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Marta Rocha

June 18, 2020 by admin Leave a Comment

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Brasília recebe nos próximos dias 11 e 12 de junho de 2008, o I Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade. Organizado pela Atitude Brasil, o evento contará com a presença de dois ganhadores do Prêmio Nobel da Paz: o economista indiano Muhammad Yunus, que conquistou a premiação em 2006 e a presidente do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) Rajendra Pachauri, vencedora em 2007. Entre as estrelas nacionais estão Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, Luciano Coutinho, presidente do BNDES e Oded Grajew, empresário. A proposta do encontro é ampliar a difusão do conceito de sustentabilidade e discutir o papel estratégico e educativo da comunicação no processo de mudança cultural nos sistemas político, econômico e social. A diretora da Atitude Brasil, Marta Rocha, fala com exclusividade ao Responsabilidade Social sobre o evento e avalia a cobertura da mídia nacional sobre a tema.

1) Responsabilidade Social – A Atitude Brasil realiza no mês de junho de 2008, em Brasíliam o I Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade. Qual a proposta do evento?
Marta Rocha – Nós estamos propondo o diálogo entre primeiro, segundo e terceiro setores sobre o papel, o poder e a responsabilidade da comunicação dentro do entendimento do tema Sustentabilidade.

2) RS – Depois do relatório do Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas (IPCC em inglês), divulgado em fevereiro do ano passado, os meios de comunicação começaram a investir mais na cobertura de temas ligados ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Como a senhora avalia essa cobertura?
MR –
Creio que é positiva e necessária a popularização do tema. Mas percebo que as opiniões sobre o que de fato é sustentabilidade ainda variam muito e acho que acabam acontecendo, às vezes, alguns equívocos. É necessário ter um entendimento mais claro sobre o assunto – que por sua própria natureza causa várias contradições. No entanto, obrigatoriamente temos que nos aprofundar no significado para divulgarmos o conteúdo com mais simplicidade. Ou seja, os termos acadêmicos nem sempre são entendidos pelos cidadãos. São termos muito utilizados, mas que nem todo mundo consegue explicar o que é, precisam ser melhor traduzidos. Algumas dessas palavras são: sustentabilidade, carbono neutro, responsabilidade corporativa, responsabilidade social e ambiental.

A imprensa brasileira está qualificada? Acredito que sim, mas as versões são várias em função da formação de cada um. Temos jornalistas que entendem de economia, antropologia, sociologia, política e outros que falam com excelência sobre questões ambientais. Outro propósito do Fórum é exatamente unificar a fala de todos.

Em minha opinião, o que define bem o conceito de sustentabilidade é a preservação do bem comum. Ou seja, se pegarmos os quatro princípios da Carta da Terra, teremos uma definição clara. A Carta da Terra surgiu durante o período preparatório da Rio-92 e ganhou sua forma final em 2000, após longo processo de consultoria mundial que envolveu especialistas em Direito Internacional, diversos grupos da sociedade civil, centros de pesquisas científicas e de grupos espirituais, escolas, governos e representantes de causas humanistas e minorias de todos os continentes. Os principais pontos da Carta da Terra são:

1 – Respeitar e cuidar da comunidade da vida.
2 – Tratar com integridade a Ecologia.
3 – Respeitar a democracia, a não-violência e tratar da cultura de paz.
4 – Tratar com justiça a distribuição de renda para que se encontre um equilíbrio de Justiça Social e Econômica.

O I Fórum de comunicação e Sustentabilidade tem como foco principal o papel da Comunicação e seu poder com relação à disseminação para a compreensão desse assunto. Comunicar com responsabilidade temas que são importantes para todos os cidadãos – não só para os brasileiros, mas para o mundo.

3) RS – Como a senhora define o conceito de “responsabilidade social”?
MR –
Esse conceito é um dos pilares para se chegar ao conceito de sustentabilidade. Responsabilidade Social é respeitar o ambiente em que você vive e as pessoas com quem você convive. Num âmbito empresarial, por exemplo, é o respeito pelos funcionários, pelos direitos e pela individualidade de cada um.

4) RS – Na prática existem diferenças entre sustentabilidade e responsabilidade social?
MR –
A responsabilidade social está inserida no conceito de sustentabilidade. Se fizermos uma viagem no tempo, através da mídia, “responsabilidade social” já foi o termo da moda. A questão é que para o sistema econômico vigente nas décadas anteriores, nós visávamos o crescimento de patrimônio percebido – prédios, carros, equipamentos etc. – pois a corrida pela qualidade e pela tecnologia era prioridade naquela época.

