Acompanhando o clima da Copa do Mundo na Alemanha, o site Responsabilidade Social. com entrevistou o jogador Cafu sobre o sonho realizado de criar sua própria instituição beneficente, que atende centenas de jovens no bairro Jardim Irene, na cidade de São Paulo. Saiba mais sobre o funcionamento da Fundação Cafu e como participar dos seus programas educacionais:
1) Responsabilidade Social – Qual a importância de um programa como a Fundação Cafu?
Cafu – É que seja algo que consiga resgatar a auto estima e confiança dos jovens e adolescentes para que possam se tornar cidadãos de respeito.
2) RS – Como surgiu a idéia de fazer a Fundação?
Cafu – Eu já tinha o projeto em mente, porque há mais de 10 anos venho ajudando algumas instituições.
3) RS – Quando e como foi iniciado o projeto?
Cafu – No ano de 2001, com um jogo de futebol no Icaro de Castro com artistas contra jogadores, cuja entrada era um quiilo de alimento não-perecível, que foi doado para Pestalozzi.
4) RS – O que a difere de outras instituições?
Cafu – O ambiente e a seriedade dos profissionais que lá trabalham, pois as crianças, jovens e adolescentes querem ter um lugar, um espaço para mostrar que há um lado humano e inteligente deles prestes a ser desenvolvido.
5) RS – Quais os requisitos para ser atendido pela Fundação Cafu?
Cafu – É necessário morar na região do Jardim Irene e adjacências, ter renda familiar baixa e ter idade entre 7 anos e 17 anos.
6) RS – Como sobrevive? Tem patrocinadores?
Cafu – Fizemos alguns jogos beneficentes, jantares e leilões de carro, tudo revertido para a Fundação Cafu.
Colaboradores, sim.
7) RS – Como eles ajudam e contribuem, com dinheiro ou produtos?
Cafu – Alguns com produtos, outros com dinheiro, afinal uma instituição sem fins lucrativos, está sempre necessitando de doações, seja em espécie ou produto.
8) RS – Qual a principal frente em que a Fundação age?
Cafu – A missão da Fundação Cafu é reflexo de nossa ação, nos comprometemos a executar e manter programas que incentivem a inclusão social da comunidade do Jardim Irene e bairros vizinhos, orientando-as para que busquem seus direitos como cidadãos, tornando-se agentes transformadores da sua própria realidade.
9) RS – Existem cursos profissionalizantes? O que é necessário para fazer um?
Cafu – Sim, hoje temos o curso da Embelleze. É preciso apenas ser morador da região e ter vontade de aprender algo em que se sinta realizado.
10) RS – A Fundação conta com parceiros e colaboradores? Quais?
Cafu – Sim, Medial Saúde, Ideal Sistemas, Dynamic Tecnologia, Microlins, Embelleze, Unisa e Pacto Promocional, CMB Celebrities, G7 Comunicações, TV Mix, Abyara.
11) RS – Algum outro jogador ajuda a Fundação?
Cafu – Sim, quando há jogos beneficentes.
12) RS – Como surgiu e do que se trata, especificamente a ação Bola Solidária ?
Cafu – Através de um contato com Lidia Santana, que propôs esta parceria, em prol da Fundação Cafu, foi idealizado o projeto Bola Solidária, que a cada dia segue ganhando novos rumos e parcerias. Ao adquirir a Bola autografada pelo Cafu, as crianças e o projeto continuarão se desenvolvendo.
13) RS – O que você tem a dizer sobre a Fundação?
Cafu – De um sonho à realidade, da ilusão à verdade, das crianças à sociedade. Tem algo mais importante do que ver crianças, jovens e adolescentes serem felizes? Então vocês precisam conhecer a Fundação Cafu e ver de perto que tudo isto ocorre lá.
14) RS – Qual a importância dela em sua vida pessoal?
Cafu – A satisfação de ter um sonho realizado e ver tantas crianças e adolescentes serem beneficiados.
15) RS – Seus familiares ajudam de alguma forma, seja financeira ou ocupacional?
Cafu – Sim. Todos estão no quadro administrativo, todos são envolvidos diretamente.
16) RS – Como funciona este sistema alternativo de educação?
Cafu – A natureza do trabalho executado na Fundação Cafu é sócio-educativa, os alunos são orientados a buscar soluções aos problemas do seu cotidiano, trabalhando desta forma a autonomia e a cidadania. Os cursos oferecidos são ferramentas para transformação da realidade que nossas crianças vivem, esperamos com nossa ação oportunizar e desenvolver talentos.
17) RS – Como funcionam os atendimentos?
Cafu – Todos os dias da semana no horário inverso ao horário escolar, manhã ou tarde. As atividades são diversas, como por exemplo: Modalidades esportivas; Projeto de cidadania; Inclusão Social; Reforço Escolar; Formação para o trabalho; Arte e Cultura; Dez na escola, Dez na bola.
Sites: www.bolasolidária.com.br e www.fundacaocafu.org.br
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