
Agência de Cotia em São Paulo
Brasil ganha a primeira agência bancária com iluminação natural, energia solar e madeira certificada
O Banco Real inaugurou recentemente uma agência que valoriza a qualidade ambiental interna, a racionalização de uso da água e a eficiência energética. Trata-se da primeira agência bancária do país construída dentro de uma política ambientalmente correta. A ação indica uma tendência internacional que está chegando ao Brasil, conhecida como ‘construção verde’.
Para ser considerado um empreendimento dentro desse novo conceito é essencial garantir o máximo de eficiência energética, o uso da água deve ser racional, os materiais devem ser de origem ambientalmente correta e a área externa deve contribuir para a preservação da biodiversidade. A cartilha da construção sustentável prevê ainda que os fornecedores fiquem próximos às obras, dessa forma elimina-se a necessidade de deslocamentos e minimiza a emissão de poluentes com os transportes.
A agência do Banco Real, instalada na cidade de Cotia, Região Metropolitana de São Paulo, foi concebida desde a prancheta do arquiteto para atender esses princípios. Na obra foram utilizados tijolos reciclados, tinta sem solventes e assoalho e móveis de madeira certificada. A agência também foi planejada para aproveitar ao máximo a luz natural, utiliza energia solar para iluminação das áreas de auto-atendimento e possui um sistema de ar condicionado que não emprega gases nocivos à camada de ozônio.
A alternativa ainda é cara. Segundo Marcos Casado, da Superintendência de Engenharia e Arquitetura do Banco Real, a construção dessa agência teve um custo 30% maior que o de uma agência convencional. Mas o modelo irá acarretar em economias futuras. “Como se trata de uma obra que buscou tornar as operações mais eficientes, como a iluminação e consumo de água, por exemplo, vamos ter despesas menores que numa agência convencional”, destaca. Na agência também foram instalados sistemas para o aproveitamento da água das chuvas e tratamento do esgoto, com reuso da água nas descargas dos sanitários e na irrigação do jardim.
Mas para especialistas, o aumento de custos não é uma regra. Segundo a diretora da Sustentax Engenharia de Sustentabilidade, Paola Figueiredo, uma construção sustentável pode custar o mesmo que uma construção convencional. “Se desde a concepção do projeto, a equipe estiver focada em projetar um empreendimento sustentável não terá aumento nos custos”, explica.
Por sua conduta responsável, a agência do Banco Real deve receber em breve o primeiro selo verde – o Liderança em Energia e Design Ambiental (Leed, na sigla em inglês) – entregue para um prédio construído no Brasil. O certificado será concedido pelo Conselho da Construção Verde (CGB, em inglês), uma organização norte-americana que avalia se a construção segue padrões que reduzam o impacto ambiental.
Mercado promissor
Embora o mercado da construção verde apenas engatinhe no Brasil, o negócio já aponta como uma alternativa promissora para as empresas fornecedoras de materiais e serviços para construção civil.
Segundo Paola Figueiredo, a procura por empreendimentos sustentáveis tem crescido nos últimos tempos e deverá mudar o processo de como serão projetados e construídos os próximos empreendimentos. “Isto se deve à busca por um diferencial de mercado e também pela conscientização da população que está optando por produtos sustentáveis”, conta.
Para a especialista as empresas que não começarem a se adequar perderão espaço para empresas com responsabilidade socioambiental. “O cliente certamente preferirá ir para um empreendimento com um menor custo operacional e maior conforto”, destaca. Hoje a Sustentax coordena quatro projetos de empreendimentos verdes: Banco Real, Rochaverá e mais dois empreendimentos residenciais.
Banco Real – Tel: (11) 3816-3922 e Sustentax Engenharia de Sustentabilidade – Tel: (11) 3062-3352
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