
Peça produzida por alunos da escola Incra 09, localizada em Brazlândia
Concurso estimula estudantes de escolas públicas do DF a discutirem a questão ambiental e a produzirem peças artísticas a partir de material reciclado e alternativo
Pedaços de pano, partes de brinquedo, sobras de bijuteria, latas, papelões, arames, garrafas pet e sementes. Nas mãos de estudantes de quatro escolas públicas localizadas em regiões carentes do Distrito Federal, esses materiais, aliados a muita criatividade, ganharam novas formas e farão parte de uma exposição que fica em cartaz nos dias 14 e 15 deste mês, em Brasília.
Ao todo, foram produzidas 300 peças, entre totens, desenhos, esculturas, instalações, telas e quadros. Mas a mostra trará os 16 trabalhos vencedores da quinta edição do “Concurso Meliá Arte Brasília Ambiental”, uma iniciativa do Hotel Meliá Brasil 21, em parceira com a Fundação Athos Bulcão e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). As obras serão expostas no lobby do hotel.
Para a produção, os estudantes receberam orientação de educadores das escolas participantes e de servidores da Diretoria de Educação Ambiental do Ibram, especializados em pintura, telas, material reciclável, artes visuais e teatrais. As peças prontas foram expostas nas escolas para apreciação da comunidade docente e discente e, sobretudo, da comissão julgadora, que levou em conta na avaliação critérios como criatividade, originalidade, habilidade na utilização dos materiais, relações de equilíbrio, harmonia e cor.
O concurso, que tem por meta incentivar a produção artística e despertar a consciência ecológica dos jovens, mudou a rotina dos estudantes das escolas classes de Brazlândia (Incra 09 e Chapadinha, ambas na Zona Rural); de Sobradinho (Escola Classe 11); e do Recanto das Emas (Centro de Ensino Fundamental 802).
Na Escola Classe 11, de Sobradinho, por exemplo, a mobilização dos alunos e dos professores em torno da competição, se desdobrou em projeto próprio, com curador e exposição em galeria da cidade. A partir da provocação do concurso, de criar arte a partir do que seria jogado no lixo, surgiu o “Projeto Abracadabra”, cuja intenção é revitalizar o ensino das artes plásticas na escola, desafiando as crianças a realizarem atividades artísticas que tenham ligação com a responsabilidade ambiental, a pluralidade cultural e com a arte conceitual e suas linguagens.
O resultado do “desafio” resultou na mostra “Os Guardiões da Natureza”, em exposição na Galeria de Arte Vincent Van Gogh, de Sobradinho, que ficou em cartaz até o dia 31 de outubro. A mostra teve curadoria do artista plástico Toninho de Souza e apresentou como os alunos conseguiram transformar sucata em arte, utilizando para isso, técnicas artísticas como pintura, escultura, objeto, mosaico, xilogravura, fotografia, instalação e videoarte.
Os vencedores do concurso serão conhecidos no sábado (14) e ganharão como prêmio a diária do fim de semana, com direito a acompanhante, no Meliá. O professor responsável pela orientação do trabalho em cada escola também será contemplado com uma diária no mesmo hotel e a escola que tiver mais alunos premiados receberá um aparelho de data show.
Os ganhadores terão, ainda, a oportunidade de explorar, ao longo dos dois dias, as dependências do hotel. A intenção é apresentar a eles mais uma possibilidade de profissão. “O nosso objetivo é associar a parte cultural com a ambiental e proporcionar que esses estudantes de escolas públicas vivenciem o universo da hotelaria e possam, talvez, até se identificar com o ambiente de trabalho como profissão”, destaca a supervisora de qualidade do Meliá, Mônica Valle.
Hotel Meliá Brasil 21 – Telefone: (61) 3033-8029
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