Marcelo Rocha (2007/11)

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A Associação Horizontes, entidade sem fins lucrativos que visa promover a geração de trabalho e renda por meio de educação, completa três anos de atividade com um saldo positivo. Fundada em 2004 por Marcelo Rocha, a ONG já capacitou mais de 36 mil pessoas e inseriu em postos de trabalho formais mais de 20 mil delas. Com sede em São Paulo, a instituição proporciona formação em mais de 30 áreas de ocupação, com foco no varejo e em serviços em 15 municípios nos estados de São Paulo e Santa Catarina.

Atualmente o projeto atende cerca de 2.700 pessoas e envolve mais de 40 educadores, além de gestores de projetos e estruturas de apoio. Entre os cursos ofertados, destaque para assistente administrativo, organizador de eventos, promotor de vendas e operador de telemarketing. “De cada dez pessoas capacitadas, obtemos trabalho para sete. Para mim, nada se compara a promover a dignidade das pessoas, dando-lhes os meios necessários à construção de sua autonomia”, destaca Marcelo Rocha.

Segundo o presidente da Associação Horizontes o bom desempenho da instituição está atrelado ao histórico profissional dos seus dirigentes, vindos de empresas nacionais e multinacionais de grande porte. “Aliamos o amor à causa a um forte senso de orientação a resultados. E esse resultado, para nós, não tem um dimensão financeira. Nosso indicador de performance são as pessoas que conseguimos inserir no mercado de trabalho. E ter atuado no ambiente corporativo foi uma importante experiência, pois sem ela saberia menos acerca do que as empresas precisam e não teríamos os resultados que hoje temos”, pontua.

Para a colocação dos jovens capacitados no mercado de trabalho, a ONG conta com parcerias de peso, como as redes Leroy Merlin e Bob´s e as empresas SPCOM, Softway/TIVIT e a Intervalor. Mas, para Marcelo Rocha, o investimento social no Brasil na área de qualificação profissional ainda é muito tímido. “Se olharmos os números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) veremos que o investimento social ainda é muito restrito a grandes empresas (acima de 500 empregados) e voltados à assistência (alimentação e assistência social). Qualificação profissional é um dos últimos focos do investimento social das empresas”, avalia.

Marcelo Rocha começou a trabalhar na área do terceiro setor há 17 anos e desde então tem desenvolvido ações em áreas distintas. Em 1990, como presidente de uma entidade empresarial do segmento de Telecomunicações, ele teve contato com as organizações que começavam a promover a discussão da responsabilidade social empresarial no país, como Instituto Ethos. Em 2001, tornou-se voluntário do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids – GAPA/SP. “Mas foi somente a partir de 2002 que passei a atuar com foco em projetos de geração de trabalho e renda e elevação de escolaridade, em parceria com investidores sociais públicos e privados”, recorda.

Na área educacional, a instituição promove cursos de Língua Portuguesa, noções de Cidadania e Direitos Humanos, prevenção de DST/AIDS, inclusão digital, entre outros. Também implantou uma universidade corporativa que já formou 450 jovens em Marketing e hoje tem mais de 1.250 alunos inscritos no curso, todos profissionais da empresa de teleatendimento Softway. O curso superior é promovido em São Paulo, Florianópolis e Jundiaí e conta com a parceria da Universidade Anhembi Morumbi, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e a da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Os projetos de capacitação profissional e o de curso superior já rendeu às empresas parceiras grandes prêmios nacionais. São eles: Prêmio ABT; Prêmio ADVB Empresa Cidadã e Top Marketing; Melhores da Exame (100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil e 40 Melhores Empresas para as Mulheres Trabalharem) e o Prêmio Valor Social.

Para 2008, a instituição espera um crescimento de 70% no público atendido pelos projetos e também expandir as áreas de atuação e geográficas. Outra meta é conseguir uma certificação internacional para os processos internos. “No momento em que tanto se discute o papel das ONGs no país, queremos por meio de uma auditoria de certificação independente, oferecer confiabilidade e segurança para o investimento social de nossos parceiros, públicos e privados”, completa Rocha.

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