
Marta Aymard, gerente de marketing da Faber-Castell
Com a produção de mais de 1 bilhão de lápis ecológicos no Brasil, Faber-Castell mantém liderança no mercado
Para os consumidores preocupados com o meio ambiente, atenção na hora da compra do material escolar. A Faber-Castell, líder mundial no mercado de lápis, tem uma linha elaborada a partir de madeira 100% reflorestada e certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC). Trata-se da “EcoLápis”, que no processo de fabricação acumula seis vezes mais carbono do que elimina, devido ao seu projeto florestal. Todos os subprodutos resultantes do processo de produção também são reaproveitados, evitando o desperdício de matéria-prima e a geração de
resíduos.
A iniciativa, além de ambientalmente correta, também é uma boa oportunidade de negócio. Para a gerente de marketing da corporação, Marta Aymard, a empresa já percebeu que hoje os consumidores estão mais exigentes com a qualidade e mais atentos às questões ecológicas. “Preço não é mais o único requisito avaliado na escolha do material escolar para as crianças. Consumo consciente é a palavra da vez”, destaca.
A afirmação está fundamentada em dados concretos. Estudos do Instituto Akatu mostram que cresce cada vez mais o número de pessoas que saem em busca de produtos de empresas com projetos sustentáveis. Segundo pesquisa realizada em 2006 pelo órgão, um em cada oito brasileiros (15%) preocupa-se em mobilizar outras pessoas para a prática do consumo consciente. Entre os mais conscientes, a preocupação atinge um em quatro cidadãos (34%).
O grupo também aposta na educação ambiental como aliada para estimular a mudança do hábito na hora da compra. Por meio do “Programa Escolar”, no ar há mais de 20 anos, a organização mantém um canal de comunicação direto com instituições de ensino para trabalhar com temas como cidadania, preservação do meio ambiente, entre outros. “A escola tem uma missão fundamental na educação dos pequenos, e o tema sustentabilidade já faz parte do currículo escolar”, diz Aymard. Mas ela lembra que os pais também têm um papel fundamental nessa tarefa. “Desde cedo, as
crianças podem aprender em casa e na escola a não desperdiçar produtos, usar folhas de papel dos dois lados, optar por materiais sustentáveis e de qualidade que irão durar mais, evitando a recompra no decorrer do ano e garantir assim uma maior economia”, explica.
Atenta aos movimentos econômicos globais, a instituição espera crescer entre 5 e 7% no encerramento de seu ano fiscal, marcado para o final de março de 2009. A companhia é a maior fabricante mundial de lápis ecológico de madeira, numa produção de cerca de 1,8 bilhão de produtos no Brasil. Parte desse montante é exportado para mais de 70 países e, o volume do mercado interno tem sua venda concentrada no período de volta às aulas, o que representa 65% do total.
Segundo dados da Nielsen (empresa de pesquisa de mercado), no ano móvel de 2008 (base leitura outubro/novembro), a Faber-Castell manteve a liderança no segmento de instrumentos de escrita em valor com uma
participação de 33% do mercado, com destaque para “EcoLápis de Cor”, com 78% e “EcoLápis Grafite”, com 51% do mercado.
Para ampliar sua atuação nas questões socioambientais, a empresa firmou em 2008 uma parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê) e desenvolveu uma linha exclusiva destinada ao público jovem, que conta com decorações de animais da fauna brasileira (alguns deles ameaçados de extinção), nos produtos que compõem a linha. Parte da renda obtida com a venda dos produtos é revertida para o instituto, que se dedica à conservação da biodiversidade em bases científicas.
Preocupação ambiental
A Faber-Castell mantém um rigoroso programa para a reciclagem dos materiais utilizados na fábrica e nos escritórios. Atualmente, 70% dos resíduos da empresa são reciclados. Todo papel coletado, por exemplo, é encaminhado a empresas de reciclagem e retorna em forma de cadernos que completam o kit de material escolar oferecido aos colaboradores e seus dependentes. Todas as árvores são aproveitadas em sua totalidade. Galhos e folhas são
deixados no solo para que se decomponham e reincorporem nutrientes. A parte fina da árvore é aproveitada para a geração de energia ou fabricação de chapas de aglomerado. A casca é empregada na produção de húmus. A empresa conta também com Comissões Internas de Combate ao Desperdício, compostas por grupos de colaboradores de diferentes áreas da empresa, com o objetivo de reduzir o consumo de água, energia elétrica e papel. A empresa mantém, ainda, o Instituto Ecomunidade, que tem como objetivo zelar pelos códigos de conduta da companhia.
Ente as ações realizadas destaque para a criação de novas estratégias, integração das ações da empresa na área socioambiental e o incentivo dos colaboradores, familiares e comunidade para participar de ações voluntárias. Segundo Okuhara, a sustentabilidade já é abordada desde a sua instalação no Brasil, há 78 anos. “De uma maneira geral, os projetos da Faber-Castell sempre estiveram focados na preocupação com a comunidade do entorno de suas instalações e com o meio ambiente. O Instituto Ecomunidade é uma maneira de integrar todas as ações já desenvolvidas pela empresa e criar novos mecanismos sustentáveis”, conclui Gioji Okuhara.
Faber-Castell – Tel.: (16) 2106-1000
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