Alcoa investe em programa de capacitação de agentes de sustentabilidade em Juriti
Profissionais e lideranças de organizações civis e governamentais de Juriti, município localizado na região Oeste do Pará, estão envolvidos num curso que tem por meta proporcionar à cidade um ciclo virtuoso de crescimento econômico, respeito ao meio ambiente e justiça social. Batizada de “Escola Juruti de Sustentabilidade”, a iniciativa é uma realização da Alcoa, líder mundial na produção e transformação do alumínio, com apoio técnico do Instituto Peabiru, organização não-governamental com larga experiência na região amazônica.
As aulas tiveram início em março e estão divididas em quatro módulos: Mobilização de recursos para o terceiro setor; Mobilização e gestão pública; Gestão de recursos para o terceiro setor; e Trabalho de conclusão de curso. Nessa etapa serão capacitados 30 representantes de 15 diferentes organizações públicas e privadas sem fins lucrativos da região. Serão, ao todo, dez meses de aulas, ministradas por instrutores do Instituto Peabiru e o certificado será expedido pela organização ao término do curso, que tem uma carga horária total de 300 horas.
“A Alcoa pretende permanecer em Juruti nos próximos 70 anos, convivendo com pelo menos três gerações. É preciso estabelecer relações duradouras e garantir a construção conjunta de novos cenários de desenvolvimento. Temos a convicção de que esse curso servirá de modelo para a região e para o país”, destaca o presidente da Alcoa América Latina e Caribe, Franklin Feder.
De acordo com o coordenador da Escola e diretor adjunto do Peabiru, Rui Martins, a expectativa é contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do município. “Buscamos formar uma comunidade de pessoas integradas, de convivência harmoniosa entre cidadãos, e que isso desenvolva uma massa crítica de planejadores que pensem em sustentabilidade” comenta.
Para Liege Silva Costa, representante da Comissão dos Direitos Humanos de Juruti (CDHJ), é de fundamental importância o desenvolvimento de um projeto como esse no município para capacitar e orientar todas as instituições locais. “Também buscamos esses conhecimentos e queremos ter representantes da nossa entidade na Escola de Sustentabilidade para podermos atuar de maneira mais eficaz junto à sociedade”, conclui.
A preocupação da Alcoa com o desenvolvimento sustentável do município paraense teve início em 2006, no início das obras da Mina de Juruti, já com as devidas licenças ambientais. Após uma série de pesquisas e discussões com uma equipe multidisciplinar, incluindo pesquisa de campo e levantamento da realidade local e regional, foi elaborado um relatório, denominado “Juruti Sustentável: Diagnóstico e Recomendações”, o embrião do “Projeto Juruti Sustentável”.
Apoiado no tripé de sustentabilidade – respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e sucesso econômico – o projeto trabalha com um Sistema de Indicadores de Sustentabilidade e mantém o Fundo Juruti Sustentável (Funjus). O investimento, criado com o intuito de intermediar recursos financeiros e materiais para serem aplicados na iniciativa, é considerado por especialistas como uma grande inovação no segmento. “O fundo pode ser considerado um marco para o funcionamento do setor de mineração do Brasil”, pontua Pedro Leitão, secretário-geral do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que acredita que essas ações são o caminho para um bom relacionamento com a comunidade.
O projeto conta, ainda, com o Conselho Juruti Sustentável (CONJUS), um espaço público de diálogo entre as diversas partes interessadas no desenvolvimento local. A empresa investe também em ações de minimização de impactos e compensação social e ambiental. De acordo com Feder, a Mina de Juruti foi idealizada para conviver em total integração com a comunidade, contando com estratégias de sustentabilidade. “A mineração no Norte do país tem experiências muito negativas. Acreditamos que, se pudermos fazer de Juruti uma referência, será bom não só para o município, como também para a região Norte, para o setor mineral, para o Brasil e também para a Alcoa”, pondera.
A experiência da atuação da instituição na cidade está retratada no livro “Juruti Sustentável: Uma proposta de modelo para o desenvolvimento local”, disponível no site oficial da empresa. A obra é resultado de uma parceria com o GVCes-Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas e o Funbio e apresenta o projeto desde a sua concepção, expondo orientações para a concretização de uma agenda pelo desenvolvimento local em curto, médio e longo prazos.
Responsabilidade Social
Presente em 34 países e com cerca de 97 mil funcionários, a companhia foi eleita neste ano pela quinta vez consecutiva uma das mais sustentáveis do mundo no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. A instituição é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (United States Climate Action Partnership – USCAP), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa. A empresa também integra o Índice Dow Jones de Sustentabilidade.
No ano passado, o total de recursos destinados pela empresa e seus braços sociais – Instituto Alcoa e Alcoa Foundation- foi de R$10,2 milhões, distribuídos em doações pontuais, projetos comunitários e programas de voluntariado. Desde 1995, essas doações já somam cerca de R$ 90 milhões, em mais de 1.800 projetos comunitários, totalizando mais de 1 milhão de horas de trabalho voluntário. Apenas em 2008, foram beneficiadas mais de 940 mil pessoas, em 32 municípios brasileiros.
Alcoa – Telefone: (11) 3817-7933
Também nessa Edição :
Perfil: Patrícia Secco
Entrevista: Aron Cramer
Artigo: Como utilizar o marketing viral no Terceiro Setor?
Notícia: O que deu na mídia (edição 77)
Notícia: Agricultura sustentável (2009/07)
Notícia: Unidos pelo meio ambiente
Oferta de Trabalho: Procura-se (07/2009)
Leave a Reply