Plantando Sementes

Criada em 1994 em Campinas, São Paulo, a Fundação Orsa tem como missão a formação integral da criança e do adolescente em situação de risco pessoal e social. Sua atuação concentra-se nas áreas de Promoção Social, Educação, Saúde e Meio Ambiente. A sede está localizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo, de onde atua em programas e projetos de abrangência nacional. Desde 2000, conta com uma unidade no Vale do Jari, no Pará, que desenvolve projetos regionais.

Sergio Amoroso, instituidor da Fundação Orsa e presidente do grupo Orsa explica que a empresa tem a responsabilidade de transmutar o conhecimento e a riqueza proporcionados pela revolução tecnológica em benefícios para a população. A política das organizações do Grupo Orsa é a seguinte: as suas empresas Orsa Celulose, Papel e Embalagens e Jari Celulose destinam 1% do seu faturamento bruto anual para a entidade. Assim, estão garantidas as condições básicas de gestão e tranqüilidade para o desenvolvimento e planejamento de um trabalho de longo prazo.

A partir de um processo de gestão estratégica iniciado em 2000, a Fundação Orsa definiu sua atuação como “sementeira” de programas e projetos. Seu corpo técnico dedica-se à pesquisa e ao desenvolvimento de propostas que promovam a formação integral de crianças e adolescentes e essas “sementes”, uma vez testadas e aprovadas, podem ser disseminadas pela Fundação Orsa e/ou por outras organizações, bem como pelas diversas instâncias públicas (federais, estaduais e municipais), multiplicando assim o alcance e o impacto na sociedade.

Dentre os vários programas e projetos desenvolvidos pela Fundação, os mais representativos são os seguintes:

• Programa de Inclusão Social e Construção da Cidadania (PISCC) – é dirigido a crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos em situação de risco pessoal e social. Esse programa busca oferecer oportunidades para o desenvolvimento nos campos social, educacional e emocional;
• Prêmio Qualidade em Educação Infantil – o objetivo é identificar e premiar as melhores e mais bem-sucedidas experiências pedagógicas desenvolvidas por professores dessa área, tendo como foco a criança. Em 2002, recebeu 1.516 inscrições;
• Espaço Criança – a iniciativa recorre às atividades sócio-pedagógicas com o objetivo de desenvolver a educação integral de crianças entre 3 e 6 anos no Vale do Jari;
• Instituto de Pediatria – Em parceria com a Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), a Fundação Orça participa da construção, implantação e operacionalização do Instituto de Pediatria, que deverá ser um dos principais centros de referência em saúde infantil do País;
• Anjos da Guarda – Oferece orientação a adolescentes infratores do Vale do Jari, em liberdade assistida por meio de medidas sócio-educativas que envolvem a prestação de serviços à comunidade;
• Escola da Natureza – visa a criação de um espaço de pesquisa e conhecimento da Amazônia disponível para estudantes de escolas públicas da região e universidades brasileiras que queiram investigar a biodiversidade local; entre outros diversos programas.

A Fundação Orsa encerrou 2002 com um número marcante: foram 1.020.040 atendimentos para crianças e adolescentes em todo o Brasil, 40% a mais em relação ano anterior, totalizando o investimento de R$ 10,3 milhões. Esses recursos cresceram 22% em relação a 2001, chamando a atenção o fato da participação cada vez maior dos parceiros da Fundação, que acrescentaram R$ 2,3 milhões, o dobro do valor das captações do ano anterior.

As parcerias com Ministérios da Saúde e da Educação, BNDES, Unesco, prefeituras de Caraguatatuba, Campinas, Suzano e Batalha, Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, Grupo Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Laticínio Atilate e Shopping Eldorado, além do Instituto Microsiga e Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente – PUC/SP e as ONGs Oisca International e Pacto São Paulo, entre outras, comprovam que o caminho e a direção estão corretos.

“A saída para o Brasil passa pela formação de uma rede composta pela iniciativa privada, o governo, o terceiro setor e as universidades”, explica o presidente do grupo e instituidor da Fundação Orsa, Sergio Amoroso. Desde o início das atividades, em abril de 1994, o investimento dos parceiros cresceu de R$ 3,2 mil (valores atualizados) para R$ 2,3 milhões em 2002.

Em 2003, esse montante em parcerias e captações deverá somar R$ 3,5 milhões, o que significa um aumento da participação de recursos de terceiros de menos de 1% para 28%. No total, a previsão de orçamento de custeio para este ano é da ordem de R$ 12,5 milhões. Além disso, como existem projetos que ainda precisam de captação de recursos, os instituidores lançaram o desafio para a equipe da Fundação: para cada R$ 1,00 captado, o grupo acrescentará mais R$ 1,00.

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