Delegação cumpriu intensa agenda, que incluiu almoço em restaurante popular e reuniões com órgãos governamentais
A rede de proteção e promoção social brasileira chamou a atenção da China. Entre os dias 24 e 26 de agosto, delegação composta por representantes do alto escalão do país esteve em Brasília para conhecer os programas sociais realizados no Distrito Federal. A visita foi resultado de uma pareceria entre o Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) e o Centro Internacional de Redução da Pobreza na China (IPRCC). O objetivo foi ampliar espaços de diálogo e troca de experiências entre os dois países na área de proteção social, num contexto de crescente interação nos campos político e comercial.
As atividades dos chineses incluíram um almoço no Restaurante Comunitário, visitas à Unidade Móvel ExpressAção e ao Centro de Referência em Assistência Social (Creas), todos na Vila Estrutural, área carente do DF. As visitas aos programas sociais proporcionaram uma experiência muito enriquecedora ao grupo, afirma Francisco Filho, assessor de comunicação do IPC-IG. “Foi uma missão de aprendizado, de troca de experiências, que buscou colocar a área social no contexto das relações entre Brasil e China, que vêm crescendo. O contato com os gestores e, principalmente, com os beneficiários dos programas foi essencial”, destaca.
Os representantes do Governo da República Popular da China participaram, ainda, de uma série de reuniões e audiências com diversos órgãos do governo brasileiro responsáveis pela coordenação e gestão da rede de promoção e proteção social. Eles se reuniram com gestores dos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Saúde, Previdência Social, Desenvolvimento Agrário, Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), Secretaria de Assuntos Estratégicos e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
“China e Brasil são os países que mais reduzem a pobreza no mundo”, declarou o ministro Marco Farani, diretor da ABC. “Ambos os países se beneficiam dessa troca de conhecimento na área social. A China tem uma experiência bem sucedida de inclusão social e geração de riqueza”, acrescentou. Hoje, segundo o Ipea mais de 50 milhões de brasileiros são beneficiados pela rede de proteção e promoção social, responsável por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). A China é o país cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais cresce no mundo. Entre 1990 e 2005, a proporção de chineses que viviam com menos de um dólar por dia caiu de 60% para 16%, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). No mesmo período, o índice brasileiro saiu de 15% para 7,8%.
O diretor da delegação chinesa, Cui Guozhu, salientou que a missão abriu portas para uma “excelente cooperação com o Brasil para a redução da pobreza”. Guozhu é diretor do Escritório para o Alívio da Pobreza e Desenvolvimento da Região Autônoma da Mongólia Interior, e, juntamente com o Liu Junwen, diretor-geral adjunto do Escritório para o Alívio da Pobreza e Desenvolvimento do Conselho do Estado da República Popular da China, coordenaram a delegação.
As visitas foram organizadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Governo do Distrito Federal (SEDEST), responsável pela sistematização, articulação e coordenação de ações de assistência social, segurança alimentar e transferência de renda no DF.
Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) – E-mail: francisco.filho@ipc-undp.org – Telefones: (61) 2105 5036 e 8154 7838
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