Nos anos 90, voltamos a atenção para o ser humano, que passou também a ser um patrimônio para as empresas, pois surgiram outros valores além dos econômicos. Reconhecido como propriedade intelectual, indústria criativa e outros valores intangíveis das marcas. As próprias marcas passaram a ter um valor maior de mercado por isso.

Uma das explicações para esse fenômeno é a abertura de capital das empresas. Nesse mercado os processos necessariamente terão que ser mais transparentes de acordo com vários índices internacionais e até mesmo com o da Bovespa – o tripé, ou triple-botton-line (econômico, social e ambiental). A ação e prática desses índices é que define a sustentabilidade no seu contexto empresarial.

Um economista me fez a seguinte pergunta recentemente: de qual empresa você compraria ações? Respondi: Daquela que respeita seus funcionários e também seus consumidores e não daquela que não tem transparência e usa mão de obra infantil ou até mesmo adultera seus produtos com o objetivo de maior margem de ganho. O que quero dizer é que todos esses processos são de médio e longo prazo e os investidores passaram a perceber isso também. Querem investir em empresas que possam ter como objetivo a perenidade. Ou seja, a perpetuação de suas imagens e conseqüentemente de seus produtos. A reputação das empresas agora passa a ser julgadas em tempo real – isso nós também devemos à internet.

5) RS – Os profissionais de comunicação no Brasil têm clareza sobre esses conceitos?
MR –
Creio que sim, mas todos nós temos muito ainda o que amadurecer e aprender. A capacidade de criar e desenvolver processos é hoje um grande desafio para todos. Ninguém está totalmente resolvido. As contradições ainda existem e existirão por um bom tempo. Sou muito otimista e sei que logo todos começaremos a pensar mais a médio e longo prazo. O importante da discussão é que ninguém tem solução mágica para o assunto, porém alguns estão mais avançados e outros em andamento.

6) RS – Os principais jornais brasileiros ainda isolam as notícias dedicadas à causa ambiental e à responsabilidade social das matérias sobre economia, política e também do noticiário sobre consumo. Como a senhora enxerga essa separação?
MR –
É temporária, acho que já andamos um pouco com relação a isso. Uma prova são os relatórios sociais! É uma prática muito recente no Brasil. Já existem focos de abertura para o assunto. Quando o consumidor se atentar ao questionamento, tudo vai ganhando espaço.

7) RS – Como fazer para que a sustentabilidade se torne pauta diária nas redações?
MR –
Creio que já está na pauta, só falta termos mais discussões práticas para que vire um movimento de interesse de todos.

8) RS – Qual a participação de mídia na formação de indivíduos conscientes de sua responsabilidade socioambiental enquanto consumidores?
MR –
Importantíssimo! Quando a mídia assumir um papel de formador da consciência, terá um poder grande nas mãos. Tenho certeza que conseguirá, inclusive, cumprir seu papel principal que é o da informação para reflexão. Hoje tenho a impressão de que a maioria dos veículos de comunicação está voltada aos fatos. Isso acontece por uma questão de aumento do interesse do público e, acredito também, com o avanço da informação via internet que se deu nos últimos quinze anos. Houve a democratização da informação boa e ruim. Mas é nos veículos mais consolidados (TV e mídia impressa) que haverá espaço para maior reflexão.

9) RS – Quais são os principais limites e os desafios da cobertura de temas relacionados à causa social e ambiental?
MR –
Creio que os limites devem ir além dos fatos e entender o que o leitor quer ver, assistir e ouvir. Os centros de pesquisas acadêmicos conseguem mensurar, gerar novos conceitos, debater esses e outros temas. Cabe à mídia “traduzir” e interagir com a sociedade para que ela atue nas transformações necessárias relacionadas a uma reflexão da re-qualificação dos valores das pessoas e, conseqüentemente, das empresas, dos políticos e da sociedade como um todo. Será a principal contribuição para uma nova cultura de novos negócios, novos consumidores e de entendimento da necessidade dessas mudanças.


I Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade – Site: www.comunicacaoesustentabilidade.com – Tel.: (11) 7232-0720

Também nessa Edição :
Perfil: Maria Braga Moreira
Artigo: A cidadania no dia-a-dia
Notícia: O que deu na mídia (edição 54)
Notícia: Brasil ganha vitrine para produtos e serviços sustentáveis
Notícia: Parceria pela educação
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Filed Under: Entrevista

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