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Sônia Favaretto

February 24, 2020 by admin Leave a Comment

Sônia Favaretto

Sônia Favaretto

Sônia Favaretto, Diretora Setorial de Responsabilidade Social da Federação Brasileira de Bancos – Febraban, conversa com a www.RESPONSABILIDADESOCIAL.COM sobre o relatório social de 2006 da instituição e a responsabilidade social do setor financeiro no Brasil:

1) Responsabilidade Social – Segundo o Relatório Social 2006 divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no ano passado os bancos investiram R$ 1,151 bilhão na área social, valor 15% maior do que o destinado em 2005 para o setor. Crescemos somente em número ou também em qualidade de investimento?
Sônia Favaretto – O aumento do investimento é diretamente proporcional à verificação, por parte dos bancos, do retorno qualitativo dos projetos que desenvolvem. Cada vez mais as instituições fazem avaliações de impacto e resultado, além de acompanharem seus projetos sociais de forma muito próxima. Ou seja, comprovam sua eficácia ou fazem correções de rumo que ajudam a definir o próximo investimento.

No relatório, apresentamos um raio-x dos principais projetos sociais dos bancos, o que dá uma clara dimensão da ampla variedade de temas, abrangência de público e amplitude regional que está sendo atingida por meio do investimento social do segmento financeiro. Um outro indicativo do aumento da qualidade das iniciativas está nos reconhecimentos recebidos em 2006. Por exempl vários bancos constam nos Guias Exame de Boa Cidadania Corporativa e Melhores Empresas para Trabalhar e foram agraciados com prêmios como o Valor Social, Top Social, Prêmio Eco, entre outros.

2) RS – Do total investido em 2006 quanto é fora da Lei Rouanet e de outros incentivos fiscais?
SF – Do total de R$ 1.151 milhões investidos em 2006, R$ 904,5 milhões foram destinados sem utilização de Lei Rouanet ou outros incentivos fiscais.

3) RS – Qual a sua visão sobre Responsabilidade Social?
SF – Responsabilidade Social é, antes de tudo, uma forma de gestão que leva em consideração aspectos econômicos, ambientais e sociais e que se pauta na ética e transparência com todos os seus públicos de relacionamento. A Responsabilidade Social deve estar integrada, ser a base de todas as práticas da empresa e intrinsecamente relacionada ao seu planejamento estratégico. No fim, estamos falando de “fazer a lição de casa bem feita”. Ou seja, não há empresa bem sucedida no longo prazo, de forma consistente e conseqüente, que não seja socialmente responsável.

4) RS – O International Finance Corporation (IFC), braço privado do Banco Mundial, divulgou recentemente relatório que cita o sistema bancário brasileiro com um dos mais avançados do mundo em termos de sustentabilidade. Como os bancos inserem a sustentabilidade na gestão e nos negócios?
SF – A sustentabilidade está na lógica do segmento financeiro. Instituições financeiras devem, por pressuposto, ser éticas, confiáveis, legalistas. Isso se reflete na gestão interna e nos produtos e serviços oferecidos, numa tendência crescente. Os bancos investem e valorizam sistemas de governança e report que garantam a condução transparente de suas operações. Os produtos e serviços oferecidos aos clientes, por sua vez, cada vez mais incorporam critérios socioambientais e procuram ser inclusivos, compondo assim o que chamamos de Finanças Sustentáveis. Complementando este panorama, está o relacionamento com todos os stakeholders da instituiçã funcionários, clientes, acionistas, fornecedores, comunidade, sociedade em geral. Todos são importantes e devem ser considerados na construção de um ambiente ético e sustentável.

5) RS – A sustentabilidade é apenas um assunto que está na moda ou veio para ficar?
SF – A sustentabilidade sempre existiu. Um negócio ou empresa que não adota critérios sustentáveis está fadado ao insucesso. O que ocorre, agora, é um “boom” da sustentabilidade, assim como aconteceu com o Terceiro Setor há cerca de 5 anos. Ou seja, o assunto está em todas as rodas de conversa, na mídia, nos programas de televisão, o que é bom. Populariza, conscientiza, ajuda a alavancar. No entanto, acredito que aos poucos haverá uma “seleção natural”, ou seja, as instituições que de fato priorizam a sustentabilidade e a inserem estrategicamente no seu dia a dia estão se beneficiando deste momento e incrementando sua agenda. Ficarão pelo caminho as iniciativas oportunistas ou inconsistentes. Neste sentido, sem dúvida a sustentabilidade veio pra ficar.

