
Embalagens Tetra Pak agora podem ser recicladas
As empresas Tetrapak, Alcoa, Klabin e TSL Ambiental uniram-se em busca de soluções para a reciclagem de embalagens cartonadas, tipo longa vida. Tecnologia de Plasma separa o alumínio e o plástico que compõem a embalagem destinando cada resíduo para a sua reciclagem final e específica.
A Tetra Pak do Brasil, a Alcoa, a Klabin e a TSL Ambiental acabam de anunciar uma nova tecnologia para reciclagem de embalagens tipo longa vida. Pioneira no mundo, a tecnologia de Plasma separa o alumínio e o plástico que compõem a embalagem cartonada. O processo revoluciona o modelo atual de reciclagem das embalagens tipo longa vida, que separa o papel e mantém o plástico e o alumínio unidos, para depois transformá-los em utensílios como escovas, vassouras, placas e telhas. O processo de Plasma chega como mais uma opção de reciclagem, separando os três componentes da embalagem que voltam para a cadeia produtiva como matéria-prima.
A aplicação dessa tecnologia foi desenvolvida pelas empresas Tetra Pak, Klabin e TSL Ambiental, empresa referência na área de tratamento de resíduos, contando mais recentemente com a participação da Alcoa. Inédito no mundo, o sistema usa energia elétrica para produzir um jato de plasma e aquecer a 15 mil graus Celsius a mistura de plástico e alumínio. Com o processo, o plástico é transformado em parafina e o alumínio, totalmente recuperado em forma de lingotes de alta pureza.
O objetivo principal do projeto é tornar cada vez maior o volume de reciclagem das embalagens tipo longa vida, que atualmente está em 19% do total produzido. O diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, Fernando von Zuben, explica que o processo deverá aumentar em até 30% o valor das caixinhas longa vida no mercado de reciclagem. “Com isso, esperamos estimular as cooperativas e centrais de triagem a recolherem o material, tornando a reciclagem das caixas longa vida um bom negócio para todos”, afirma von Zuben.
O sistema deverá ser exportado para outros países onde a Tetra Pak atua. A tecnologia de Plasma, para reciclagem das embalagens longa vida, foi totalmente desenvolvida no Brasil e já começa a despertar interesse fora do país. Missões da Suécia, Espanha e China, interessadas em implantar o processo de reciclagem, visitaram a planta piloto da TSL em Osasco, São Paulo.
O projeto consumiu vários anos de pesquisas e desenvolvimento, e demandará um investimento total de R$ 10,5 milhões para construir a primeira unidade recicladora. A planta de reciclagem será feita na unidade Klabin, em Piracicaba (SP), onde já foram investidos US$ 2,5 milhões na linha que recicla a camada de papel das embalagens cartonadas. A unidade de Plasma terá capacidade para processar oito mil toneladas por ano de plástico e alumínio, equivalentes à reciclagem de 32 mil toneladas de embalagens longa vida por ano. A emissão de poluentes na recuperação dos materiais é próxima de zero.
Outra inovação desta iniciativa é a parceria para sua implantação, que se dará entre as quatro empresas envolvidas no projet Tetra Pak, Alcoa, Klabin e TSL Ambiental. A Alcoa, fornecedora da folha fina de alumínio que faz parte da embalagem, usará o alumínio reciclado para a fabricação de novas folhas, fechando assim o ciclo deste processo. O mesmo ocorre com a Klabin, que já faz a reciclagem do papel. A parafina será vendida para a indústria petroquímica nacional. A planta começa a operar em agosto de 2004.
Sites: www.tetrapak.com.br, www.klabin.com.br e www.tslambiental.com.br
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Esta ideia é inovadora. Tenho planos futuramente de fazer embalagens com mistura desses dois materiais. fazendo as embalagens se dobrarem assim deixando aquele alimento ali dentro totalmente concentrado sem entrada de ar