• Skip to primary navigation
  • Skip to main content
  • Skip to primary sidebar
  • O que é Responsabilidade Social?
    • Quem somos
  • Divulgue seu Projeto
  • Envie seu artigo
  • Anuncie
  • Contato

Responsabilidade Social

  • Entrevista
  • Noticias
  • Artigo
  • Charge
  • Oferta-de-trabalho
  • Perfil
  • Editorial
Você está aqui: Home / Entrevista / Ignacy Sachs

Ignacy Sachs

Junho 3, 2020 by admin Deixe uma resposta

Referência na área ambiental, o socioeconomista franco-polonês participa da Rio +20

Referência na área ambiental, o socioeconomista franco-polonês participa da Rio +20

O socioeconomista franco-polonês Ignacy Sachs, aos 85 anos, é um pensador em plena atividade. Sua longa e bela trajetória está marcada por participações em eventos importantes. Esteve presente na organização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, realizada em 1972, e na Cúpula da Terra – Eco-92, no Rio de Janeiro. E já confirmou que deixará sua contribuição durante a Rio+20, participando de eventos paralelos no Rio de Janeiro e em São Paulo, entre os dias 13 e 23 de junho.

Com uma carreira acadêmica dedicada, em grande parte, ao Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais (Paris), do qual foi diretor, é reconhecido por ser um dos criadores do conceito do ecodesenvolvimento, que propõe o crescimento econômico no contexto do desenvolvimento social e proteção ambiental.

Em entrevista, ele faz uma análise sobre economia verde e governança global e propõe alternativas possíveis de negociações para a Rio+20.

Responsabilidade Social – Após uma experiência de mais de quatro décadas, quais são os caminhos da governança global e da sustentabilidade que o senhor considera necessários, tendo em vista o contexto da crise econômica?
Ignacy Sachs
– Os mercados deixados a si mesmos têm a vista curta e a pele grossa. Por isso, devemos recolocar no centro das nossas preocupações a volta ao planejamento em longo prazo, visto que, os computadores tomaram o lugar dos “ábacos” (antigo instrumento de cálculo).

Dispomos hoje de um vasto conjunto de experiências de planejamento, muitas delas fracassadas, assim mesmo, suscetíveis de um exame crítico de maneira a propor para o futuro paradigmas eficientes de planejamento democrático, baseado no diálogo entre todos os atores sociais e estruturado ao redor do tripé: objetivos de desenvolvimento sociais, condicionalidade ambiental e viabilidade econômica, esta última por construir.

RS – A ecossocioeconomia tem compatibilidade com o que está se propondo como economia verde? Por quê?
IS
– A ecossocioeconomia deve se esforçar por utilizar, sempre que possível, recursos renováveis pertencentes à “economia verde”, tomando o cuidado de respeitar as condições de sua renovabilidade e obedecendo a preceitos de justiça social na repartição do produto. Por isso, a minha preferência vai à bandeira portuguesa: “verde – vermelha”. De qualquer modo, devemos evitar a criação de uma economia verde ao serviço de uma minoria privilegiada.

RS – Quais são suas propostas e perspectivas para a Rio+20, agora, em junho? Qual será sua participação no evento?
IS
– Idealmente, deveríamos completar os fundos de desenvolvimento mobilizados internamente em cada país para a criação de um grande fundo de desenvolvimento internacional, alimentado por 1% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países ricos (um tema várias vezes colocado no debate internacional e nunca implementado).

Essa iniciativa somada à taxa Tobin (tributo proposto pelo economista norte-americano James Tobin, da Universidade de Yale) sobre as especulações financeiras, além de um imposto sobre o carbono emitido com o duplo propósito de frear as emissões e gerar recursos para o desenvolvimento. Por fim, considero importante haver pedágios sobre ares e mares sob a forma de um percentual acrescentado às passagens aéreas e aos fretes marítimos.

Penso que poderíamos, assim, chegar facilmente a 2% do PIB mundial, ou seja, aproximadamente um décimo de todos os investimentos, quantia suficiente para reorientar o rumo da economia mundial.

Para que recursos tão volumosos não se percam em investimentos duvidosos, as Nações Unidas deveriam reforçar simultaneamente os programas de cooperação científica e técnica voltados ao melhor aproveitamento dos recursos renováveis de cada bioma, privilegiando, portanto, na cooperação internacional, os paralelos e, não, os meridianos.


A entrevista concedida para Sucena Shkrada Resk, do Mercado Ético e publicada no portal www.mercadoetico.terra.com.br

Também nessa Edição :
Perfil: Maurice Strong
Artigo: Decálogo da produção responsável e do consumo consciente
Notícia: Região Norte prepara plano estratégico para uso sustentável da Amazônia
Notícia: Pesquisa retrata a escravidão no Brasil
Notícia: Brasil financiará tecnologias sustentáveis
Oferta de Trabalho: Procura-se (06/2012)

Categoria: Entrevista Assuntos: Emissões, Sustentabilidade

Reader Interactions

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Primary Sidebar

Vídeo

Veja mais

Tradutor de conteúdos em português para Libras está disponível para download gratuito para Android

Janeiro 29, 2021 Deixe uma resposta

Richard Goughnour

Janeiro 29, 2021 Deixe uma resposta

O que deu na mídia (edição 108)

Janeiro 28, 2021 Deixe uma resposta

Artigos recentes

  • Tradutor de conteúdos em português para Libras está disponível para download gratuito para Android
  • Richard Goughnour
  • O que deu na mídia (edição 108)
  • Abertos para a comunidade
  • Estímulo ao Voluntariado

Copyright © 2002 - 2021 Responsabilidade Social — ISSN: 1677-4949