
Comitiva inglesa visita o Brasil todo ano para desenvolver projetos conjuntos
Comitiva inglesa visita instituição brasileira para realização de trabalhos conjuntos nas áreas de cultura e arte
A instituição social Ramacrisna, que há mais de 50 anos atua em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), se prepara para receber uma nova equipe formada por cinco pessoas, entre estudantes e professores, da Escola de Artes e Design da universidade inglesa Liverpool Hope University. A partir do dia 27 deste mês, eles se hospedam na sede da entidade, que fica na zona rural da cidade, para desenvolver uma série de trabalhos relacionados à cultura e arte dentro do projeto Solidariedade Globalizada.
Katie Fletcher, Lin Holland, Lizzie Lewis, Neomie Lanos e Tony Smith se unem às cooperadas da Futurarte, iniciativa que transforma jornais antigos, sacos de cimento e outros materiais, em bolsas, bijuterias e outros artigos. Também estão incluídas na programação oficinas com os estudantes de quatro escolas públicas atendidos pelo Centro de Apoio Educacional Ramacrisna (Caer). As atividades serão realizadas ao longo de 15 dias.
“Com a cooperativa, serão trabalhados novas técnicas e diferentes designs. O trabalho com o Caer já é bem amplo e inclui artesanato, fabricação de brinquedos. Trata-se de uma verdadeira troca de experiências”, explica Solange Bottaro, superintendente da Ramacrisna.
A parceria com a Liverpool Hope University teve início em 2004. Desde então, os ingleses vêm todos os anos até a instituição para um período de intercâmbio. A única exceção foi 2008, quando representantes da organização social marcaram presença em um encontro mundial coletivo sobre o Solidariedade Globalizada. O Brasil é o único país de língua portuguesa incluído no programa. Os demais são África do Sul, Malawi e Nigéria, na África e Sri Lanka, na Ásia.
Ao final de cada visita, os ingleses costumam deixar na Ramacrisna algumas peças produzidas em conjunto ao longo da quinzena. Visitas anteriores resultaram, por exemplo, em um grande globo feito com arame, o que nos remete aos produtos da fábrica de Telas Ramacrisna, retalhos de tecido, fios e sisal, além de outras esculturas e artigos artesanais. Contudo, a passagem dos estrangeiros pelo país não resulta apenas em obras de artes, mas também no estabelecimento de verdadeiros laços de amizade.
“Os ingleses criam um vínculo com aqueles que freqüentam a Ramacrisna e, com a ajuda das atuais tecnologias, ele não se perde. A cada ano, o grupo que vem é diferente, o que dá a um número mais abrangente de pessoas a oportunidade de conhecer o Brasil e o trabalho de responsabilidade social desenvolvido aqui”, ressalta Bottaro.
Além disso, essa é uma oportunidade para uma parte da população em situação de risco social de Betim conhecer outra cultura e ampliar a sua visão de mundo. “Todas as pessoas que participam de algum dos projetos da instituição ficam bem interessadas e perguntam bastante”, afirma a superintendente. O Solidariedade Globalizada também contribui para desmistificar o conceito que pessoas de outros países têm do Brasil e a noção de periferia.
Ramacrisna – Telefone: (31) 3596-2828
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