Iniciativa aposta nas mídias sociais e objetiva pressionar a comunidade internacional a ter mais atenção à causa
Mídias sociais como twitter, facebook e orkut serão os principais canais para a propagação de informações sobre o câncer. Essa é a aposta de um movimento em curso no país que pretende mostrar que a doença pode ser evitada e pressionar a comunidade internacional a ter mais atenção à causa. A ideia é reunir o maior número de assinaturas para um documento que será apresentado em setembro nas Nações Unidas.
Trata-se da Declaração Mundial do Direito da Pessoa com Câncer, que contempla temas como a redução significativa do consumo do tabaco, da obesidade e dos níveis de ingestão de bebidas alcoólicas, além do desenvolvimento de medidas de controle efetivo da dor e a melhoria na taxa de sobrevivência por câncer em todos os países.
“As pessoas de um modo geral ainda não têm plena consciência de que podem prevenir o câncer por meio da mudança de hábitos. O câncer ainda é uma doença estigmatizada. Algumas pessoas a temem tanto que evitam pronunciar o seu nome. Mudar isso é o primeiro passo ajudar as pessoas a entender e a lidar melhor com a doença”, destaca Jorge Alexandre Cruz, superintendente da Fundação do Câncer, instituição que apoia o movimento no país.
Na opinião do especialista, ainda são grandes os desafios do Brasil para estimular iniciativas voltadas para a prevenção da doença, já que as pessoas precisam se conscientizar da importância de manter hábitos saudáveis. “As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem e o estilo de vida adotado pelas pessoas determinam o desenvolvimento de diferentes tipos dessa doença”, alerta.
Dados da Union for International Cancer Control (UICC) apontam que a cada ano 12,7 milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer no mundo e 7,6 milhões morrem da doença. Até 2030 as estimativas indicam que os números deverão alcançar 26 milhões de novos casos e 17 milhões de óbitos e o crescimento deve ser maior em países em desenvolvimento.
Ainda segundo a entidade internacional, de 30 a 40% dos cânceres podem ser evitados e um terço pode ser curado por meio do diagnóstico precoce. No Brasil, a previsão do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é a que sejam diagnosticados 489 mil novos casos em 2011.
“A luta contra o câncer é de todos. O Brasil já é destaque internacionalmente pelas ações que realizou ao longo das últimas décadas para prevenção e controle do tabagismo, que está diretamente relacionado à incidência da doença. Queremos por meio desse manifesto mostrar o quanto os brasileiros endossam as políticas de prevenção e estão preocupados com o avanço da doença”, completa.
Jorge Alexandre Cruz pontua ainda que o país já conta com iniciativas exitosas voltadas para o combate da doença. Exemplo é a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Brasil, estruturada pelo Inca. O terceiro setor, na opinião dele, tem desempenhado um papel importante, mas é preciso impulsionar a criação de novas medidas que fortaleça a atuação de diferentes instituições nessa área.
“No Brasil temos uma escassez muito grande de recursos. Poderiam ser criados mecanismos para estimular a participação de pessoas e empresas na causa de prevenção e controle do câncer, já que atualmente os recursos dos governos já não são suficientes para arcar com os altos custos da oncologia, que exerce um forte impacto nas contas nacionais”, conclui.
Para saber como prevenir o câncer acesse o site http://www.fundacaodocancer.org.br. Já os interessados em assinar o documento devem entrar nesse link.
Fundação do Câncer – Telefone: (21) 2111-2667
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