Madeira Legal (2008/06)

Presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho

Caixa adota critérios ambientais para concessão de financiamento imobiliário

Com o objetivo de diminuir as ações que têm influência direta no desmatamento da Amazônia, a Caixa Econômica Federal adequou os normativos internos relativos à contratação de obras de habitação. Previstas para entrar em vigor em agosto, as novas regras prevêem a exigência de certificação do uso de madeira legal – Documento de Origem Florestal (DOF) – por parte das construtoras e empresas do segmento imobiliário.

A iniciativa permitirá que as madeiras utilizadas sejam oriundas de florestas nativas com planos de manejo florestal, ou com autorização de desmatamento – devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente, ou de florestas plantadas, com planos de manejo florestal licenciados.

Segundo a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, a obrigatoriedade da apresentação do certificado contribui para a redução da ilegalidade na exploração madeireira, o que demonstra o compromisso do banco no enfrentamento dos problemas ambientais. “A Caixa passará a condicionar a liberação da última parcela dos recursos habitacionais contratados à apresentação do DOF pelas construtoras”, explica.

Hoje, o mercado nacional e internacional já oferece madeiras certificadas. Elas passam por um processo produtivo com exigências e características ambientais e sociais estipuladas pelo Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council – FSC).

Atualmente, a certificação FSC é a que possui maior credibilidade e reconhecimento no mundo. Ao todo são 907 florestas certificadas em 78 países. As madeiras com certificação possuem valor de mercado mais alto do que as sem certificação e já estão sendo utilizadas em empreendimentos habitacionais de alto padrão

“O compromisso de contribuir com a implantação de ações relativas à prevenção, monitoramento e controle do desmatamento no bioma amazônico faz parte de mais uma das ações adotadas pelo banco para a prática efetiva da sustentabilidade dentro e fora da instituição”, completa.

Crédito verde
A instituição também está adotando critérios sociais e ambientais para concessão de empréstimos a pessoas jurídicas. Significa dizer que empresas cujos nomes constem em listas de órgãos oficiais por infringirem leis ambientais, por manterem trabalhadores em condições análogas a de escravo ou quaisquer outras situações que contrariem a legislação vigente estarão impedidas de obter crédito no banco.

A nova política de crédito já está sendo repassada às agências. Nesta semana, 300 gerentes foram treinados e nos próximos 15 dias, outros 1.500 estarão aptos a levar em conta as novas regras nos pedidos de empréstimos. Até o fim de 2009, serão cinco mil.

Também nessa Edição :
Perfil: Cristiane Macêdo de Santana
Entrevista: Leonardo da Silva
Artigo: A tecnologia da informação como aliada na gestão de projetos sociais
Notícia: O que deu na mídia (edição 56)
Notícia: Jovens empreendedores
Notícia: Concessionária implanta programa para salvar parque ecológico
Oferta de Trabalho: Procura-se (06/2008)