
Tim Lopes: jornalista dedicado
No dia 3 de maio comemorou-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Apesar dos avanços alcançados, ainda há muito a ser feito. A ONG internacional “Repórteres Sem Fronteiras”, por exemplo, nos oferece dados alarmantes em seu “Barômetro da Liberdade de Imprensa”: apenas em 2003, 15 jornalistas foram assassinados e 128 foram presos ao redor do mundo. Além disso, mais de uma dezena de países se encontra em situação gravíssima no que toca a liberdade de imprensa.
Em função do quadro alarmante descrito acima, e em solidariedade a nossos colegas jornalistas, a edição dessa semana decide fazer uma homenagem póstuma a Tim Lopes, quem lutou diariamente pelo direito da liberdade de expressão. Nas palavras do Diretor da Central Globo de Jornalismo, Carlos Henrique Schroder, “não permitamos que a sua morte tenha sido em vão. Que sirva, ao menos, de alerta para que as autoridades dêem um basta definitivo à violência e à criminalidade”.
O jornalista Tim Lopes nasceu no Rio Grande do Sul, mas tinha alma de carioca. Simpatizante da Mangueira, Tim começou a carreira como office-boy da Bloch Editores e, aos poucos, foi galgando os degraus de uma bem sucedida carreira como repórter investigativo. Tim trabalhou nos jornais O Globo, O Dia e Jornal do Brasil. Tim entrou na TV Globo no dia 1 de março de 1996. Ele começou como produtor do Fantástico e quatro meses depois foi remanejado para a Editoria Rio. Além de trabalhar na Rio, Tim produziu reportagens investigativas para todos os jornais da TV Globo. Pela Editoria Rio, comandou a equipe que fez a série “Feira das Drogas”. Com este trabalho, exibido no “Jornal Nacional”, a equipe da Globo conquistou o primeiro Prêmio Esso de Telejornalismo de 2001.
Em agosto de 2001, Tim Lopes tinha realizado uma série de três reportagens, “A Feira das Drogas”, que recebeu o prêmio Esso Especial de Telejornalismo. As imagens, filmadas com uma câmera oculta, mostravam jovens oferecendo drogas aos transeuntes, em plena luz do dia, em uma das favelas do Complexo do Alemão. A polícia militar havia reforçado sua presença na região depois da difusão das reportagens na TV Globo.
Na madrugada de 3 de junho de 2003, morria Tim Lopes. quando realizava investigações sobre o tráfico de drogas em Vila do Cruzeiro, favela da periferia do Rio de Janeiro. O assassinato de Tim chocou o Brasil e mundo e veio demonstrar a vulnerabilidade a qual nossos jornalistas estão submetidos. Ao colega Tim Lopes, a revista www.RESPONSABILIDADESOCIAL.COM presta uma justa homenagem.
Também nessa Edição :
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