• Skip to primary navigation
  • Skip to main content
  • Skip to primary sidebar
  • O que é Responsabilidade Social?
    • Quem somos
  • Divulgue seu Projeto
  • Envie seu artigo
  • Anuncie
  • Contato

Responsabilidade Social

  • Entrevista
  • Noticias
  • Artigo
  • Charge
  • Oferta-de-trabalho
  • Perfil
  • Editorial
Você está aqui: Home / Entrevista / Cassio Taniguchi

Cassio Taniguchi

Junho 6, 2020 by admin Deixe uma resposta

838-php1U8tU7

Em entrevista exclusiva ao portal Responsabilidade Social, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal, Cassio Taniguchi, detalha o Projeto de Lei 34/07, que prevê incentivos para construções de edificações urbanas que utilizam tecnologias limpas. Segundo ele, a proposta vale para qualquer empreendimento, desde a classe mais alta à mais baixa e que a aplicação será simples, aberta a todos que optarem por esse modelo de construção.

O engenheiro e ex-prefeito de Curitiba por dois mandatos consecutivos, de 97 a 2000 e de 2001 a 2004, mostra como a proposta pode ser colocada em prática e fala sobre os desafios do desenvolvimento sustentável no país. Confira.

1) Responsabilidade Social – A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou em outubro passado o Projeto de Lei 34/07, de autoria do senhor, que prevê incentivos para construções de edificações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos ambientais. A proposta prevê alterações em habitações para todas as classes ou é algo voltado somente para classe média e alta?
Cassio Taniguchi
– A proposta do projeto é para qualquer empreendimento, desde a classe mais alta à mais baixa. O incentivo às construções verdes precisam se tornar uma espécie de consciência. Aqui em Brasília começamos com o Noroeste. O bairro estava previsto há quase 20 anos e provavelmente iria ser construído igual uma superquadra da Asa Sul. Na casa de transição de governo propus ao governador Arruda que o bairro poderia ser o primeiro com conceitos sustentáveis do país. A intenção é que a moda pegue. O Mangueiral, o novo Centro Administrativo de Taguatinga e outros prédios já estão sendo anunciados com esse conceito

2) RS – Uma vez aprovada a Lei, ela é incluída no Estatuto das Cidades? Como será sua aplicação?
CT –
Sim. Sua aplicação será simples. A todos os empreendedores que optarem pela construção sustentável, cabe ao governo dar incentivos fiscais ou até na própria construção, podendo, por exemplo, aproveitar a cobertura.

3) RS – Na prática, como isso funcionará no Brasil, país onde ainda há sérios problemas estruturais, como déficit habitacional e falta de saneamento?
CT
– Isso não será uma obrigação. Será uma forma opcional para o empreendedor.

4) RS – Existem no Brasil outras políticas públicas que incentivem esse tipo de construção? E em outros países, existem políticas semelhantes?
CT
– Todo o mundo está envolvido e sofrendo com os problemas ambientais. Essas políticas de incentivo ambiental estão presentes em todos os cantos. Vemos isso com a preocupação no Tratado de Kyoto, no recente movimento “Na hora do planeta”, que envolveu mais de 84 países, enfim esse problema é de todos.

5) RS – Quando o senhor foi prefeito de Curitiba implantou um sistema de transporte público reconhecido por todo o país como eficiente e limpo. Na sua avaliação, há relação entre transporte público e o bem-estar e qualidade de vida em centros urbanos?
CT
– O sistema de transporte de uma cidade é um dos importantes instrumentos que definem o crescimento do local de forma planejada. Um transporte público, integrado e eficiente dá a população, a certeza de atendimento e segurança próximo à sua casa e ao trabalho. Em um estudo de planejamento, primeiro traçamos os eixos de transporte e depois incluímos onde a cidade será mais adensada, onde os postos de trabalho podem ser melhorados.

Aqui em Brasília o plano parece não ter sido esse. Vemos eixos de transporte como as linhas de metrô ao longo da Ceilândia e Samambaia, por exemplo, onde não há ninguém por perto, seja de habitação ou pólos de emprego. Isso é um erro. No novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), aprovado recentemente pela Câmara Legislativa, propomos esse adensamento. As pessoas têm um conceito diferente desse instrumento. Ele é totalmente ambiental e sustentável. Não dá mais para termos uma cidade que cresce horizontalmente. Isso só destrói o meio ambiente. A verticalização é uma tendência, dessa forma aproveitamos infraestrutura de água, luz, esgoto e o transporte público também.

