Solange Bottaro assumiu a diretoria de Alianças e Parcerias da Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado (Fundamig). Ela atuará no biênio 2010/2011 e prevê muito trabalho à frente da instituição, que trabalha para promover o fortalecimento e o intercâmbio entre as entidades de Minas Gerais. Trata-se da primeira federação representativa de fundações criada no Brasil. Formada ainda no início da década de 90, a instituição conta com mais de 150 organizações filiadas. Elas atuam nas áreas de saúde, educação, pesquisa, defesa de direitos, meio ambiente, entre outras.
“Acredito no trabalho compartilhado, na atuação em rede como forma de transformação social. Somarmos forças na construção do bem comum irá potencializar resultados e impactar as ações de todos os envolvidos”, diz. Em entrevista exclusiva para o Responsabilidade Social.com, Solange destaca como a instituição atuará para impulsionar o terceiro setor em Minas e avalia o que já foi feito pela instituição até hoje. Acompanhe.
1) Responsabilidade Social – A senhora assumiu neste mês a diretoria de Alianças e Parcerias da Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado. Quais são os principais desafios à frente da instituição?
Solange Bottaro – Pretendo atuar visando promover uma interação dinâmica e participativa entre as fundações e associações filiadas à Fundamig. Existe uma gama enorme de conhecimentos e experiências adquiridas pelas organizações no decorrer do tempo que deve ser compartilhada. Isso levará, naturalmente, a ampliação e crescimento de todos, uma vez que em vez de reinventar a roda, estaremos aperfeiçoando e aprimorando saberes.
2) RS – Como é pautado o trabalho da instituição, quantas entidades ela reúne e os principais serviços prestados?
SB – A Fundamig foi a primeira entidade representativa de fundações no Brasil, cujo principal objetivo é contribuir com o desenvolvimento da sociedade promovendo o fortalecimento, a multiplicação e o intercambio. Desde 2009 a Fundamig se abriu também para receber as associações e institutos, fortalecendo e ampliando seu raio de ação. Dessa forma um maior número de organizações da sociedade civil de direito privado passou a contar com os benefícios de estarem vinculados a uma instituição de grande representatividade nos diversos setores sociais.
A Fundamig reúne 154 filiadas que atuam nas áreas de educação, pesquisa, defesa de direitos, meio ambiente, entre outros. Entre os serviços oferecidos citamos a assessoria jurídica, contábil, institucional e ações que visem o fortalecimento das afiliadas e do Terceiro Setor, consequentemente.
3) RS – Quais serão as prioridades da sua gestão?
SB – Acredito no trabalho compartilhado, na atuação em rede como forma de transformação social. Somarmos forças na construção do bem comum irá potencializar resultados e impactar as ações de todos os envolvidos.
4) RS – Como a senhora avalia o trabalho que vem sendo feito pela entidade?
SB – A Fundamig vem desenvolvendo ações de grande impacto na sociedade. Entre os projetos realizados, citamos o “Conspiração Mineira pela Educação”, parceria com a Câmara Americana de Comércio (Amcham) e a Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas) com amplos reflexos positivos a alunos entre 8 e 15 anos e que para 2010 trará novidades auspiciosas.
Outro projeto de destaque é o Cised – Ciclo de Segurança em Debate – uma iniciativa da Fundação Guimarães Rosa em parceria com a Fundamig para discutir ideias e e opiniões úteis ao desenvolvimento da atividade de Segurança Publica. Apenas duas ações, entre outras que muito contribuem para a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade.
5) RS – Como a senhora pretende impulsionar o fortalecimento e o intercâmbio entre as fundações em Minas Gerais?
SB – Estamos com um projeto, que deverá ter início em abril, de desenvolvimento de fóruns onde organizações filiadas à Fundamig compartilharão suas melhores práticas e conhecimentos. Pessoas de destaque no terceiro setor serão convidadas a interagir com os participantes, enriquecendo o evento por meio de suas ricas experiências. Novas ações virão com o decorrer do ano.
6) RS – Como a senhora avalia o crescimento espetacular do terceiro setor no Brasil? Quais as conseqüências desse aumento?
SB – O crescimento do terceiro setor se deu em razão do grande desnível social existente em nosso país, que levou à organização da sociedade civil. Ocupando esse espaço, que em nenhum momento pretende substituir o Estado, mas complementar suas ações, as pessoas perceberam que por meio da união, solidariedade, comprometimento e competência podiam realizar atividades de grande impacto social, de forma mais ágil e com menos custo que a administração pública. Esse fortalecimento levou a um aumento enorme de organizações sociais que têm realizado incríveis transformações sociais.
Mas, em uma análise ampliada, percebemos que a maior parte das instituições atuam com seriedade e levarão a consolidação do chamado terceiro setor, como provedor de educação e desenvolvimento sustentável das comunidades.
7) RS – A senhora acredita no movimento de responsabilidade social corporativo? Para a senhora, as empresas brasileiras podem ser vistas como instituições preocupadas com o social?
SB – A cada dia cresce mais esse movimento entre as empresas. Acredito que a maioria realmente se preocupa com o social, mesmo que no início de seu processo não fosse essa sua real motivação. Inclusive acho louvável a proposta da responsabilidade social empresarial e espero que cada vez mais outras empresa possam aderir a esse movimento.
8) RS – Qual o seu entendimento do termo ‘responsabilidade social’?
SB – Quando a empresa pratica a responsabilidade social, está retornando para a sociedade aquilo que dela recebeu. Por meio dos recursos advindos da comercialização de seus produtos, ela reverte uma parcela para ajudar comunidades em situação de vulnerabilidade a alcançar uma melhor qualidade de vida e ampliar seu nível educacional.
Fundamig – Telefone: (31) 3485-7875
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