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Bairro ecológico?

April 16, 2020 by admin Leave a Comment

Perspectiva da região do Noroeste, em Brasília

Perspectiva da região do Noroeste, em Brasília

Noroeste, bairro que será construído na última área do cerrado autêntico remanescente de Brasília, gera polêmica quando a questão é preservação ambiental

A capital federal passa por um momento de controvérsias e discussões sobre a construção de um bairro residencial. O Setor Noroeste, conhecido como o primeiro bairro ecológico do país, já está com suas primeiras projeções vendidas e a construção deve começar em julho próximo. Mas a polêmica está em torno da ocupação urbana versus o equilíbrio ecológico do local.

O projeto é formado por 44 superquadras, sendo 20 residenciais e 24 entrequadras comerciais. As quadras possuem 418 blocos, sendo 220 para habitação e 198 para comércio e serviços. As residenciais terão 10 ou 11 projeções (lotes que podem ser totalmente ocupados por prédios), somando 12 mil apartamentos, enquanto as comerciais podem ter oito ou nove projeções.

A imponente construção, porém, levanta polêmica quando a questão é a preservação do meio ambiente. Ambientalistas e especialistas do setor questionam o conceito do Noroeste. Segundo o arquiteto e urbanista do
Departamento de Projeto, Expressão e Representação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAUUnB), Frederico Flósculo, o Noroeste não é ecológico.

Ele afirma que, por definição, um bairro que nasce sem uma avaliação de impacto ambiental idônea e sem um antecedente de planejamento ambiental não pode ser considerado sustentável. “A argumentação de que as
construções serão com poucas perdas e que parte da água servida será reciclada é ambientalmente cosmética e ineficiente. Em todos os programas sustentáveis bem sucedidos há a participação da comunidade com uma sede de prefeitura comunitária. No Noroeste, ao contrário, há a previsão de mais uma administração regional com provimento de pessoas de confiança do governo”, rebate.

Para um bairro ser considerado “verde”, o local deve ser escolhido com um plano de manejo das águas, do solo, da fauna, flora e um programa central de educação ambiental. Para Flósculo, além da participação da comunidade, um terceiro critério deve ser adotado. “O bairro ecológico deve ter vizinhanças ecológicas, pois não adianta nada fazer uma ilha da fantasia pseudo-ecológica, enquanto a cidade em volta elimina áreas verdes, constrói em excesso e não respeita o ambiente natural”, defende.

De acordo com a Terracap, instituição responsável por administrar as terras públicas do Distrito Federal, o loteamento buscou o equilíbrio entre a ocupação urbana e a proteção das áreas verdes que ficam ao seu redor. O bairro foi projetado com poucos prédios, ou seja, dos 821 hectares existentes, apenas 313 hectares foram destinados para a construção de edifícios residenciais, comerciais, ruas, ciclovias e demais equipamentos urbanos. O restante do local é ocupado por três áreas ecológicas: o futuro parque Burle Marx, a Arie Cruls (preservada pelo Ibama) e a reserva do córrego Bananal (corredor verde que liga o Noroeste ao Parque Nacional de Brasília).

A Terracap afirma ainda que o projeto conta com as exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para reduzir os impactos ambientais. O instituto é o responsável pela emissão do Licenciamento Ambiental, ferramenta exigida pelo poder público em empreendimentos habitacionais. Procurado, o Ibama não respondeu até o fechamento dessa edição.

O setor possui prédios abastecidos com energia solar, gás natural e água reciclada. A água da chuva será armazenada em lagoas artificiais e utilizada para serviços de limpeza e irrigação das áreas verdes no período da seca. As ruas contarão com ciclovia, pista de cooper, vias exclusivas para ônibus, estacionamentos públicos e garagens subterrâneas em todos os prédios. O modelo do Noroeste também retira os caminhões de coleta e lixeiras das ruas. Os recipientes com lixo (separados em seco e orgânico) serão retirados do apartamento por uma rede de sucção, formada por tubos e canos que levarão até uma central de reciclagem e tratamento.

A construção da nova cidade deve arrecadar, no total, mais de R$ 3 bilhões e gerar 30 mil empregos diretos. Desse valor, 10% serão investidos na infra-estrutura do próprio bairro, 5% serão usados para urbanizar o futuro parque Burle Marx e outros 85% serão destinados para desenvolvimento do entorno do Distrito Federal, como Estrutural, Sol Nascente, Pôr do Sol e Itapuã. As obras incluem abertura de ruas, pavimentação de avenidas, construção de pontes e viadutos, implantação de linhas de energia e de redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto, além de arborização das cidades.

Questão Indígena
A área para construção do Noroeste está localizada numa reserva próxima ao Parque Nacional de Brasília. No
local vivem nove famílias indígenas das etnias Fulni-ô, Kariri-Xocó, Korubo, Guajajara, Pankararu e Tuxá há 20 anos. A disputa pela reserva vem desde 2005. Na época, os índios entraram com uma ação pedindo a posse da terra e foram derrotados. Segundo a Terracap informou, a última sentença do caso considerou a comunidade indígena como invasora de terras públicas. O órgão acredita que os índios devem sair do local em até seis meses.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) se defendeu e afirmou que as ações na Justiça ainda são cabíveis de recursos. De acordo com o órgão, alguns índios já aceitaram a proposta da Terracap e outras famílias insistem em permanecer no local. Já a Procuradoria da República do DF, responsável pela garantia da segurança dos índios, disse que já foi disponibilizada uma área em frente ao Parque Nacional para transferência da comunidade.

Fábio Aucélio: Especial para a revista Responsabilidade Social.com


Terracap – Tel.: (61) 3342-1813, UnB – Tel.: (61) 3307-2028, Procuradoria da República – Tel.: (61) 3313-5460  e Funai – Tel.: (61) 3313-3512

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