
Breno Strussmann, Facilitador e Diretor Geral da Mercur, explica sobre o surgimento e atuação dos projetos da empresa. Além disso, debate sobre a educação brasileira e inovações na área de tecnologia. Confira a entrevista!
Responsabilidade Social – Como surgiu a proposta do Diversidade na Rua e como sua atuação evoluiu ao longo do tempo?
Breno Strussmann – O projeto da Mercur chamado Diversidade na Rua surgiu pela necessidade de compreensão mais abrangente sobre o ambiente da Educação, por meio de um repensar sobre o papel da empresa neste campo de atuação. Iniciou-se pelo relacionamento com diferentes instituições conectadas ao assunto e escolas de Santa Cruz do Sul, porém, atualmente, com uma abrangência maior de parceiros e pessoas na sua rede. Durante as interações, e após um encontro com educadores em São Paulo, tornou-se clara a necessidade de propiciar ambientes de discussão que envolvessem o tema: diversidade. Em 2013, o projeto concretizou a realização de três encontros na cidade de Santa Cruz do Sul, onde fica sua sede. Desde que começou a repensar seu papel enquanto indústria, a Mercur passou a buscar formas de entender as reais necessidades das pessoas e disponibilizar seu conhecimento e estrutura para oferecer acesso a produtos e serviços que tenham significado para todos. O projeto conta com dois ambientes digitais que possibilitam interação com o usuário. O primeiro é o site do Diversidade na Rua (diversidadenarua.cc) que é um espaço para receber informações, compartilhar e difundir assuntos sobre inclusão e acessibilidade. O segundo ambiente é a Loja do Diversidade (loja.mercur.com.br) que não é apenas uma loja virtual, mas sim um canal para desenvolver relacionamentos, através de atitudes de colaboração. Um dos conceitos disponíveis na loja é o “frete amigo”, que possibilita comprar um produto e contar com a ajuda de um voluntário da rede de colaboração para realizar a entrega, o que torna o custo com o produto mais baixo e ajuda na prevenção ao meio ambiente. .
RS – A Mercur reconhece ter um conjunto de responsabilidades junto aos seus públicos e, para dar conta delas, estabeleceu um conjunto de direcionadores (princípios) e de direcionamentos (metas internas) para a sua gestão. Quais são?
BS – Nossos direcionadores são os valores que condicionam a nossa forma de atuar. São eles:
· Atuamos em função das pessoas;
· Buscamos soluções relevantes com simplicidade;
· Somos éticos em todos os nossos relacionamentos;
· Preservamos para a posteridade;
· Atuamos em mercados éticos, que valorizam a vida.
· Os direcionamentos são os desafios que inspiram nosso dia a dia e orientam nossas tomadas de decisão.
· Substituir gradualmente os insumos não-renováveis utilizados no processo produtivo.
· Reduzir as emissões de GEE e compensar as que não puderem ser evitadas.
· Substituir importações, valorizando a produção local.
· Reduzir a diferença entre o menor e o maior salário.
· Desenvolver pessoas em relacionamentos, através de Espaços de Aprendizagem.
· Novos modelos de negócio construídos de modo a maximizar a ocupação e renda, promovendo o desenvolvimento local.
· Não praticar negócios com indústrias que envolvam operações com tabaco, armamentos, jogos de azar, agrotóxicos, bebidas alcoólicas, e que imponham maus tratos a animais.
RS – A Mercur desenvolve uma série de projetos que visam inovar em áreas estratégicas para a companhia. Qual o balanço que pode ser apresentado a respeito destes?
BS – Os projetos estratégicos da Mercur tem nos auxiliado no desenvolvimento de competências, principalmente, ligadas ao relacionamento e a construção coletiva de possibilidades com o envolvimento e a colaboração das pessoas que precisam ter suas necessidades atendidas. Ao longo do tempo temos experimentado a vivência do nosso Compromisso Institucional, que é unir pessoa e organizações para criar soluções sustentáveis. Acreditamos que unindo pessoa e organizações, a partir de complementaridades, poderemos construir soluções que não signifiquem mais do mesmo, mas que possam indicar novos patamares de uso, criando novas facilidades e ampliando o acesso de mais segmentos da sociedade a elas.
RS – Como você avalia a educação brasileira? Houve avanços significativos na última década? Quais foram os retrocessos?
BS – O ambiente da Educação, ainda que seja um segmento que a Mercur atenda e que tenhamos muito interesse em uma relação cada vez mais próxima e significativa, não é o ambiente que a indústria teria verdadeira propriedade para avaliar.
RS – O que é o COlabora? Quais ideias ele visa reconhecer?
BS – O COlabora é uma mobilização pela Tecnologia Assistiva. O propósito: uma mobilização para a construção colaborativa de uma solução para melhorar a vida de pessoas com mobilidade reduzida. O resultado será uma muleta, mas, pensada e construída a muitas mãos, a partir das reais necessidades das pessoas, considerando a redução dos impactos humanosocioambientais. Mais informações sobre o projeto: http://www.mercur.com.br/COlabora
RS – Qual o seu entendimento do termo ‘responsabilidade social’?
BS – Na Mercur não temos utilizado o termo Responsabilidade Social em relação a nossa forma de atuar. No mesmo período em que estabelecemos os nossos Direcionadores Estratégicos, a nossa área de atuação passou a ser o Bem-estar. Atuamos de forma a valorizar as relações e nossas referências norteadoras são o foco em pessoas e a espontaneidade, ou seja, a naturalidade das relações. Temos traduzido o Bem-estar como O mundo de um jeito bom pra todo o mundo, entendendo que tudo que a empresa faz, cada atividade realizada para atingir seus objetivos, tem implicações em pessoas e no mundo em que vivemos. Esta, então, é a nossa noção de responsabilidade.
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