
Maria Tereza Cunha é uma brasileira que acredita no poder transformador de uma ação solidária. Presidente do Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), que atua no Hospital de Base, em Brasília, ela tem em seu currículo 25 anos de dedicação ao voluntariado, sendo 13 deles no hospital. “O voluntário nunca pretendeu consertar o mundo ou julgar as atitudes e o trabalho de ninguém. O objetivo maior é naquele momento fazer um pouquinho, fazer diferente”, define.
Ela comanda uma equipe de 120 pessoas, que prestam os mais diversos serviços com o intuito de minimizar o sofrimento dos pacientes e de seus acompanhantes. O trabalho é realizado em todas as clínicas do hospital, exceto na oncologia adulta, que fica por conta de duas outras associações. As atividades são pensadas uma a uma, considerando principalmente as particularidades de cada clínica. Em todas elas há apoio emocional, quem vem em forma de visita ao leito, cortes de cabelos e unha, refeições, entre tantas outras. Entretanto, alguns casos recebem ações diferenciadas.
“Os pacientes hoje contam com os voluntários em todos os aspectos. Cada voluntário, ao se cadastrar fica responsável por uma determinada atividade em uma determinada clínica, com dias e horários pré-definidos. Dessa forma, os pacientes ficam no aguardo de antemão, pois sabem que encontrarão alívio de suas necessidades”, conta.
Nas áreas de cardiologia, psiquiatria e neurocirurgia, por exemplo, há oficinas de artesanato. No pronto-socorro há música. Na pediatria, contação de história, brinquedoteca, palhaços e pintura de rosto. O SAV presta, ainda, auxílio nas necessidades mais imediatas, tais como cadeiras de roda, colchões especiais, remédios e ajuda no transportes tanto de pacientes quanto dos seus familiares. Os voluntários promovem também atividades em datas comemorativas, como Dia da Família, Festa Junina e Natal.
Para arcar com as despesas, a associação conta com doações recebidas em dinheiro e em produtos, como roupas, CDS, bijuterias e livros, que são vendidos a preços simbólicos no bazar permanente montado numa sala dentro do hospital. “Podemos pensar que por se tratar de hospital público, é de responsabilidade do governo todo o auxílio e necessidades do paciente. Sabemos, no entanto, que não é essa a realidade da saúde pública no Brasil. Temos que fazer nossa parte”, destaca.
Segundo ela, a entidade conta com voluntários de todas as idades. O mais velho tem 86 anos, que não se não se curvou com a idade. Ao contrário, faz de sua vida um mar de canções. “São pessoas que convivem com a dor, com a perda, com a sua própria impotência para resolver a maior parte dos problemas. Mas saem todos os dias com o coração leve e um sorriso no rosto. Saem com a sensação de felicidade de saber que ao menos naquele dia fez a diferença”, completa.
Serviço Auxiliar de Voluntários – Tel.: (61) 3325-4601 ou 3322-6591 – Site: www.savbrasilia.com
Também nessa Edição :
Entrevista: Eleonora Figueiredo
Artigo: Projetos de Responsabilidade Social
Notícia: O que deu na mídia (edição 61)
Notícia: Educação ambiental (2008/09)
Notícia: Catálogo de produtos verdes na construção civil
Notícia: Torcida Solidária
Oferta de Trabalho: Procura-se (09/2008)
Leave a Reply