Fabio Ravaglia

Ortopedista leva critérios ambientais para a área da Saúde e adota meio digital para a realização de exames radiológicos

O médico Fabio Ravaglia, presidente do Instituto Ortopedia & Saúde e dono da clínica Arthros, ambos em São Paulo, passou a utilizar um sistema digital para a realização de exames radiológicos. O trabalho beneficiará, além do planeta, os pacientes que serão expostos por um menor período à radiação ionizante. O ortopedista também fará o descarte correto dos exames de radiografia e instalou um ponto de coleta para exames antigos. A proposta é tornar esse setor mais sustentável.

“Nosso objetivo é não só aprimorar o serviço e melhorar o atendimento ao paciente, como reforçar a prática de ações de responsabilidade ambiental, reduzindo a utilização de recursos naturais”, diz Ravaglia. De acordo com ele, o formato digital é muito semelhante à prática tradicional, mas o processo de obtenção do resultado elimina justamente o que polui o meio ambiente. “Deixamos de utilizar a chapa de raio-X e não há necessidade do processo de revelação da película”, diz.

Como nova tecnologia, os resultados são apresentados em imagens digitais e as chapas feitas de acetato e prata, materiais nocivos ao meio ambiente quando descartados no lixo comum, são eliminadas. O acetato é um plástico, que demora mais de 100 anos para se decompor e a chapa depende de um processo de revelação feito com produtos químicos altamente poluentes.

Na outra ponta, o instituto realizará a coleta de chapas de raio-X antigas. A ONG receberá exames de clínicas, consultórios e outras instituições, bem como de pessoas que desejarem se desfazer desse material e irá encaminhá-lo para reciclagem. Mas segundo o ortopedista, o descarte só deve ser feito com o aval de um médico.

“Em alguns casos, os exames anteriores são usados como referência: a comparação entre antigos e recentes ajuda a entender a evolução da doença ou a precisar ainda mais o diagnóstico. Em regra geral, radiografias com mais de cinco anos podem ser descartadas.”, explica. O instituto montou um posto de coleta na rua Itapeva, 490, conjunto 64, na Bela Vista, região central da cidade de São Paulo. A entrega pode ser feita nesse local de segunda a sexta-feira, das 7 às 20 horas, somente em dias úteis.

Outra alternativa é levar os exames, das 9 às 12 horas, no posto de coleta montado durante o “Projeto Cidadania – Caminhadas com Segurança”, evento realizado pelo instituto um domingo de cada mês, no parque Trianon. A próxima edição está marcada para 29 de maio. “Os materiais da chapa, acetato e prata, são totalmente reaproveitados no processo de reciclagem. Após receber tratamento adequado, o acetato pode ser transformado em embalagens para presente e a prata granulada pode ser fundida e reutilizada na fabricação de jóias”, explica.

O instituto é responsável por uma série de ações para promover a democratização da informação sobre saúde e prevenção a doenças, principalmente, aquelas associadas à terceira idade. Para o especialista, a informação é a melhor maneira para garantir a qualidade de vida. Somente pelo Projeto Cidadania, desde 2005 mais de 25 mil atendimentos já foram realizados, numa média de 300 exames médicos gratuitos a cada edição.

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