• Skip to primary navigation
  • Skip to main content
  • Skip to primary sidebar
  • O que é Responsabilidade Social?
    • Quem somos
  • Divulgue seu Projeto
  • Envie seu artigo
  • Anuncie
  • Contato

Responsabilidade Social

  • Entrevista
  • Noticias
  • Artigo
  • Charge
  • Oferta-de-trabalho
  • Perfil
  • Editorial
You are here: Home » Entrevista » Ruy Shiozawa

Ruy Shiozawa

October 1, 2020 by admin Leave a Comment

783-php97vRfJ

As empresas brasileiras adotam cada vez mais práticas socialmente responsáveis em seu modelo de gestão. Essa é avaliação de Ruy Shiozawa, presidente do Great Place to Work®, pioneira no país na avaliação do nível de confiança dos colaboradores nas organizações. Há mais de uma década, a instituição realiza a pesquisa “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, que somente no ano passado recebeu mais de 450 inscrições.

Segundo ele, nos primeiros anos da pesquisa, responsabilidade social era um ponto que aparecia pouco no discurso das empresas. “Elas concordavam que esse era um tema importante, mas havia poucas ações concretas e o discurso era visto com desconfiança pelos próprios funcionários. Nos últimos anos, isso mudou bastante”, diz.

Ruy Shiozawa é engenheiro de produção e mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com especializações nas escolas de negócios Wharton (Filadélfia, EUA), AOTS (Japão) e IESE (Espanha). Em entrevista exclusiva ao Responsabilidade Social.com, Shiozawa mostra como a pesquisa evoluiu ao longo dos anos, fala sobre a melhor postura para adotar em tempos de crise e conta como as empresas podem participar da seleção. Confira:

Responsabilidade Social – Fundado no Brasil há 12 anos, o Great Place to Work®, é responsável pela pesquisa “Melhores Empresas para Trabalhar”, uma avaliação do nível de confiança dos funcionários e das práticas de gestão de pessoas das empresas. Como é feito o estudo e quais os principais critérios considerados?
Ruy Shiozawa – Todo nosso trabalho está pautado na crença expressa em nossa missão: “Construir uma sociedade melhor, ajudando empresas a transformar seu ambiente de trabalho”. Com base nisso, criamos um modelo que explica a chave de um excelente lugar para se trabalhar. O modelo é composto por cinco dimensões: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem. Em 2009, o Great Place to Work® realizará a 13ª edição da pesquisa “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil“, na qual podem participar do processo de seleção empresas com 100 ou mais funcionários e que tenham ao menos três anos de atividade no país ou no exterior.

Após se inscrever no site http://www.gptw.com.br/melhores, em alguns dias a empresa recebe a confirmação da inscrição e se inicia o processo de avaliação, dividido em duas partes. O maior peso (67%) vem do chamado “Trust Index”, que é a nota dada pelos funcionários a cada uma das 57 questões, além de comentários e exemplos citados pelos próprios funcionários. Os outros 33% da avaliação são resultado do questionário respondido pela empresa sobre as práticas de gestão – o que chamamos de “Culture Audit”. As empresas são, então, classificadas e definidas as 100 “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”. Cada etapa tem prazos que devem ser seguidos e o processo é auditado para garantir o cumprimento das regras e o rigor da pesquisa. Temos também outras duas pesquisas que derivam da nacional: “Melhores Empresas para Trabalhar – TI e Telecom” e “Melhores Empresas para Trabalhar – Rio de Janeiro”. Para participar do processo seletivo de ambas, as empresas têm que ter a partir de 50 funcionários.

2) RS – Ao longo desses anos, houve mudança nos parâmetros? Qual o principal aprendizado do instituto nesse período?
RS – 
A pesquisa vem se mantendo praticamente a mesma ao longo de 13 anos. Há, claro, alguns ajustes e adequações, mas é a manutenção dos parâmetros que nos dá condições de avaliar a evolução dos modelos de gestão de pessoas. Uma empresa que participa desde 1997, ano da nossa primeira lista, consegue avaliar sua trajetória e se suas práticas e políticas estão atendendo às necessidades do público interno. Além disso, como o modelo e a pesquisa são os mesmos nos 60 países em que atuamos, podemos fazer análises comparativas entre empresas. Aprendemos constantemente com o processo e com as centenas de empresas que todos os anos se inscrevem. Acredito que a maior lição é que qualquer empresa, de qualquer porte ou setor, pode se tornar um excelente lugar para se trabalhar e não há uma fórmula mágica para tal. É preciso respeitar a cultura interna da empresa, o perfil do negócio, o mercado em que a organização atua, o porte, aquilo que seus funcionários mais valorizam e necessitam. Cada uma, dentro da sua realidade, tem condições de traçar uma estratégia de sucesso.

