
Moema Leão
Diretora da Fundação que leva seu nome, Moema Leão é reconhecida no país inteiro pelos projetos sociais voltados para mulheres. Desde adolescentes até presidiárias do Distrito Federal têm tido a oportunidade de aprender a arte do retalho e do fuxico com Moema, técnica que pode lhes garantir a própria sustentação. Nascida em Rio Verde, interior de Goiás, em 1946, Moema chegou a Brasília em 1971, com o marido e quatro filhos.
Dirigiu a Casa Viva, a Síntese e a Artefacto, todas lojas de decoração. A atuação na área social, entretanto, começou sem planejamento. Enquanto dirigia as lojas de decoração, Moema era responsável pela organização das festas da Associação para o Bem-Estar do Menor (ASBEM), que realizava festas para a elite brasiliense e doava o dinheiro arrecadado para creches, asilos e abrigos para excepcionais, na Ceilândia. “Gostava muito de dar festas na minha casa e participava da Associação mais por prazer”, confessa.
Com o passar do tempo, a idéia foi amadurecendo. Sua candidatura a Deputada Distrital, em 1994, foi determinante para se empenhar de vez na área social.“O contato com a realidade me fez perceber que desejava ter um projeto social próprio”. Assim surgiu a Fundação Moema Leão. No início, a Fundação dedicava-se exclusivamente à doação de cestas de alimentos a creches, mas Moema queria mais. “Eu desejava ensinar às pessoas necessitadas como ganhar dinheiro”, lembra. Envolvida com o mundo das artes desde jovem, Moema começou a procura por algo que pudesse ensinar e que fosse viável financeiramente. “Depois de muita pesquisa, descobri o patchwork, técnica sofisticada de arte em retalho, que se encaixava perfeitamente no que eu procurava”, lembra.
Em 1997, junto ao Sebrae, Moema reuniu dez mulheres dispostas a aprender a técnica, ela inclusive, e iniciou seu projeto social. Sempre muito preocupada com a viabilização comercial do trabalho que executavam na Fundação, Moema chegou a ser criticada. “No começo, me achavam mercenária. Mas eu só acredito em projeto social auto-sustentável”. Essa é uma das chaves do sucesso de seus projetos. Antes de iniciar qualquer trabalho, Moema cuida primeiro do cliente. “Nunca fiz uma amostra sequer, tudo o que faço é vendido de antemão. Acho que o desperdício não tem cabimento num projeto social”, afirma. Outro elemento que faz parte do sucesso dos projetos sociais de Moema é o conhecimento detalhado de cada peça. Ela elabora com as próprias mãos cada modelo piloto antes de passá-lo às alunas. “Para coordenar e ensinar é preciso saber exatamente o que se quer”, explica.
Em 1999, realizou um projeto com adolescentes, pelo qual foram reproduzidas diversas obras da cidade em painéis de retalho. Mas o maior desafio teve início em 2000, quando recebeu uma proposta da Juíza Sandra de Sanches para realizar o projeto no presídio de Brasília. “No começo, fiquei muito assustada. Não sabia o que ensinar, nem para onde enviaríamos o trabalho”, declara. Surgiu, então, a idéia do fuxico – trabalho que requer menos técnica e precisão. Em parceria com o Sebrae e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, a Fundação Moema Leão permaneceu dois anos no Presídio Feminino do Gama. Os produtos passaram a ser vendidos no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, no Beach Park, em Fortaleza, assim como na loja de artesanato da Casa Cor do país inteiro. “Foi um trabalho maravilhoso. Sempre levávamos tecidos mais coloridos para alegrar o dia-a-dia daquelas mulheres”, recorda.
O projeto teve tamanha repercussão que o presídio de Ribeirão Preto, MG, e a prefeitura de Joinville, SC, já convidaram Moema a implantá-lo naquelas cidades. Neste ano, Moema se deparou com um novo desafio: o convite da Secretaria de Habitação, Seduh, para realizar o projeto no Varjão. Hoje, são setenta mulheres que há um mês estão aprendendo a técnica do fuxico e que têm trabalho garantido, pelo menos, para os próximos seis meses. Mas Moema já tem planos mais amplos. “Hoje, o objetivo é ensinar o fuxico. Mas minha intenção é que elas criem um centro próprio”, adianta.
Assim, aos 57 anos, Moema Leão ainda tem muito a fazer. Mesmo com todo o reconhecimento nacional de seus projetos e a superação de tantos desafios, ela ainda não se considera uma mulher realizada. O seu propósito é aumentar essa rede de projetos sociais de forma a criar empregos por meio de centros auto-sustentáveis. Por outro lado, percebe que sua missão é enfrentar os obstáculos que a vida lhe apresenta. “Estou sempre rompendo barreiras. Hoje, chego à conclusão que eu vim a este mundo para aprender e, logo depois, ensinar”.
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Moema Leão. Grande Incentivadora da Educação e Cultura no Distrito Federal.
A educação para todos é o principal sustentáculo da vida social. Ela comunica, propaga e amplia a cultura, estende a cidadania e edifica saberes para o trabalho.
Mais que tudo, ela é capaz de ampliar as margens da liberdade humana, à medida que a relação pedagógica adote como compromisso e horizonte ético-politico, o amor à solidariedade e a emancipação.
No desempenho dessa função social transformadora, que visa à construção de um mundo melhor para toda a educação tem por sim uma tarefa clara em relação à diversidade humana: trabalhá-la como fator de crescimento de todos no processo educativo.
Se o nosso sonho e o nosso empenho são por uma sociedade mais justa e livre, precisamos trabalhar desde já o convívio e valorização das diferenças, alicerce para uma verdadeira cultura de amor para o progresso do Brasil e da Humanidade.
A Educação voltada para a cidadania é uma das chaves para fortalecer a democracia, o respeito mútuo, a justiça social e a igualdade de oportunidades.
Parabéns Moema Leão pelo seu dinamismo e fino trato, tenho também trilhado um árduo caminhar junto a projetos que elabore aqui em Brasilia e Ceilândia como o Projeto Picasso Não Pichava, Projeto Garimpando Talentos, Projeto Geração de Talentos e outros.
Por Favor Gostaria fazer parte da sua Equipe de trabalho acredito que poso desenvolver um Projeto de qualidade para a Fundação Moema Leão.
Aguardo com afeto deixo um forte abraço.
Muito Obrigado.
Fernando Nunez
Parabéns Moema Leão