
Por Fábio Barbosa
Quando se fala em sustentabilidade, a primeira coisa que vem a cabeça da maioria das pessoas é o meio ambiente. Eu mesmo quando comecei a falar sobre o assunto no Banco e na Febraban, logo fui chamado de banqueiro verde. Hoje as coisas mudaram e já se sabe que o conceito de sustentabilidade é muito mais amplo.
Agora, como presidente do conselho de administração, percebo o quanto é importante mostrar esse outro lado. Quando falamos sobre sustentabilidade aplicada ao negócio, estamos falando de novas demandas, novos mercados e, é claro, novas formas de fazer negócio, mas também estamos falando principalmente de considerar valores universais como ética, respeito, transparência, em todas as decisões.
É necessário compreender que estamos vivendo em uma sociedade interdependente e conectada que demanda mais transparência das empresas, principalmente após a crise financeira pela qual o mundo passou em 2008. Acredito que a força que esse movimento vem adquirindo é muito importante para todo o mundo empresarial, pois temos que trabalhar com a luz acesa. Como costumo dizer, não existe mais “on” e “off”. Nós estamos “on” o tempo inteiro.
A onda de fortalecimento de uma boa governança corporativa veio ao encontro a esse momento. Os conselhos de administração, organizados de forma independente, têm ganhado espaço por zelarem pelos valores e por essa transparência. É fundamental que o conselho esteja próximo do cotidiano da empresa, para que possa exercer de forma efetiva sua função de supervisionar as decisões estratégicas da organização.
Dentro do Santander, queremos aproveitar esse momento para fortalecer ainda mais essa cultura de transparência e ética. Hoje temos dois comitês subordinados ao conselho de administração: o de Auditoria e o de Remuneração. Aprovamos a criação de outros dois: um de Riscos e Capital e outro de Governança, Ética e Sustentabilidade, ambos ainda em frase de estruturação. Optamos por fazer uma composição com membros independentes majoritariamente. O intuito é trazer uma visão externa para auxiliar na estratégia da organização como um todo, podendo assim atuar de forma mais efetiva e com mais profundidade em questões relevantes para o banco.
Após pouco mais de um ano e meio do IPO, fomos avaliados com nota 7 pela Standard & Poors na área de governança corporativa. Um resultado muito positivo, nessa relação com o mercado que ainda estamos amadurecendo. Com a criação desses comitês acreditamos que estamos avançando ainda mais. Dessa forma, fica claro a relevância que o Santander dá ao tema e o cuidado com que trata as questões de governança.
É a nossa parte na construção de um Banco melhor, um mercado melhor e um país melhor.
Vamos em frente!
Fábio Barbosa é presidente do Conselho de Administração do Banco Santander Brasil. O artigo é proveniente do Espaço de Práticas de Sustentabilidade, uma iniciativa que visa compartilhar o aprendizado em sustentabilidade do Grupo Santander Brasil com a sociedade. O texto também foi publicado no portal Mercado Ético no dia 08 de abril de 2011.
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