Mercado socialmente responsável

Empresa de revestimento no DF aposta em produtos verdes e garante espaço entre os consumidores conscientes

Sustentar a competitividade no mercado, maior conscientização dos problemas climáticos ou apenas marketing. São várias as justificativas para um movimento que tem mudado a rotina e a gestão de empresas dos mais diversos setores da economia, que vê nas práticas sustentáveis uma forte estratégia de mercado.

Dentro desse cenário, uma loja da área de construção do Distrito Federal, a Vallori Revestimentos Cerâmicos, tem investido pesado para atender a demanda dos consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. Em março passado, a empresa firmou parceria com a Oca Brasil, que fabrica produtos utilizando apenas madeira certificada, segundo os critérios internacionais da Forest Stewardship Council (FSC). Mais: todas as peças são confeccionadas por uma comunidade carente de Salvador.

“Trata-se de um produto totalmente artesanal, no qual todas as placas dos mosaicos são feitas uma a uma e manualmente, que permite o total aproveitamento da matéria-prima, sem deixar resíduos para as futuras gerações”, explica a proprietária da loja, Adriana Orlandi. Segundo ela, no caso dos produtos da Oca, a preocupação com o meio ambiente não implica em custo mais alto e a procura tem respondido às expectativas.

“Com o maior acesso a informações, os consumidores adotaram uma postura mais crítica e fiscalizadora e essa preocupação é expressa por meio de suas escolhas de compra. O consumidor tem buscado cada vez mais por produtos e marcas que se alinham com essa atitude. Essa procura aumentou e continua ganhando espaço no mercado”, avalia.

Para ela, o mercado socialmente responsável na capital do país está em expansão, mas que, ainda, não está totalmente envolvido com a causa. “A maioria das empresas que já possuem práticas responsáveis consolidadas são de grande porte, ou controladas por consórcios e grupos de acionistas internacionais, ou, ainda, são multinacionais. As empresas nacionais da iniciativa privada, no geral, ainda não estão preparadas para atuar de forma sustentável seja por suas estruturas, seja pela falta de mecanismos de manutenção e divulgação desses programas”, observa.

Mas ela não duvida: a preocupação com o meio ambiente é um fator importante para quem que ser manter firme no mercado. “Ser visto como uma empresa preocupada com o meio ambiente e principalmente em consonância com os debates da sociedade é definitivamente um ganho de imagem e uma construção de patrimônio e ganho em valor de marca. Cada vez mais, as empresas estão valendo pelo patrimônio ativo somado ao patrimônio de marca”.

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