Quando começamos nesse governo, o metrô funcionava de 6h às 20h, somente durante a semana. Os trens carregavam cerca de 50 mil pessoas por dia. Bastou uma mudança de horário diária e acrescentar os fins de semana e em menos de uma semana esse número passou para 150 mil/dia. São pequenas atitudes e a gente melhora o funcionamento. Com o Brasília Integrada, programa de integração de transporte, o DF terá melhorias incontáveis no seu sistema e isso interfere diretamente na qualidade de vida.

6) RS -Para o senhor, é possível aliar meio ambiente, a construção civil e o mercado imobiliário? Como o senhor acredita que esse Projeto de Lei vai contribuir para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil?
CT
– Claro. Os três eixos de um modelo sustentável incluem as áreas ambiental, econômica e social. Sem a integração entre essas não é possível se falar em sustentabilidade. “Ser verde” não significa ter jardins ao redor de sua casa ou prédio. As pessoas estão confundindo. A sustentabilidade é um conceito amplo de planejamento, de crescimento e envolve consciência. A especulação imobiliária, por exemplo, só tem vez se o governo não souber o que quer. No momento que se faz um traçado e que se define para onde a cidade vai crescer, definindo usos, multas, coeficiente de aproveitamento entre outros pontos, o desenvolvimento urbano e ambiental passa a ser responsável.

7) RS – O custo de um prédio com conceitos de sustentabilidade é maior que um convencional? Qual o percentual e como isso é repassado ao consumidor final?
CT –
O aumento significa uma porcentagem de pouco mais de 5% do custo normal, mas o melhor é que ao longo de um ou dois anos isso é facilmente recuperado e ainda poupamos o meio ambiente pelo resto da vida. O fato de aproveitarmos a água da chuva, a luz solar, o uso de energia limpa como a que gastamos com chuveiros elétricos (no Noroeste será proibido), a reciclagem do lixo já é um grande avanço. As pessoas precisam se conscientizar que os recursos naturais são limitados.

8) RS – Este ano começou com novos prefeitos e vereadores. Para o senhor haverá um novo panorama político para as questões socioambientais? Na sua avaliação, há prefeitos com uma plataforma ambiental concreta?
CT –
Tomara que sim. Como já disse, a sustentabilidade tem de se tornar um processo de conscientização.

9) RS – A sustentabilidade é uma bandeira política eficaz?
CT
– Sim, e talvez uma das últimas eficazes no combate ao aquecimento global, desmatamento e todos os problemas ambientais que temos enfrentado.

10) RS – Para o senhor, qual o principal desafio do desenvolvimento sustentável no Brasil?
CT
– O envolvimento de todos nesse processo. Essa responsabilidade não é do governo, é de cada um de nós. A coleta seletiva do lixo, a reuso dos recursos naturais, o uso responsável da água e da energia elétrica, a menor produção de lixo, a diminuição da poluição, a opção de usar o transporte público ao invés do carro individual, todas essas decisões começam dentro de nossas casas.

11) RS – Qual o seu entendimento pessoal do termo “responsabilidade social”?
CT
– É um compromisso com o coletivo. É a visão conjunta que envolve a economia, o meio ambiente e a área social.


Cassio Taniguchi: www.semarh.df.gov.br

Também nessa Edição :
Perfil: Claudia Vega
Artigo: A representatividade em experiências de Orçamento Participativo
Notícia: O que deu na mídia (edição 75)
Notícia: Celeiro de atletas-mirins
Notícia: Lei inédita incentiva ruralistas a preservar nascentes
Notícia: Energia integrada ao meio ambiente
Oferta de Trabalho: Procura-se (04/2009)

Categoria: Entrevista

Reader Interactions

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Primary Sidebar

Vídeo

Veja mais

Tradutor de conteúdos em português para Libras está disponível para download gratuito para Android

Janeiro 29, 2021 Deixe uma resposta

Richard Goughnour

Janeiro 29, 2021 Deixe uma resposta

O que deu na mídia (edição 108)

Janeiro 28, 2021 Deixe uma resposta

Artigos recentes

  • Tradutor de conteúdos em português para Libras está disponível para download gratuito para Android
  • Richard Goughnour
  • O que deu na mídia (edição 108)
  • Abertos para a comunidade
  • Estímulo ao Voluntariado

Copyright © 2002 - 2021 Responsabilidade Social — ISSN: 1677-4949