6) RS – Um banco que tem políticas ambientais, mas não informa seus clientes sobre os riscos de endividamento exagerado pode ser considerado como responsável socialmente?
SF – Para afirmarmos se uma empresa ou banco é socialmente responsável, temos que olhar o todo de suas ações e como ele se casa com a estratégia. Um banco pode não informar de forma estruturada (por exemplo por meio de cartilhas ou manuais) sobre os riscos do endividamento, mas ter na abordagem da sua força de vendas a preocupação de oferecer o produto adequado e na hora conveniente de acordo com o perfil de cada cliente. Esta é uma atitude responsável que muitas vezes pode passar despercebida do grande público.

7) RS – A Febraban é a primeira federação latino-americana a produzir um relatório de sustentabilidade setorial. Quais os parâmetros utilizados por ela para avaliar a prática de um banco como correto ou não socialmente?
SF – A Febraban não julga as atuações dos bancos. Nosso papel, ao elaborar o Relatório Social, é o de relacionar as melhores práticas, informar, consolidar, orientar. Para tanto, nos baseamos nos Indicadores Ethos, em diretrizes do GRI e critérios próprios, além de contarmos com o importante papel de nossas Comissões Técnicas.

8) RS – O microcrédito, um dos principais instrumentos de transformação social, emprestou em 2006 recursos da ordem de R$ 7,2 bilhões. Qual o reflexo da injeção deste montante na economia brasileira e como ele pode contribuir para a redução da pobreza no Brasil?
SF – O microcrédito permite às pessoas de baixa renda investir em ações empreendedoras de forma orientada a fim de terem acesso a uma fonte de renda constante. Sem dúvida, o impacto de uma operação de microcrédito na vida de uma pessoa ou grupo é determinante. Pode fazer a diferença entre uma situação de pobreza extrema e um novo microempreendedor. Mas ainda temos poucas pesquisas que demonstrem este impacto por meio de números. Vale destacar que o mercado é muito tomador (ou seja, há clientes potenciais p/ o microcrédito), mas o canal de distribuição ainda não é amplo e maduro o suficiente para dar vazão a ele. Há que se investir em capacitação de OSCIPs e mudanças na legislação a fim de alavancar este setor. Mas o papel dos bancos no crédito à população de baixa renda vai além do microcrédito. Passa, também pelos correspondentes não bancários, que garantem o acesso a serviços bancários a populações de municípios ou bairros periféricos dos grandes centros que não possuem agências bancárias. No momento em que, por exemplo, um morador de um município na Amazônia deixa de se deslocar quilômetros para ir a uma agência numa cidade vizinha (realizando esse saque numa agência lotérica ou nos Correios, por exemplo), essa pessoa tem mais tempo para outras atividades produtivas.

9) RS – O que ainda pode ser melhorado dentro do sistema bancário na área social?
SF – O sistema bancário está inserido no contexto sócio-econômico brasileiro, ou seja, para avançarmos de forma importante, em escala e com poder transformador sempre precisamos das políticas públicas, inseridas em um contexto macro. No entanto, ano a ano, os bancos vêm abrindo novas fronteiras em suas ações sociais, seja no tocante a seus funcionários, em estreita parceria com órgãos sindicais, seja no investimento social propriamente dito, junto às comunidades menos favorecidas.

10) RS – Em 2007 os bancos continuarão investindo na área social? Qual a expectativa de crescimento?
SF – Olhando pela linha histórica e comprovando pelas práticas, a área social é foco dos investimentos dos bancos, que seguem estratégias próprias. Não temos, no entanto, como estimar um crescimento de forma antecipada.


Febraban: www.febraban.org.br

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Filed Under: Entrevista

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