
Brinquedos produzidos a partir de materiais reutilizáveis durante o festival
Festival oferta gratuitamente atividades que aliam atrações culturais e conscientização ambiental para estudantes das redes pública e privada
O Parque Vale Verde, uma referência em conservação da natureza, localizado em Minas Gerais, utilizou parte da sua cota social para levar projetos sociais a estudantes das escolas da rede integrada de Belo Horizonte de forma gratuita. De 15 a 17 deste mês, mais de 800 crianças vindas de escolas públicas e particulares participaram do Festival Ambiental, que ofertou diversas atividades que aliaram cultura e preservação do meio ambiente.
Entre as atividades destaque para o Grupo Tamanduá sem Bandeira, que ensinou, por meio de oficinas de arte cidadã, como produzir brinquedos a partir de materiais reutilizáveis. Houve, ainda, espetáculos Giramundo Teatro de Bonecos, que apresentou as peças Aprendiz Natural, Cerrado, Mata Atlântica e Pedro e o Lobo.
Segundo Clélia Gonçalves, professora comunitária coordenadora da Escola Municipal Renê Giannetti, essa foi uma bela oportunidade para os alunos conhecerem o parque e aproveitarem suas atrações. “Além disso, existe o espetáculo do Giramundo, que educa e ao mesmo tempo diverte, despertando o lado ambiental das crianças”, ressalta. Além das escolas municipais, também foram beneficiados alunos da Creche Dinâmicas, que atende 182 crianças provenientes de famílias de baixa renda.
Ainda de acordo com a professora é muito importante realizar atitudes como essa, de oferecer cotas para alunos de escolas da rede pública, para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “Nós precisávamos de mais ações desse tipo. Não adianta o governo criar leis de igualdade, se a sociedade civil não se mobiliza, promovendo esta interação social”, diz.
Desde o ano passado, o Vale Verde desenvolve ações voltadas para a promoção da educação ambiental dos estudantes alunos da Escola Integrada, projeto da prefeitura de Belo Horizonte. Implantada em 50 escolas da rede municipal, a iniciativa já atende a aproximadamente 15 mil crianças e adolescentes, entre 6 e 14 anos. O projeto consiste em integrar o aluno, e consequentemente a escola, à sua comunidade, ofertando um ensino diferenciado. Para tanto, cada unidade conta com um professor comunitário como coordenador, sendo este responsável por todas as atividades extraclasse que possam ocorrer.
O parque ecológico conta com 30 hectares, com mais de 1300 pássaros brasileiros e exóticos, 30 mil orquídeas, lagoas exuberantes, fontes e jardins. O espaço oferece atividades de educação ambiental como visita guiada à maternidade aviária, o “Papo Animal”, entre outras. As visitações ocorrem de segunda-feira a domingo, e os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 15.
Cultura transformadora
Durante o festival, o Grupo Giramundo também fez de seu trabalho um instrumento transformador da sociedade. Segundo Ulisses Tavares, diretor da companhia, essa busca pela integração do público sempre foi uma preocupação da trupe. “Desde o início, buscamos espaços alternativos para nossas apresentações, levando o teatro a lugares onde não existia infraestrutura suficiente para ocorrer os espetáculos”, revela.
Para ele, espaços não muito convencionais, fora das modernas salas de teatro, como o Parque Vale Verde, são ideais para apresentações de cunho ecológico, como é o caso das peças Cerrado e Mata Atlântica, por exemplo, encenadas durante o festival. A falta de formalidade desses ambientes facilita a transmissão da informação e do conhecimento, fazendo com que a aprendizagem ocorra de uma forma natural e agradável.
Vale Verde – Telefone: (31) 3079-9108
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