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João Cariello

October 3, 2020 by admin Leave a Comment

João Cariello

João Cariello

Responsável pela gestão de um investimento que, apenas em 2002, foi superior aos R$ 120 milhões, o Diretor da Fundação Bradesco, João Cariello, fala ao www.RESPONSABILIDADESOCIAL.COM sobre o perfil da entidade e suas principais contribuições à sociedade brasileira. Também comenta sobre a difícil missão de desfazer o rótulo de “vilão”, atribuído às empresas do sistema financeiro, bem como tece algumas críticas às empresas que investem no social apenas com o intuito de criar uma boa oportunidade de marketing. “Ressalto a importância de que o investidor social tenha clareza do que deseja e do que realmente divulga em termos de ação e resultado, desenvolvendo um projeto que guarde vínculo com a sua cultura, sua origem e identidade, para que não tenhamos um desperdício de esforços e esvaziamento da prática da responsabilidade social, como um modismo”, provoca. Conheça melhor as visões de Cariello na entrevista abaixo:

1) Responsabilidade Social – Quando e por que o Banco Bradesco resolveu criar uma Fundação?
João Cariello –
A Fundação Bradesco foi instituída em 1956, a partir da firme convicção de que a educação está na origem da igualdade de oportunidades e da realização pessoal e coletiva.

2) RS – Qual a principal proposta de atuação da Fundação Bradesco?
JC – A missão institucional da Fundação Bradesco é proporcionar a formação educacional de crianças, jovens e adultos, sobretudo aos menos favorecidos economicamente, através da construção e manutenção de Unidades Escolares em regiões de acentuadas desigualdades sociais, permitindo que seus alunos, através do acesso à educação, possam alcançar sua realização pessoal através do pleno exercício da cidadania.

3) RS – Quantos projetos já foram desenvolvidos pela Fundação Bradesco? Em que áreas?
JC – A Fundação em si é um imenso projeto educacional, que oferece, de forma inteiramente gratuita à totalidade de seus mais de 105 mil alunos, cursos de Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), Educação Profissionalizante em nível Básico e Técnico e Educação de Jovens e Adultos. Além dos mais diversos projetos pedagógicos realizados em suas escolas, que contemplam temas como cidadania, relações de trabalho e consumo, diversidade cultural, desenvolvimento comunitário e preservação ambiental, mantém ainda, programas institucionais de inclusão digital, educação à distância, voluntariado e capacitação para portadores de deficiência visual.

4) RS – Em quantos estados brasileiros a Fundação atua? Existe uma estimativa do número de pessoas beneficiadas pelos projetos?
JC – A Fundação está presente em todos os estados brasileiros, através de escolas próprias, que constrói, equipa e administra. No último ano, realizamos mais de 103.322 atendimentos diretos, nas modalidades de ensino descritas acima.

5) RS – Qual o volume de investimento na Fundação em 2002 e qual a previsão de investimentos neste ano?
JC –
Os recursos financeiros destinados à Fundação Bradesco são oriundos do Banco Bradesco e empresas ligadas à Organização. Em 2002, foram investidos R$ 123.307 milhões e a previsão para o ano de 2003 é de R$ 129,924 milhões.

6) RS – Que tipo de benefícios a Fundação traz para a empresa (o Banco Bradesco)? Tanto em termos de experiência quanto em termos de compensações (financeiras, de marketing, etc).
JC – A legislação assegura algumas imunidades e isenções no que tange a renda, patrimônio e serviços para as instituições que se enquadrem aos requisitos específicos definidos pelo legislador. Tais incentivos estão à disposição de qualquer empresa interessada em empreender ações desta natureza, desde que constitua e preste contas de sua condição de filantrópica. No caso específico da Fundação Bradesco, podemos afirmar, seguramente, que suas ações estão relacionadas direta ou indiretamente ao desenvolvimento das localidades onde se inserem e, como reflexo deste impacto, temos o fortalecimento das economias locais. A maioria das 39 escolas que mantemos em todos os estados brasileiros localiza-se, prioritariamente, em áreas de acentuada carência de prestação de serviços educacionais, constituindo-se referência sócio-cultural para cada região. A comunidade vê na Fundação Bradesco possibilidades de ampliar horizontes de trabalho e de realizações. Em cada unidade multiplicam-se os princípios éticos que orientam ações coletivas e pessoais. As unidades destacam-se pela qualidade de trabalho e excelente infra-estrutura. Entende-se que tudo isso justifique a grande procura de moradores da região por matrículas em todos os cursos e motive a instituição a continuar ampliando seu investimento.