3) RS – E por parte das empresas? Houve uma melhora significativa nas práticas e benefícios apresentados?
RS –
Sem dúvida. Elas evoluíram em todos os sentidos. Há uma clara preocupação das empresas em envolver mais os funcionários e fazer com que conheçam detalhadamente os negócios, as particularidades de cada mercado, concorrentes e clientes. É por isso que a comunicação interna se torna estratégica e vem merecendo cada vez mais atenção por parte das organizações. Elas querem que cada um saiba o papel desempenhado e o que pode e deve fazer para ajudar no cumprimento das metas. Uma outra evolução importante é o fato de as empresas procurarem cada vez mais adotar práticas e políticas que contemplem todos os funcionários, em todos os níveis hierárquicos. Quanto mais equânime, mais ela é vista como uma empresa justa.

4) RS – Qual a expectativa para a edição 2009 da pesquisa?
RS –
A cada ano o número de empresas inscritas cresce e nossa expectativa não é diferente para 2009. Isso é reflexo da importância que as pesquisas Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, Melhores Empresas para Trabalhar – TI & Telecom e Melhores Empresas para Trabalhar – Rio de Janeiro têm não só para os leitores das revistas que são nossas parceiras (Época, ComputerWorld, jornal O Globo e revista Melhor), mas para as empresas. Nossa pesquisa é referência mundial e as empresas realmente utilizam as revistas parceiras e nossas publicações – o Manual de Práticas –, como uma importante fonte de estudos. E é justamente isso que queremos continuar sendo, uma referência para as empresas.

5) RS – Na sua opinião, a sustentabilidade hoje é uma bandeira eficaz nos negócios?
RS –
A sustentabilidade é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço. Não se trata de modismo, mas de uma visão estratégica e um valor que está se incorporando às empresas. Um projeto – e a empresa como um todo – precisa ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. O desequilíbrio entre esses fatores gera uma conta que será cobrada com juros, ou seja, um prejuízo para a empresa, para os cidadãos e para a sociedade. E claramente podemos observar, ao longo desses 13 anos de pesquisa, esses temas ocupando mais espaço e se transformando em valores de destaque das melhores empresas para trabalhar.

6) RS – Qual a sua avaliação do momento atual e sua expectativa sobre o movimento da responsabilidade social das empresas no mundo e no Brasil?
RS –
Nos primeiros anos da pesquisa, responsabilidade social era um tema que aparecia pouco no discurso das empresas. Elas concordavam que esse era um tema importante, mas havia poucas ações concretas e o discurso era visto com desconfiança pelos próprios funcionários. Nos últimos anos, isso mudou bastante. As organizações passaram a investir e a incorporar práticas socialmente responsáveis em seu modelo de gestão e métodos de avaliação. Hoje, a empresa que não é considerada socialmente responsável é vista com reserva pelos seus parceiros, clientes e público consumidor. O público quer saber se o produto que ele pretende comprar é fabricado por uma empresa que combate o trabalho infantil, a discriminação no ambiente de trabalho, a corrupção. A mesma tendência pode ser observada no mundo todo e é desnecessário dizer que as melhores empresas para se trabalhar são mais efetivas na aplicação dessa visão, além de serem mais rentáveis do que a média.

