
Aluno beneficiado pelo BB Educar
Programa BB Educar une esforços ao Brasil Alfabetizado, do Governo Federal, para potencializar ações de alfabetização no país. O ministro Cristovam Buarque e o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, assinarão protocolo de intenções que permitirá redução do analfabetismo brasileiro
Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2000, indicam que mais de 16 milhões de brasileiros, na faixa etária superior a 15 anos, são analfabetos. O Governo e a sociedade civil, através de várias instituições, estão atentos e empreendem ações para reverter esse grave cenário social. Visando a redução do analfabetismo brasileiro, a Fundação Banco do Brasil e o MEC, no próximo dia 30 de julho, em Brasília, assinarão um protocolo de intenções para potencializar as ações de seus respectivos programas de alfabetização de jovens e adultos, o BB Educar e o Brasil Alfabetizado.
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, e o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, pretendem, com a formalização desse projeto de cooperação mútua, assegurar a remuneração dos alfabetizadores envolvidos diretamente neste processo. Os recursos serão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, através de credenciamento dessas pessoas junto às prefeituras dos municípios que participam do BB Educar. Está previsto o pagamento mensal de R$ 15 por aluno alfabetizado.
Com isso espera-se um incremento ainda maior no atendimento do BB Educar que, em 11 anos, já alfabetizou 124 mil jovens e adultos. Durante esse período o Programa funcionou basicamente com o serviço voluntário de 14 mil pessoas formadas pelos cursos oferecidos pela Fundação, ministrados por instrutores do Banco do Brasil. Com a parceria do MEC, a expectativa é formar outros 6 mil alfabetizadores somente em 2003. Atualmente mais de 31,5 mil alfabetizandos encontram-se em salas de aula de todo o país.
A metodologia do BB Educar é concebida com base nos princípios de uma educação libertadora e na prática da leitura do mundo, considerando-se a realidade do educando. O Programa, que utiliza ensinamentos de pedagogos como Paulo Freire e Emília Ferreiro, pressupõe uma construção coletiva: a participação do educando e do educador como sujeitos do processo, numa relação dinâmica, contínua e principalmente crítica.
O BB Educar nasceu em 1992, fruto da iniciativa de um grupo de funcionários do Banco do Brasil que se mobilizou para alfabetizar colegas da carreira de serviços gerais, como carpinteiros, pedreiros e pintores. O sucesso da experiência levou o Banco a estendê-la às comunidades onde estavam instaladas suas agências. Desde 2000 o BB Educar faz parte do conjunto de programas da Fundação Banco do Brasil, com parte dos recursos vindos da comercialização do título de capitalização Ourocap Milênio.
Mais do que ensinar a ler e a escrever, o BB Educar promove o exercício da cidadania através de várias atividades, realizadas dentro e fora da sala de aula, abordando questões de saúde, alimentação e diversas temáticas da atualidade. Nos municípios onde foi implementado, algumas iniciativas surgiram a partir da visão cidadã estimulada pelo Programa. Criação de hortas comunitárias e pequenas fábricas, formação de associações de moradores e cursos profissionalizantes são apenas alguns exemplos.
Muitas pessoas atendidas pelo BB Educar deram continuidade aos estudos, uma vez que são incentivadas pelos alfabetizadores a ingressar no ensino formal após a conclusão da alfabetização. Paulo Freire, que costumava dizer que “ninguém opta pela tristeza e pela miséria; ninguém é analfabeto por opção”, se estivesse vivo, comemoraria a vitória e a coragem dessas pessoas.
Site: www.cidadania-e.com.br
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