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Jovens internos de Caruaru descobrem no origami uma maneira de recomeçar
Mais que servir de elemento decorativo, a milenar arte japonesa do origami tem revelado outro papel junto aos internos da Fundação da Criança e Adolescente (Fundac) de Caruaru (Pernambuco). Por meio da dobradura do papel, um grupo de 10 jovens com idades entre 15 e 18 anos descobriu uma forma de recomeçar e ter uma fonte de renda.
São porta-jóias, vasos, bichinhos e diversos outros objetos produzidos em oficinas diárias realizadas por recreadores do quadro funcional da própria Fundação e aberta a todos. “Qualquer jovem pode participar, porém, ele só é integrado no grupo produtivo quando apresentar qualidade na confecção das peças”, explica a responsável pela chefia regional da Fundac, Maria Clara Amorim.
Segundo ela, a realização dessa atividade sócio-educativa dentro da Fundação já apresenta resultados significativos na vida dos participantes. “A arte educação tem um papel importante no processo de reinserção e reestruturação social. De imediato, podemos notar a mudança comportamental. Eles demonstram mais responsabilidades e interesse”, garante.
Mas o reconhecimento já rompeu as paredes da Fundação. Com mostras em locais como o Centro de Artesanato de Pernambuco, em Bezerros, e o Pólo Comercial de Caruaru, os jovens têm conquistado o reconhecimento da comunidade e garantido também uma renda extra para suas famílias. Por meio de decisão conjunta, 50% do total arrecadado é destinado para compra de material e a outra metade é dividida entre os jovens. “É muito gratificante quando as mães vão visitá-los e eles entregam esse dinheiro a elas. Eles sentem que estão sendo valorizados”, revela Maria Clara.
Neste mês, o trabalho dos jovens está exposto no Shopping Caruaru, em espaço com motivos juninos feitos, claro, em origami. São 180 peças a mostra, que pela beleza dos trabalhos atraiu um grande número de pessoas para prestigiar a exposição. “Nosso espaço tem sido muito visitado e até conseguimos muitas encomendas para aniversário infantil e lembranças diversas”, comemora Maria Clara Amorim.
Com o sucesso dessa inciativa, a direção da Fundac pretende incluir futuramente novas atividades sócio-educativas na rotina dos jovens internos. Sem revelar quais serão as novas oficinas, Maria Clara Amorim adianta. “Estamos correndo atrás e já temos algumas coisas em vista. Faltam apenas algumas autorizações judiciais e ajustes nos contratos”, antecipa.
Fundação da Criança e Adolescente (Fundac) – Tel.: (81) 3236-8600
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