
Leal e Marina Silva: Desenvolvimento econômico pautado por questões ambientais e sociais
Fundador da Natura e vice na chapa da pré-candidata à Presidência, Marina Silva (PV), Leal é visto como um empreendedor verde na política
A inexperiência política de Guilherme Leal, fundador da Natura, não impediu que a pré-candidata à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), Marina Silva, o escolhesse para ser o vice da chapa. Contaram a seu favor, três décadas de trabalho dedicadas às causas sociais, e o fato de ser um empresário preocupado com as questões ambientais, principal bandeira da legenda.
Na campanha, Leal desempenhará um papel-chave. Ele funcionará como uma espécie de contraponto ao perfil militante e esquerdista de Marina, que, ao tempo de ministra do Meio Ambiente, provocava ranger de dentes no setor produtivo. Além de atrair para a campanha o universo empresarial, algo parecido com que o presidente Lula fez com José Alencar oito anos atrás, Leal também tem a dura missão de provar que é possível conciliar sustentabilidade e crescimento econômico, e poderá usar sua trajetória para comprovar essa teoria.
Copresidente do Conselho de Administração e detentor de 22% das ações da gigante de cosméticos Natura, Guilherme Leal nasceu em São Paulo e é formado em administração pela Universidade de São Paulo (USP). Com 60 anos, ele é uma das pessoas mais ricas do país, segundo lista anual da revista americana “Forbes”, com uma fortuna calculada em US$ 2,1 bilhões, o que o coloca na 13ª colocação no Brasil e na 463ª no ranking internacional.
Empresário engajado em causas ambientais, Guilherme participa de diferentes projetos ligados ao desenvolvimento sustentável. Ele foi um dos fundadores do Instituto Ethos e do instituto Arapyaú para a Educação e o Desenvolvimento Sustentável, além de manter laços com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e com a WWF Brasil. Ainda na década de 1980, o empresário integrou o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE), núcleo criado com o objetivo de discutir novos caminhos para o setor e fazer um contraponto à atuação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
No mundo empresarial, é conhecido por conciliar negócios e geração de riquezas com justiça social e preservação do meio ambiente. Junto com o Antonio Luiz da Cunha Seabra, Leal transformou a Natura em uma empresa multinacional, que conta com um exército de consultoras de venda presentes em sete países da América Latina e na França. A marca é ainda a maior fabricante de cosméticos e produtos de higiene e beleza do país.
Fundada em 1969, a empresa registrou no primeiro trimestre deste ano, um faturamento de R$ 1,01 bilhão e lucro líquido de R$ 141,6 milhões, com crescimento de, respectivamente, 21,7% e 2% sobre o mesmo período do ano passado. Considerada uma das empresas precursoras no Brasil dos investimentos em responsabilidade social, a Natura hoje investe em uma linha de produtos que utiliza componentes renováveis, a partir da floresta tropical brasileira.
Natura Cosméticos: http://scf.natura.net/
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