
A população está confiante no trabalho do presidente Lula no Terceiro Setor
“Agora é Lula!” – o animado slogan da campanha do Partido dos Trabalhadores (PT) parece traduzir com precisão a expectativa e o ânimo dos representantes e líderes do Terceiro Setor com o novo governo que se inicia em janeiro próximo. Sempre muito próximo da causas sociais, o PT formou sua história e sua identidade calcadas em princípios sociais e humanitários. Eis o porquê de tanta euforia.
Em carta aberta ao Terceiro Setor, Luís Inácio Lula da Silva ressaltou diversos aspectos, como por exemplo: “Hoje os países que alcançaram um maior grau de desenvolvimento social e reduziram as desigualdades têm uma sociedade civil atuante, que é crítica às más políticas e propõe alternativas para seus governos”.
O futuro presidente da República Federativa do Brasil, também se mostrou consciente sobre o fato de que as organizações da sociedade civil não podem cumprir tarefas que são de responsabilidade do governo. “O Estado não pode atribuir a essas organizações tarefas públicas que ele não executa. Entendemos que é fundamental trabalhar junto com as organizações da sociedade civil e com objetivos comuns: reduzir as desigualdades e construir um novo país”, salientou.
Logo na primeira semana como presidente eleito, Lula fez questão de apresentar ao Brasil o tom que permeará seu governo. Ele, de fato, conta com o apoio de toda a sociedade para transformar a realidade do país. “Nós contamos com a contribuição da iniciativa privada. Queremos especialmente ajuda das milhares de organizações do Terceiro Setor e das empresas socialmente responsáveis”, convocou. Felizmente, a resposta da população tem mostrado que ela não apenas está pronta para apoiar o futuro governo, mas também está ansiosa por isso.
Pesquisa CNT/Sensus, divulgada esta semana, revelou que 87,8% dos brasileiros acreditam ser viável a proposta de Lula querer fazer seu governo tendo por base um pacto com a sociedade. A maioria da população – 59,2% dos entrevistados – ainda se diz disposta a fazer algum tipo de esforço pessoal para apoiar os planos do PT, mesmo que isso signifique pagar mais impostos. Tais resultados apenas reforçam o clima de otimismo no Terceiro Setor. Afinal, a aprovação da sociedade tende a facilitar os caminhos rumo às soluções.
O caminho é longo: o Brasil enfrenta uma de suas maiores crises econômicas. Apesar de a situação social ter evoluído nos últimos anos, ainda é necessário verificar até que ponto tal desenvolvimento mascara uma realidade pouco condizente com os números apresentados na Era FHC. As grandes deficiências pairam sobre a área de educação, sobre a falta de incentivos que estimulem a participação da iniciativa privada nas ações sociais e, ainda, sobre a criação de regulamentações responsáveis e comprometidas com o Terceiro Setor. Felizmente, Lula e sua equipe parecem animados; e a população, por sua vez, totalmente disposta a cooperar.
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