7) RS – Como é possível desfazer a imagem negativa que marca o setor financeiro, sempre visto como o ‘vilão’, em função do atual sistema econômico, marcado pelos juros altos, pela exclusão e pela diferença social? Nesse caso, o ato de investir em Responsabilidade Social não poderia ser visto pela sociedade como um contra-senso?
JC –
O consumidor está cada vez mais atento à postura de empresas que tentam mascarar práticas condenáveis com uma propaganda enganosa a respeito de suas ações sociais. Coerência, ética e respeito ao cliente são princípios fundamentais a serem seguidos na construção de uma gestão socialmente responsável. No caso específico da Organização Bradesco, esta ocupa uma posição pioneira e modelar perante o cenário de responsabilidade social, movimento que atualmente tem estimulado empresas que não contavam com uma ação social efetiva, a repensar sua estratégia. Proporcionalmente à liderança que ocupa no setor financeiro, além de projetos de apoio à saúde, cultura e esporte, o Bradesco mantém há 46 anos a Fundação Bradesco, entidade sem fins lucrativos, voltada à educação formal, que também lidera as iniciativas de atuação empresarial social, tanto em termos de investimento, como em abrangência e número de beneficiados de comunidades carentes em todos os estados do país. As escolas da Fundação Bradesco já formaram mais de 490 mil alunos, que puderam ingressar gratuitamente em cursos de educação básica (educação infantil ao ensino médio) além de educação profissionalizante e de jovens e adultos. Embora sua origem esteja ligada à atividade filantrópica, os resultados e perspectivas da Fundação estão alinhados com as demandas atuais, seja por parte do público beneficiado, levando-a a diversificar e modernizar sua atuação, seja em relação a empresas, clientes, fornecedores, funcionários, mídia e organizações da sociedade civil, que reconhecem no seu trabalho um modelo a ser seguido. O reconhecimento da sociedade quanto à nossa proposta social é o melhor respaldo que temos para continuar investindo em educação, por acreditarmos que o acesso à escolarização é o melhor caminho para superação das desigualdades sociais.

8) RS – Com a mudança de governo, será adotada alguma nova estratégia de atuação? Os projetos serão ampliados?
JC –
Entendemos, de forma geral, que a segregação de poderes (Público x Privado) há que ser substituída por uma estrutura que esteja em melhor sintonia com a nova ordem em que vivemos, pois do contrário, corremos o risco de negligenciar as causas mais urgentes por ignorarmos que também somos responsáveis pelas ações de interesse público. Se somos empresários, somos também eleitores, cidadãos de direitos e temos o dever de colaborar para a melhoria das condições socioeconômicas do país e de ocupação do planeta. Já não é mais suficiente que a participação do setor lucrativo esteja restrita ao pagamento de impostos e delegação ao Estado da atribuição de solucionar todas as mazelas sociais. Esse é um problema de todos nós e que tem impacto nos negócios da empresa, como por exemplo, quando não conseguimos profissionais com boa escolarização, quando temos comunidades vizinhas sem as mínimas condições de aferição de renda para suprir necessidades básicas, como a alimentação e moradia digna, ou nossa produção é comprometida pela diminuição dos recursos naturais. Assim, justifica-se que a empresa, bem como o setor social, colabore com o Estado, de forma a potencializar a sua ação através do compartilhamento de práticas eficazes, contribuindo na medida de sua legitimidade, com os melhores aspectos de sua atuação como: a gestão profissional e focada em resultados; e as práticas de mobilização e articulação. Para isto, notamos como tendência uma aproximação e intensificação do diálogo entre os atores sociais, para a formatação de políticas públicas que venham de encontro a esse desejo real de superação das condições atuais de pobreza e desigualdade em que vivemos. Não se trata de uma privatização das atribuições do Estado, mas de uma dinâmica que comporte relações mais flexíveis e de incentivo à iniciativa privada e à sociedade civil organizada, que desejam cooperar seriamente para uma transformação social, através da celebração de alianças intersetoriais, onde as partes exercem papéis bem definidos e perseguem resultados consistentes.

9) RS – Como o senhor define o conceito Responsabilidade Social?
JC –
A temática da responsabilidade social tem avançado e conquistado ampla adesão, em diversos espaços de discussão e circulação de conhecimentos, como a mídia e a academia, o que contribui para o fortalecimento desta prática. Todo esse movimento representa um avanço positivo em relação à forma de pensar e agir das lideranças empresariais, que demonstram atenções cada vez mais voltadas ao papel social da empresa perante desafios prementes como a distribuição mais justa de riquezas, a consciência ambiental e o desenvolvimento harmônico da sociedade através do acesso a direitos fundamentais, como a saúde e a educação. Entendo que o posicionamento da empresa em relação à sua responsabilidade social passará a ser uma condição fundamental para o sucesso de seus negócios e ressalto a importância de que o investidor social tenha clareza do que deseja e do que realmente divulga em termos de ação e resultado, desenvolvendo um projeto que guarde vínculo com a sua cultura, sua origem e identidade, para que não tenhamos um desperdício de esforços e esvaziamento da prática da responsabilidade social, como um modismo.


Também nessa Edição :
Perfil: Zilda Arns (2003/04)
Artigo: A sustentabilidade da responsabilidade social nos negócios*
Notícia: O que deu na mídia (Edição 2)
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