
Horta orgânica gera trabalho e renda para população de baixa renda
Uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aliará alimentação saudável e tratamento de dependentes químicos. Trata-se do Projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), uma tecnologia social realizada em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que plantou uma horta orgânica no Centro de Recuperação Filho Pródigo, em Planaltina (DF).
Segundo a instituição, a proposta é gerar emprego e renda por meio do cultivo de alimentos saudáveis. Para montar a plantação orgânica de pequeno custo, agricultores e internos da casa Filho Pródigo participaram de 40 horas-aula, realizadas entre os dias 12 e 15 de abril, envolvendo teoria e prática.
A capacitação fortaleceu o conhecimento de quem já trabalhava com orgânicos e ajudou os que ainda não tinham experiência no assunto. Durante os quatro dias de curso, os alunos receberam dicas de irrigação, compostagem e dimensionamento de pomar sem produtos químicos.
“Trabalhar na horta ajuda a me livrar do vício, pois mantenho minha mente ocupada o tempo todo. Meu objetivo é entrar para o ramo de agronegócio futuramente, uma atividade que aprecio”, comemora o jovem E.G.A, que participou da iniciativa. A horta do centro de recuperação é a primeira unidade desenvolvida em Brasília. Até setembro, mais 69 devem ser construídas no Distrito Federal. As próximas estão previstas para serem instaladas em São Sebastião, Sobradinho, Paranoá e Brazlândia.
Para a produtora rural Maria Roseli, que planta hortifrutis sem agrotóxicos há 16 anos, a capacitação serviu para aprimorar seu negócio. “Precisamos nos reciclar e inovar para vender mais nossas hortaliças”, destaca. O Pais é direcionado para agricultores familiares e a metodologia reúne técnicas de produção agroecológica. Mais de 10 mil pessoas já foram beneficiadas pela ação em todo o Brasil.
“O programa veio atender uma série de necessidades brasileiras, a principal delas era o combate a fome. Conseguimos alcançar ótimos resultados. Em Maceió, por exemplo, há casos em que produtores já conseguem ter renda mensal com os excedentes de produção”, destaca o gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional, Enio Queijada. Ainda de acordo com a instituição, há produtores que conseguem renda mensal de até R$ 2 mil.
Como a iniciativa é pioneira na região, o Sebrae no Distrito Federal também capacitou consultores para disseminar a técnica. “Nossa intenção foi formar multiplicadores dessa ação. A expectativa é de que os resultados conquistados em todo o Brasil tenham continuidade aqui”, justificou o gestor do projeto no Sebrae no DF, Carlos Cardoso de Souza.
Também de acordo com ele, após as aulas, os agricultores recebem visitas constantes de técnicos da metodologia por um período aproximado de 18 meses. A ideia é que eles aprimorem os negócios, com dicas sobre como cultivar mais de uma cultura.
Sebrae DF – Tel: (61) 3328-5687
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