
Bóias monitoradas por GPS estudarão correntes marítimas
Iniciativa levantará informações sobre as correntes marítimas, dados que podem combater emergências, como um possível vazamento de óleo
Com foco no meio ambiente e no desenvolvimento sustentável, a BG Brasil, companhia que atua no segmento de exploração e produção de petróleo e distribuição de gás natural, se uniu ao Projeto Grael para monitorar a Baía de Guanabara, segunda maior baía do litoral brasileiro. Pela iniciativa, a cada semana, bóias monitoradas por GPS e equipadas com transmissor receptor via satélite, sensor de temperatura da água e bateria, são lançadas na água para estudar as correntes e seus parâmetros físico-químicos.
Os dados sobre as correntes auxiliam os trabalhos de coleta de lixo flutuante na baía, já que os resíduos tendem a seguir as suas trajetórias, além do combate às emergências, como um possível vazamento de óleo, e à poluição. “Consideramos fundamental apoiar projetos que favoreçam o meio ambiente e gerem benefícios para a sociedade e esse projeto atua justamente nesse sentido. A união de parceiros capacitados certamente renderá bons frutos: um banco de dados oceanográficos atualizado e a formação de jovens para o mercado de trabalho”, destaca a gerente da BG Brasil, Sônia Lima.
A iniciativa foi lançada em maio e contará com investimentos da ordem de R$ 800 mil. O projeto terá a duração de dois anos e meio e, também terá um desdobramento social, já que foca suas atividades na preparação de jovens de comunidades de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo para o trabalho na área náutica, carente de profissionais especializados.
“A atuação em meio ambiente é uma vocação do Projeto Grael. Nossa participação no Projeto Baía de Guanabara tem como objetivo aprofundar ainda mais a integração e o compromisso dos nossos alunos com a Baía de Guanabara e com os esforços de melhor conhecê-la para, assim, contribuir para a sua recuperação. É uma oportunidade única para os alunos aprenderem e interagirem com profissionais e pesquisadores dedicados à baía”, diz Axel Grael, presidente do Projeto Grael.
Durante o período de 12 horas, o que corresponde a um ciclo de maré, alunos habilitados do Projeto Grael ficam a bordo de uma lancha, batizada de Coral, que é operada por eles. Orientados por um supervisor, eles também são responsáveis pelo manuseio dos derivadores – lançamento e recolhimento. Os dados oceanográficos gerados podem ser acompanhados em tempo real pela internet e utilizados para os mais diversos fins científicos.
O Projeto Baía de Guanabara conta ainda com mais dois parceiros: a empresa Prooceano, especializada em oceanografia e consultoria ambiental, e laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) A Prooceano é a responsável pelo processamento e tratamento das informações enviadas via satélite, assim como a atualização do banco de dados online. Já a UFRJ foi contemplada com três bolsas de estudo, sendo duas para iniciação científica e uma para mestrado.
Projeto Grael
O Projeto Grael foi criado há doze anos por uma iniciativa dos irmãos e velejadores Torben e Lars Grael e Marcelo Ferreira. Desde a sua fundação, o projeto vem desenvolvendo uma metodologia própria de esporte e educação, que serviu como base para outros programas semelhantes, como o Navega São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, e o Projeto Navegar, iniciativa federal desenvolvida em diversas cidades brasileiras.
A iniciativa já conquistou reconhecimento internacional com prêmios e chancelas recebidas de instituições, como a Federação Internacional de Vela (Isaf), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), dentre outras. Mais de 8 mil jovens que passaram pelo projeto desenvolveram, além da prática da vela e de conhecimento profissionalizante para o mercado náutico, o conceito de cidadania.
Site: www.prooceano.com.br
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