Terceiro setor profissionalizado

Horta do Programa Peça por Peça

Instituto Robert Bosch oferta cursos de capacitação para entidades da sociedade civil de Campinas

Uma iniciativa inédita no país ofertará às entidades não-governamentais instaladas em Campinas, São Paulo, a oportunidade de capacitar seus funcionários e gestores. Batizado de “Desenvolvimento do empreendedorismo no terceiro setor”, o projeto é fruto de uma parceira do Instituto Robert Bosch e do Sebrae e deve beneficiar mais de 100 entidades filiadas à Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC) e também as cadastradas na Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social.

“Além de apoio financeiro prestado às entidades, criar a oportunidade para capacitação de seus funcionários e gestores é uma forma de contribuir para a profissionalização de suas atividades e, consequentemente, para a maior eficácia das ações junto às comunidades”, afirma o diretor administrativo do Instituto Robert Bosch, Carlos Abdalla. Num primeiro momento estarão disponíveis 60 vagas mensais para cada curso, mas já há previsão de abertura de novas turmas para o próximo ano.

O programa já foi apresentado às entidades que, a partir desse mês podem inscrever-se para os cursos “Aprender a Empreender” e “Juntos somos Fortes”. O primeiro, com carga horária de 24h, abordará o empreendedorismo e o segundo, com carga horária de 12h, abordará associativismo e cooperativismo. Os cursos são gratuitos e serão realizados em salas cedidas pela FEAC e pela ONG Semear, em Campinas.

Braço social da Robert Bosch América Latina, o instituto é responsável pela criação, gestão e apoio a programas sociais, num investimento anual da ordem de R$ 3 milhões em projetos próprios o de terceiros. Os recursos estão centrados principalmente em programas comunitários desenvolvidos próximos às unidades fabris da empresa. A ideia é promover a auto-sustentabilidade das comunidades e entidades assistidas. A estimativa é que mais de 32 mil pessoas são beneficiadas por ano.

Somente com o “Peça por Peça”, um programa focado na educação continuada, o instituto promove aulas de balé, de música e de educação ambiental, oficinas de artes circenses, apoia o voluntariado, entre outros. Iniciado há nove anos em Curitiba, a iniciativa soma lá 38 projetos em atividade e há dois anos foi implantado também em Campinas, beneficiando diretamente crianças e adolescentes da Escola Estadual Professor Carlos Cristovam Zink.

Além das oficinas culturais, o “Peça por Peça” é responsável no município paulista, pela plantação de uma horta comunitária, que envolve 500 estudantes em aulas práticas e teóricas de educação ambiental. São cursos sobre preparação do solo, cultivo e colheita de hortaliças em geral. O trabalho é realizado também por pessoas com deficiência atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). As hortaliças são destinadas a doações para organizações não-governamentais e para famílias com crianças em vulnerabilidade social, indicadas pelo Centro de Saúde da Vila Boa Vista.

Desde 2004, a empresa tem uma política de inclusão social das pessoas com deficiência consolidada. Além de envolvê-las em projetos sociais, atualmente as quatro fábricas brasileiras empregam cerca de 430 pessoas nessas condições. Em cada uma das unidades, a empresa realiza parcerias com entidades locais para oferecer cursos de formação técnica específicos para esse público.

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