Projeto transformará sucata em matéria-prima para produção de containers de entulhos
A Cooperativa Ambiental dos Coletores e Recicladores de Resíduo Sólido (Coopercoleta Ambiental) e a Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP) do Distrito Federal lançaram um projeto piloto para transformar sucata em matéria-prima para produção de containers de entulhos.
A ideia é aproveitar os mais de 1000 tanques de combustíveis descartados a cada 15 anos pelos 314 postos existentes no DF. A ação, além de preservar o meio ambiente, com a redução de gases poluentes, também evitará possíveis contaminações do lençol freático e garantirá geração de empregos.
Segundo o diretor da cooperativa, Paulo Roberto Gonçalves, o projeto contribuirá para a redução dos gastos com o descarte atual dos tanques de combustíveis, já que os novos containers serão vendidos com valores reduzidos para as 14 empresas coletoras de resíduos sólidos, filiadas a Associação das Empresas Coletoras de Entulho e Similares do DF (Ascoles).
A expectativa é que sejam gerados cerca de 150 empregos diretos e cerca de cinco mil indiretos. Somente essas empresas representam hoje 80% do mercado local, recolhendo diariamente cerca de quatro mil toneladas de resíduos de obras, com perspectivas de crescimento em função do lançamento de centenas de edificações do novo bairro Noroeste.
“Como esses tanques são enviados para siderúrgicas localizadas fora do DF, há o gasto de aproximadamente R$ 1,3 mil com o transporte e o processo de renovação da matéria-prima, que traz danos ambientais como a emissão de gases poluentes originada durante o derretimento dos tanques”, explica.
A produção dos containers de entulhos a partir do reaproveitamento das sucatas de tanques de combustíveis é um projeto já licenciado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e sua consolidação representará uma grande redução nas emissões de CO², decorrentes do transporte de sucatas de chapas de aço de Brasília para as siderúrgicas e o retorno do material reciclado para o DF.
“A caçamba reciclada é mais barata e durável. Enquanto uma caçamba normal custa R$ 2,1 mil dura, em média, cinco anos, a reciclada custa R$ 1,5 mil e pode durar até sete anos e meio, por ter as chapas mais grossas e resistentes. É uma economia de 30% para nossos associados. Cada tanque de combustível possui pelo menos 1.500 kg de chapa de aço, o que custaria em média R$ 3,6 mil”, garante.
Para o presidente do sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e de Lubrificantes do DF (Sinpetro), José Carlos Fonseca, o projeto irá incentivar ainda mais a conscientização ambiental entre os comerciantes do ramo. “A primeira coisa é a certeza de que tudo será feito sob correta observação da legislação ambiental e segundo, envolve o aspecto pecuniário, pois haverá diminuição das despesas com a reforma do posto e caçambas com menor custo”, disse.
Fundação de Apoio a Pesquisa do DF – Telefone: (61) 3462-8800
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