Por Mayra Gianoni, com exclusividade para o www.ResponsabilidadeSocial.com
A certificação ambiental é uma maneira que as empresas, sites e instituições têm para demonstrar que se enquadram em ações de sustentabilidade. O que as motiva a buscar um reconhecimento oficial é a legitimidade e o diferencial competitivo que isso representa.
Do ponto de vista financeiro é benéfico, pois significa uma economia a médio e longo prazo. O foco em ações que contribuem para um planeta melhor resulta em uma preocupação com o desperdício de recursos e exige uma busca constante por fontes alternativas de energia.
Outra vantagem é que algumas instituições financeiras disponibilizam linhas de crédito exclusivas para projetos de sustentabilidade. O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Itaú são exemplos de bancos que oferecem esse serviço. Um exemplo de projeto que poderia pleitear esse tipo de financiamento seria para implantação do aquecimento solar em companhias.
Olhando agora para o mercado, a certificação ambiental representa um investimento que é muito bem visto pelo consumidor/cliente final. Não só ele, como o próprio acionista, valoriza uma companhia que se preocupa com o futuro e é capaz de enxergar as oportunidades e ameaças que o meio ambiente apresenta.
Uma mostra disso é o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial -, criado pela BM&F Bovespa em 2005, listando empresas que já têm capital aberto na bolsa de valores e que têm políticas sustentáveis concretas. Uma curiosidade, comparando o ISE com o IBOVESPA (índice da Bovespa), o ISE tem melhor desempenho.
Os principais selos ecológicos atendem demandas e necessidades específicas como produtos, instalações e, até mesmo, sites. Cabe a empresa entender quais deles se encaixam melhor ao seu modelo de negócio.
O FSC (Forest Stewardship Council) é um dos certificados mais reconhecidos no mundo assegurando que as matérias-primas de um produto não agridem o meio ambiente. Ele atesta, por exemplo, a origem da celulose para a fabricação do papel. Para adquiri-lo é preciso passar por um processo de autoria feito por órgãos competentes.
O ISO 14001 certifica projetos de sistema de Gestão Ambiental com o objetivo de criar equilíbrio entre um modelo de negócios e o meio ambiente para ter lucro e não gerar impacto negativo no ecossistema. No Brasil é administrado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e para obtê-lo é necessário passar por um autoria para verificar e certificar os processos da empresa.
O Selo Ecológico Procel certifica equipamentos eletrônicos com os melhores índices de eficiência energética. Quem atesta os produtos é o Ministério de Minas e Energia juntamente com a Eletrobrás, mas primeiro eles tem que passar por uma série de testes em laboratórios especializados.
Existe também o Certificado Rainforest Alliance que atesta produtos provenientes de propriedades que cumpre normas de preservação ambiental e melhoram continuamente a qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade na qual a empresa está inserida. Essa certificação está disponível para companhias que cultivam, industrializam ou comercializam matérias-primas.
O último certificado que vamos apresentar é o da Site Sustentável. O fato de que todo site é um poluidor é desconhecido pela maioria, mas não menos verdadeiro. Com base na quantidade de acessos, a Site Sustentável calcula e planta as árvores necessárias para compensar as emissões de CO2 decorrentes do consumo de energia no servidor. É um certificado diferente para empresas que tem a preocupação de tornar o mundo virtual mais verde.
Mayra Gianoni é Diretora executiva da Site Sustentável (uma empresa pioneira na neutralização do C02 emitido por sites, através do plantio de árvores nativas da Mata Atlântica).
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