico é autor de três livros em que defende sentimentos como humor, compaixão, alegria e esperança no tratamento de pacientes e diz que o medo que os médicos têm de cometer erros destrói a relação médico-paciente. Hoje, Adams dirige o Instituto Gesundheit (saúde, em alemão), nos Estados Unidos, que atende pacientes de graça. Também dá palestras e cursos em vários países.
A medicina, segundo Patch Adams, envolve muito mais que o puro conhecimento científico. “Medicina envolve relacionamento entre médico e paciente. Um bom médico é aquele que sabe cultivar essa relação por meio da troca de experiências, amizade, humor, confiança. Se existe desconfiança de um dos lados, essa relação vai por água abaixo. O grande problema da medicina é que os profissionais da saúde se sentem cobrados demais, acumulam várias funções e acham que não são devidamente recompensados por isso. A possibilidade de haver processos contra erros apavora os médicos, e a desconfiança destrói a relação médico-paciente”.
Doutores da Alegria: www.doutoresdaalegria.org.br
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