Cetem apresenta durante maior evento científico da América Latina soluções voltadas para a preservação dos recursos naturais
As embalagens de longa vida Tetra Pak, além de 100% recicláveis, geram, nesse processo, resíduos que contribuem para a limpeza dos esgotos. O projeto foi apresentado pelo Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), de autoria do engenheiro químico Luíz Sobral, na Exposição de Ciência e Tecnologia, a ExpoT&C, em São Luís (MA), dentro da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o maior evento científico da América Latina.
De acordo com o expositor e técnico químico do Cetem, Leonard Santos, as embalagens de longa vida são compostas por alumínio, papelão e plástico com polietileno. As camadas de polietileno permitem o armazenamento do alimento no interior da embalagem sem contato com o alumínio e com a umidade externa. O alumínio protege o conteúdo do oxigênio, da luz e dos odores externos. Essa combinação busca assegurar a higiene ao alimento com preservação dos nutrientes e sabor, além da possibilidade de armazenamento por longo período.
No processo de reciclagem, as lâminas que compõem a embalagem são separadas por um equipamento chamado hidrapulper. Esse sistema promove uma agitação e adição de água que hidrata as fibras celulósicas, que se soltam do plástico e do alumínio, podendo assim ser reaproveitadas. “Tanto o papel quanto as camadas de plástico e alumínio possuem várias aplicações no mercado”, explicou durante a reunião da SBPC, realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Em seguida é realizado o processo de lixiviação (lavagem ácida) que dissolve o alumínio. O processo de filtração resulta em uma solução de alumínio dissolvido no ácido sulfúrico ou ácido clorídrico. A precipitação do elemento químico forma sais de cloreto ou sulfato de alumínio usados para o tratamento de água. “Esses sais têm a função de juntar as partículas sólidas que estão suspensas no esgoto. O projeto existe há três anos e está em processo de conclusão, mas já pode ser aplicado em grande escala”, ressaltou.
Limpeza dos rios
Ainda no estande do Cetem, os participantes tiveram acesso a uma demonstração simples para a conscientização do público sobre óleo de cozinha. O técnico químico Fábio dos Santos Gonçalves perguntava às pessoas por que não se deve jogar óleo de cozinha na pia de casa. A grande maioria acredita que essa ação causa o entupimento dos canos. “Na verdade para o óleo entupir um encanamento demora anos. O principal problema é a contaminação dos rios e lagos”, ressaltou.
Gonçalves explicou que como o óleo é menos denso que água, ele cria uma camada sobre os rios e lagos. Isto impede a entrada e a saída de gás carbônico, impedindo a fotossíntese da flora aquática e a respiração dos peixes. “Recomenda-se que, quando o óleo estiver saturado, seja armazenado em uma garrafa pet e entregue em postos de coleta. No Rio de Janeiro esta prática é comum e a coleta é feita em postos de combustível. O material é recolhido por empresas que o transformam em sabão e detergente”, disse.
Cristiane Rosa
Especial para Revista Responsabilidade Social.com
Site do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem): www.cetem.gov.br
Também nessa Edição :
Perfil: Oscar Pistorius
Entrevista: Ilda Peliz (2012/08)
Artigo: Ambiente corporativo mundial vivencia a Era do Significado
Notícia: ABNT lança diretrizes para ajudar MPEs a se enquadrar no sistema de gestão ambiental
Notícia: Compromisso social
Oferta de Trabalho: Procura-se (08/2012)
Leave a Reply