Compreender a complexidade de um problema de saúde pública e como ele afeta o cotidiano da população brasileira é uma reflexão fundamental dentro do enquadramento de diversas novas medidas corretivas e preventivas.
Você já deve ter ouvido falar do caos na definição de saúde pública no Brasil. São diversos exames que demoram muito, são filas de espera enormes, médicos que estão na balança, mas não aparecem no momento do plantão. Essas e outras questões que surgem apenas ao ler um jornal ou revista mostram que há preocupações com a saúde pública no dia a dia.
O setor da saúde está no centro do debate político-social devido à pandemia de Covid-19. Essa crise sanitária chamou a atenção da população para a importância do SUS.
Ao mesmo tempo, vem ocorrendo um processo de conscientização da população brasileira sobre o SUS. Segundo os Cursos Online, o ano começou com diversos desafios para a rede pública de saúde, que atende toda a população nacional.
O SUS é um dos maiores sistemas do mundo e tem o melhor orçamento na Esplanada; em 2017, o setor destinou R$ 130,2 bilhões, segundo a EBC.
Diante dos desafios que se avizinham, é preciso compreender os complexos fatores que compõem toda a sociedade brasileira em sua realidade, para entender como lidar com questões como a falta de saneamento básico e a precariedade da educação que afetam diretamente os gastos públicos com saúde.
Exemplo disso é o número excessivo de internações no SUS, segundo o Ministério da Saúde, custaram ao governo 129 milhões de reais. Estudos de Cursos Online mostraram que o investimento público em distribuição, tratamento e coleta de água e esgoto reduziu as infecções gastrointestinais da população.
A seguir abordaremos os desafios que a saúde pública vem enfrentando.
1. Vacinação em massa
Como diversas pessoas sabem, uma das maiores expectativas para o primeiro trimestre de 2021 era a imunização em massa contra. No entanto, em um país tão continental quanto o Brasil, uma campanha nacional de vacinação para todos os grupos apresenta alguns obstáculos.
Uma delas é lutar pela distribuição igualitária e pelo respeito aos grupos prioritários. Outra é a dificuldade associada ao acesso e armazenamento da vacina.
Como explica a Organização Mundial da Saúde (OMS), para desenvolver imunidade coletiva contra o coronavírus é importante vacinar mais de 70% da população. Por isso, os gestores de saúde enfrentam o desafio de atrair cidadãos para as campanhas de imunização. De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), essa adesão vem diminuindo a cada ano. Um dos motivos dessa diminuição é o crescimento de grupos anti vacinas e o aumento da disseminação de fake news.
2. Desinformação sobre saúde
Além da pandemia, o Brasil também vive uma “infodemia” de fake news. Nove em cada 10 brasileiros leram pelo menos uma informação falsa sobre o coronavírus.
O mesmo estudo mostrou que em comparação com os países estudados, italiano e norte-americano, os internautas brasileiros foram os mais adeptos das fake news.
A Organização Mundial da Saúde declarou que informações falsas podem ser tão perigosas quanto um vírus. Rumores sobre a doença costumam se espalhar pela internet, colocando vidas em risco. Entre os comunicados estavam receitas caseiras com o objetivo de combater a Covid-19, indicações de medicamentos sem comprovação científica e diversos dados questionáveis sobre a origem das vacinas. Nesse contexto, restabelecer a confiança dos brasileiros na pesquisa científica na área da saúde tornou-se um desafio.
3. Aumento da demanda por atendimento
Os administradores terão que lidar com a demanda reprimida de pacientes que deixam de procurar os devidos atendimentos por medo de contaminação. As consultas presenciais são mantidas somente em casos de emergência.
Suspender operações médicas, como cirurgias eletivas, e adiar as necessidades de todos os pacientes que podem sobrecarregar os sistemas de saúde e a demanda prejudicada se tornará mais intensa.
Essa intensidade prejudica o sistema de saúde, que corre o grande risco de entrar em colapso. Aumentar o número de filas, precisa melhorar, ao mesmo tempo o valor do dinheiro está cada vez menor.
Esses fatores precisam ser levados em consideração no planejamento de diversas ações e serviços de saúde, em conjunto com as questões colocadas pela pandemia, incluindo eventuais sequelas provocadas pelo covid-19. São necessárias redes com o objetivo de garantir que a assistência seja prestada a nível nacional.
4. O impacto social da epidemia
Além dos impactos econômicos e sanitários, a pandemia deixou consequências sociais. A classe mais pobre tende a ser a mais afetada. Aumento do número de pessoas vivendo em condições precárias: Dificuldade de sustento das famílias, saneamento precário, falta de mobilidade e outros fatores que aumentam o risco de doenças nessa população.
Portanto, cabe aos gestores federais, estaduais e municipais saber investir em ações preventivas e de promoção da saúde desses cidadãos. Garantir a oferta de cuidados de saúde primários, bem como de serviços de cuidados de moderada a alta complexidade, num contexto de aumento da procura decorrente da deterioração das condições de vida dos grupos vulneráveis.
5. Falta de médicos
O problema não é apenas que os profissionais não são bem treinados. Para complicar a situação, está a má distribuição no Brasil e em muitas cidades, principalmente na zona rural, e a falta de médicos de diferentes especialidades.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diversas cidades têm cerca de 1 médico para cada 470 habitantes. Nas regiões Norte e Nordeste, porém, os números foram bem menores, chegando a 1 médico para cada 950 e 750 brasileiros.
Segundo a OMS, o Brasil tem cerca de 17 médicos por 10.000 habitantes, enquanto na Europa o número chega na cada dos 33. Isso mostra que nosso país está despreparado para atender sua população em relação aos países desenvolvidos.
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