
Publicação está disponível na íntegra no site do CGEE
Levantamento realizado pelo CGEE mostra que o número de pós-graduados no País cresce mais de 10% ao ano
O Distrito Federal mantém atualmente 18 mestres para cada grupo de mil habitantes, o que confere à capital do País a liderança na elite acadêmica brasileira. A constatação está num estudo realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Lançada no último dia 22, em Brasília (DF), a publicação mostra que a densidade de mestres por habitantes do DF é praticamente o dobro do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição, com 9,18 mestres. Na ordem de unidades da Federação com as maiores densidades de doutores, o DF também ocupa o topo da lista. A capital do País apresenta a maior densidade (5,44), seguido do estado do Rio de Janeiro (3,58), enquanto que o estado de São Paulo é a terceira unidade de maior densidade (2,77), o que corresponde a cerca da metade da do DF.
O estudo “Mestres 2012: demografia da base técnico-científica brasileira” aponta que a formação de novos mestres cresceu à taxa de 10,7% ao ano no Brasil, entre 1996 e 2009. A publicação constata que parte expressiva dessa expansão se deveu à contribuição dos programas de pós-graduação vinculados às instituições particulares, que passaram de 13,3% dos titulados, em 1996, para 22,4%, em 2009. As quatro áreas de conhecimento mais procuradas nesses programas são humanas (17,1% dos formados), ciências sociais aplicadas (15,5%), saúde (14,7%) e as engenharias (12,8%).
O resultado da consolidação dos dados disponíveis mostra que 40% dos programas de mestrado no Brasil têm conceito 3 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) — em uma escala que vai até 7. Cursos com nota 1 e 2 não são permitidos.
De acordo com o levantamento, residem no País 517 mil profissionais com curso de mestrado e 187 mil com título de doutor. O número de mestres e doutores formados pelas universidades brasileiras mais que quadruplicou em 15 anos, passando de 13.219 em 1996 para 55.047 em 2011 – aumento de 312%.
O estudo mostra ainda que os mestres têm uma inserção maior no mercado de trabalho não acadêmico que os doutores. Do total de mestres formados entre 1996 e 2009, cerca de 40% estão empregados no setor de educação, comparado a cerca de 80% do doutores. As vantagens socioeconômicas da pós-graduação são claras. Segundo o estudo, os salários de quem têm mestrado são 84% mais altos que os de quem só fez a graduação. Já os doutores recebem 35% mais que os mestres.
Os dados também revelam a desigualdade de gêneros na elite acadêmica brasileira. As mulheres já representam mais da metade dos mestres do País desde 1997, mas sua remuneração média é 42% menor que a dos homens com a mesma titulação.
O estudo está disponível para download neste link.
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) – Telefone: (61) 3424-9600
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