
Leonardo Boff
Nossa 17ª edição resgata a biografia de uma das figuras mais importantes do cenário social brasileiro, o teólogo catarinense Leonardo Boff. O ideólogo da Teologia da Libertação nasceu em Concórdia, Santa Catarina, em 1938. Neto de imigrantes italianos da região do Veneto, Leonardo Boff fez seus estudos primários e secundários em Santa Catarina e São Paulo. Em seguida, cursaria Filosofia em Curitiba e Teologia em Petrópolis. Após ingressar na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959, Leonardo obtém seu doutorado em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique. É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suíça), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.
Durante 22 anos, Leonardo Boff foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior.
Leonardo Boff se destaca na histórica nacional por ser umas das primeiras vozes de protesto contra um modelo de globalização propagadora de miséria e marginalização. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com “Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade”.
A Teologia da Libertação aflorou no Brasil, nos primeiros anos da década de 60, no contexto da análise do fenômeno do subdesenvolvimento. Até então ensinava-se que o subdesenvolvimento, era um problema de atraso técnico, superado apenas com o desenvolvimento tecnológico. A Teologia da Libertação pregava a denúncia da exploração e o excessivo centrismo norte-americano.
Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro “Igreja: Carisma e Poder”, foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de “silêncio obsequioso” e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso.
Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo. Hoje continua como teólogo da libertação, escritor, professor e conferencista nos mais diferentes auditórios do Brasil e do estrangeiros, assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base (CEB
Site: www.leonardoboff.com
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