
Sérgio Vidoto, diretor comercial da joint venture Cattalini
A obra pode ser iniciada já em 2013 num investimento da ordem de R$ 800 milhões
Uma comitiva austríaca, acompanhada de empresários do Brasil, estuda implantar uma usina de processamento de resíduos orgânicos para a produção de energia elétrica e biogás em Foz do Iguaçu (PR). O anúncio foi realizado no último dia 13, durante uma reunião com lideranças do município.
Um projeto piloto da usina desenvolvido pelo grupo já está em curso em Curitiba. Atualmente a proposta está em fase de aprovação do licenciamento ambiental. A expectativa é que obra inicie em junho de 2013. Ao todo, o grupo pretende instalar 15 unidades no estado, totalizando R$ 750 milhões em investimentos no Paraná e R$ 50 milhões na fronteira.
Para Sergio Vidoto, diretor comercial da Cattalini Bio Energia, empresa brasileira integrante da comitiva, o objetivo do grupo foi estabelecer um diálogo com Foz do Iguaçu, com vistas a valorizar o trabalho dos agentes ambientais, oferecer mais emprego e colaborar na preservação ambiental. “A visita foi um primeiro contato com a intenção de iniciar os estudos de viabilidade da usina em Foz do Iguaçu”, diz.
A usina prevê o processamento de 150 toneladas de resíduos por dia no primeiro ano. No segundo ano, a capacidade pode dobrar para 300 toneladas. A intenção é de comercializar o subproduto com empresas do setor, como Companhia Paranaense de Gás (Compagas) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A primeira ficaria responsável pelo recebimento do gás metano e a segunda, pela energia elétrica.
“Temos um potencial enorme para gerar energia a partir dos materiais orgânicos. Se o projeto conseguir aliar essa tecnologia ao trabalho dos agentes ambientais tem tudo pra dar certo. Como destino ecológico, Foz do Iguaçu tem que adotar práticas sustentáveis”, avalia Gilmar Piola, presidente do Fundo Iguaçu.
O prefeito eleito da cidade, Reni Pereira, lembra que a iniciativa vem em boa hora. “É uma tecnologia que traz sustentabilidade e racionalidade. Será um ganho para a cidade. Vale destacar que esse projeto já foi apresentado ao governo do estado e conta com a simpatia do governador”, garante.
Segundo o chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, a cidade precisa se espelhar em modelos de destinação de resíduos orgânicos no mundo. “Ver como essas cidades tratam os resíduos, que tipo de tecnologia utilizam, como foi a implantação. Acredito que esse é o caminho para a sustentabilidade”, completa.
Cattalini Bio Energia – Telefone: (41) 9807-3456
Também nessa Edição :
Perfil: Fernando Botelho
Entrevista: Renato Dolabella (2012/12)
Artigo: Sustentabilidade: trazendo o futuro a valor presente
Notícia: Brasil precisa de novos padrões que medem poluição, diz estudo
Notícia: IBGE divulga novo retrato das instituições sociais brasileiras
Oferta de Trabalho: Procura-se (12/2012)
Leave a Reply