7) RS – Para o senhor, a crise internacional poderá interferir no investimento social privado neste ano?
RS –
Há pelo menos duas formas de se encarar a crise. A primeira é aceitá-la como um fato irreversível. Isso leva a uma postura de paralisia e atitude reativa, o que na realidade só realimenta a própria crise. As ações naturais são cortar pessoal e investimentos “supérfluos” e, muitas vezes, a responsabilidade social vai entrar nessa conta. Uma outra atitude possível é arregaçar as mangas e trabalhar muito mais do que nos anos de fartura, ou seja, não assumir a premissa de que os negócios vão parar mas, ao contrário, “suar a camisa” muito mais do que antes e buscar oportunidades em novos mercados, novos produtos, novas regiões. Nesse caso, os verdadeiros valores da empresa serão colocados à prova e aquelas que realmente acreditam que as pessoas são o seu principal ativo vão investir mais ainda para não perder seus talentos. E se a responsabilidade social estiver realmente incorporada na cultura e na estratégia da empresa ela será mais uma alavanca para o sucesso. Essa atitude não garante que as coisas darão certo, mas aumenta muito as suas chances. A outra postura garante o fracasso. A pesquisa de 2009 vai nos trazer importantes análises sobre como cada empresa vai enfrentar essa situação e o que as melhores empresas farão para se diferenciar mais ainda no mercado.

8) RS – Qual o seu entendimento pessoal do termo responsabilidade social?
RS –
Creio que minhas respostas anteriores mostram o que eu entendo por responsabilidade social. Mais do que um conceito e mais até do que um valor incorporado pelas empresas, acredito que essa visão apenas se transforma em prática caso se transforme em um valor para cada pessoa, cada cidadão. Não é possível separar a pessoa do profissional. Caso haja diferença entre os valores da organização e das pessoas, essa empresa jamais se transformará em um excelente lugar para se trabalhar e a responsabilidade social não será praticada. A beleza da visão da responsabilidade social está no equilíbrio entre os seus componentes: econômico, social, ambiental, cultural. O mesmo equilíbrio que cada ser humano busca para construir uma vida feliz, em harmonia com seu trabalho, comunidade e natureza.

9) RS – Quais as metas do instituto para este ano?
RS – 
Acreditamos realmente que podemos “construir uma sociedade melhor, ajudando empresas a transformar seu ambiente de trabalho”. Essa missão é tão forte que mostramos a todo candidato a trabalhar no Great Place to Work® no mundo todo e perguntamos se, de fato, a pessoa acredita nisso e quer participar desse esforço. Caso contrário, não faz sentido apenas dar um “emprego” a alguém. Iniciamos 2009 aumentando os investimentos da empresa e, ao invés de reduzir o quadro de pessoal, estamos contratando novos talentos. Já temos escritórios em 41 países que aplicam pesquisas e desenvolvem projetos em mais de 60 países, e vamos continuar crescendo globalmente.

Temos funcionários do Brasil trabalhando em escritórios de outros países. As iniciativas globais serão reforçadas, publicaremos relatórios e uma revista internacional. Preparamos o lançamento, para 2010, da pesquisa global “Melhores Empresas Trabalhar”. Vamos ficar muito mais digitais, com muito mais conteúdo disponível pela internet, além de ampliar em muito nossa rede de relacionamentos com empresas e profissionais no mundo todo. E seremos ainda mais responsáveis socialmente.


Great Place to Work – Site: www.gptw.com.br – Tel.: (11) 3093-7771

Também nessa Edição :
Perfil: Sergio Arditti
Artigo: A Força da Terra
Notícia: O que deu na mídia (edição 70)
Notícia: Uma força para a educação
Notícia: Música contra o esquecimento
Notícia: Piaçava Sustentável
Oferta de Trabalho: Procura-se (01/2009)

Filed Under: Entrevista

Reader Interactions

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Primary Sidebar

Veja mais

Os Benefícios de Adotar um Animal de Estimação em Vez de Comprá-lo

March 20, 2024 Leave a Comment

A Importância das Redes Sociais para Prefeituras e Municípios no Brasil

February 2, 2024 Leave a Comment

Energia Solar: Transformando Luz em Sustentabilidade Ambiental

January 30, 2024 Leave a Comment

Recent Posts

  • Os Benefícios de Adotar um Animal de Estimação em Vez de Comprá-lo
  • A Importância das Redes Sociais para Prefeituras e Municípios no Brasil
  • Energia Solar: Transformando Luz em Sustentabilidade Ambiental
  • A Importância Da Doação De Sangue
  • Transformando o Mundo: Startups Sociais e Suas Inovações Locais

© Copyright 2002 - 2025 Responsabilidade Social — ISSN: 1677-4949. Website support service