
Voluntários do Laboratório Sabin em ação
Trabalho voluntário realizado há cerca de três anos pela rede particular de Laboratórios Sabin, de Brasília, revela que crianças moradoras de áreas pobres da capital federal, e que freqüentam creches, apresentam índices preocupantes de contaminação por parasitas. Muitas delas estão abaixo do peso e altura considerados ideais e apresentam sinais de anemia. Ou seja, estão propensas a contrair doenças com maior facilidade do que crianças saudáveis.
A boa notícia, no entanto, é que graças à ação voluntária dos funcionários e diretoras deste laboratório, as crianças que foram examinadas desde o início do programa puderam mudar a sua realidade. Por meio da detecção da deficiência, os pais dos meninos e meninas examinados puderam prevenir o agravamento da situação. Na creche Tia Angelina, situada no bairro do Varjão (uma das áreas mais pobres do Distrito Federal), o índice de crianças contaminadas por parasitas despencou de 91% no ano 2000, para 55% em 2002.
Ao visitar uma creche, os voluntários do Sabin promovem uma bateria de exames clínicos – sangue (hemograma completo), fezes (exame parasitológico), urina e avaliação antropométrica (peso e altura) em crianças com idade entre 1 e 7 anos. Desde o início, o projeto já beneficiou 22 creches com 31 visitas dos técnicos, que examinaram mais de 2 mil crianças. Sistematicamente, as equipes retornam às creches já atendidas, para novos exames. O objetivo é avaliar se a saúde das crianças melhorou. “O projeto Sabin Social identificou, pela primeira vez, um mapa de contaminação de nossas crianças. Um mal invisível que pode causar debilitação, doenças graves ou até mesmo a morte no futuro”, avalia Janete Vaz, farmacêutica-bioquímica e uma das diretoras do laboratório.
Os resultados das análises clínicas foram encaminhados aos pediatras das creches ou para o posto de saúde mais próximo do local avaliado. “De posse dos resultados, é possível prevenir e orientar pais e responsáveis sobre como tomar cuidados preventivos básicos de saúde”, explica Sandra Soares Costa, também diretora do Sabin. Segundo Janete Vaz, os elevados índices de contaminação detectados, especialmente no primeiro ano, são resultados de diversos fatores. Os principais são falta de saneamento básico e de hábitos de higiene básica. “Estamos falando de pessoas humildes, muitos sem instrução, de baixa renda, que não fervem água ou verduras antes de consumi-las e que, muitas vezes, não têm estrutura em suas casas para comportar um banheiro decente”, diz.
Site: www.laboratoriosabin.com.br
Também nessa Edição :
Perfil: Moema Leão
Entrevista: Augusto de Franco
Artigo: Direto ao ponto!
Notícia: O que deu na mídia (Edição 8)
Notícia: Natureza conservada
Notícia: Brasil revisitado
Deixe um comentário