Nokia investe no social

Alunos da Fundação Nokia e seu Presidente, Fernando Terni

Neste mês, foi inaugurada a Fundação Nokia de Ensino que assume o trabalho desempenhado pela Fundação Matias Machiline, que atua na cidade de Manaus, Amazonas, desde 1987. Criado pela Sharp do Brasil, esse espaço nasceu em função da demanda por mão-de-obra técnica especializada na cidade, que abriga várias indústrias eletrônicas, aliada à vontade dos fundadores de oferecer oportunidades aos jovens menos favorecidos economicamente. A Nokia assumiu a manutenção geral da entidade desde janeiro de 2001, quando implementou um projeto de recuperação e melhoria dos prédios do instituto, renovação do mobiliário escolar e modernização dos laboratórios.

A intenção da empresa de celulares era manter o nome original do local. Entretanto, por vontade da família Machiline, o nome teve de ser alterado para Fundação Nokia de Ensino. “Vimos na fundação uma oportunidade de colocar em prática nosso desejo de ajudar a comunidade de Manaus ao disponibilizar mão-de-obra qualificada e preparada. Também é uma forma de colaborar com as instituições públicas e privadas, em programas de desenvolvimento educacional”, avalia Fernando Terni, presidente da Nokia Brasil.

Desde seu início há 15 anos, a escola já formou 1.131 técnicos nos cursos de ensino médio, e profissionalizante nas áreas de eletrônica, sistemas de telecomunicação e informática, oferecendo vagas na proporção de 70% para alunos vindos da rede pública de ensino e 30% para estudantes de escolas particulares. Para tanto, todos devem prestar concurso público.

Ao longo dos anos, a fundação tornou-se uma referência em ensino técnico, tendo conquistado a confiança e a admiração da população local pelo seu empenho em sempre adequar os cursos às transformações sociais, culturais e tecnológicas. “A procura dos técnicos que formamos é muito elevada, uma vez que nosso currículo se mantém em dia com o progresso tecnológico. Uma maneira de nos atualizarmos com as novas tecnologias é o contato constante com a indústria”, explica Gino Pieri, diretor da Fundação Nokia de Ensino. “A preparação do jovem para a vida profissional é nosso principal alvo”, resume.

Atualmente, a fundação conta com 44 funcionários – entre eles 25 professores – que atendem os 432 alunos das cinco turmas atendidas. Os estudantes permanecem no local durante a maior parte do dia – das 7h às 16h30 – e lá recebem transporte e alimentação gratuitos. A estrutura da escola oferece 12 salas para aulas teóricas e oito laboratórios – distribuídos em três para a prática de eletrônica, dois para informática, um para física, um para química e biologia e um para a preparação de hardware. Ao final dos estudos, os alunos passam por um importante período de experiência e o diploma só é conquistado após o cumprimento de 720 horas de estágio na indústria.

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