
Alunos das oficinas
CNEC e Fundação Suely Nakao unem forças para capacitar moradores de baixa renda do DF
Educação de qualidade e qualificação para entrar no mercado de trabalho. São essas as premissas que norteiam a parceria firmada pelo Centro de Educação Profissional Felipe Tiago Gomes, da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) e pela Fundação Suely Nakao, com o intuito de beneficiar comunidades carentes do Distrito Federal. Juntas, as instituições irão ofertar mais de 40 cursos profissionalizantes gratuitos, que devem beneficiar somente na primeira etapa que ocorre até setembro deste ano, 1.900 pessoas.
Os cursos são variados. São aulas de história da arte, do design e do mobiliário; de línguas estrangeiras; de fotografia; de informática, entre outras várias opções de oficinas profissionalizantes. São, ao todo, 44 cursos, sendo 35 livres e outros nove técnicos de nível médio. O período de duração para os cursos livres varia de 20 a 140 horas e os cursos técnicos têm duração de 1.100 horas. Ao todo, são 200 vagas por turno.
A metodologia utilizada é, sobretudo, a prática. “Embora tenham espaço para aulas teóricas, nossas salas são laboratórios, onde os alunos exercitam de fato a atividade que pretendem aprender”, diz a diretora do CNEC, Eleusa Alice Bernardes. A escola conta com cozinha, confeitaria, restaurante, apartamento didático, lavanderia, laboratórios de informática, laboratório de línguas e telemarketing, estúdio de filmagem e locução e outros equipamentos relacionados às atividades profissionais ensinadas nos cursos. Além disso, todos os cursos técnicos incluem um módulo sobre empreendedorismo, para que, ao término do aprendizado, o aluno saiba como se inserir no mercado de trabalho.
A primeira comunidade a receber o projeto foi a cidade de Candangolândia. Cerca de 500 alunos do centro educacional local já estão matriculados e freqüentando os cursos. Segundo o diretor de operações da fundação, Demétrios Torres Guiot, a escolha se deu principalmente por a cidade apresentar altos índices de risco e vulnerabilidade social. “Há um grande número de pessoas sem emprego ali. Assim, o projeto abriu as portas não só para os alunos, mas também para suas famílias”, destaca.
Entre os cursos mais procurados pela população da cidade, estão os das áreas de hotelaria e gastronomia, com destaque para camareira (o), confeiteira (a) e recepcionista de hotéis e pousadas. “Em pesquisa com o empresariado local foi verificado que existe uma grande oferta de trabalho para esse segmento. É uma boa oportunidade para entrar no mercado de trabalho”, avalia o diretor.
Para garantir a conclusão do curso, a fundação patrocina o transporte, lanche e uniforme dos alunos. “Muitas vezes o aluno não tem condição de custear a condução e é obrigado a desistir das aulas. Para evitar que isso aconteça, nós disponibilizamos transportes para levá-los ao CNEC e depois trazê-los de volta para a casa”, explica Demétrios Torres Guiot.
Ainda para este ano, a fundação planeja levar o projeto para outras comunidades do DF. “Na medida em que as vagas forem sendo desocupadas, novas escolas serão contatadas”, completa o diretor. Os interessados em participar devem fazer a inscrição no CNEC, que fará uma avaliação sócio-econômica do pretendente.
Sobre a Fundação Suely Nakao – Mantida pela empresa Poliedro Informática, a instituição foi criada em 2006 para possibilitar a realização de projetos de desenvolvimento social e cultural em todo o Brasil, mas principalmente em Brasília, onde está sediada. Desde então, tem mantido parcerias com outras instituições em ações que promovam a inclusão social investindo, sobretudo, na qualificação profissional de públicos de baixa renda. Destaca-se o Programa de Inclusão Sócio-Digital, iniciado no ano passado no Distrito Federal e que, até o fim de 2009, deverá ter alcançado todas as regiões do país.
Fundação Suely Nakao e CNEC – Tel: (61) 3340-6777 (SGAN Qd. 608, Conj. D, Asa Norte – Brasília)
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