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Estamos preparados para as mudanças climáticas?

setembro 30, 2020 by admin Leave a Comment

Divulgação

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Por Ricardo Rose.

As notícias dos efeitos das mudanças climáticas estão em toda a imprensa. Revistas semanais de circulação nacional, como Veja e Época colocaram o assunto nas capas e nas páginas principais; telejornais abordam os aspectos econômicos e sociais do fenômeno. Frente a tanta divulgação, alguns falam em “catastrofismo desnecessário” e “exagero alarmista”. Antes pudéssemos dizer que tudo não passa de exagero da imprensa, que em poucos meses o assunto se esgota e será esquecido. As coisas infelizmente não são assim. A situação do clima da Terra é realmente grave e merece a atenção de todos os governos e de todos os agentes da sociedade civil – empresas, cidadãos, organizações – que de alguma maneira possam contribuir para reduzir o aquecimento global, causador das mudanças climáticas.

O governo brasileiro já preparou um estudo sobre o efeito das mudanças climáticas no país. “O processo que se avizinha é avassalador”, afirmou a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, durante a cerimônia de lançamento do trabalho. O estudo, elaborado por oito pesquisadores brasileiros, trata dos possíveis efeitos do aquecimento global no Brasil até o final deste século, devendo servir como base de discussão de um Plano Nacional, destinado a enfrentar o aquecimento global. A preocupação da ministra tem fundamento. Os estudos prevêem, por exemplo, a erosão de vários quilômetros do litoral, a inundação de mangues, o desaparecimento de inúmeras espécies de peixes, aves e répteis; o aumento de doenças como a malária, a febre amarela e a dengue. Também está prevista uma queda da produtividade agrícola, o que deve causar impactos na agricultura, responsável por cerca de 30% do PIB e mais de 40% das exportações. O Pantanal receberá menos chuvas e se tornará mais seco, o que constituirá uma ameaça para a fauna e a flora local. Alguns especialistas chegam a prever que no pior cenário possível, caso a temperatura aumente em torno de 3º C até 2100, o Nordeste poderá transformar-se gradualmente em um deserto e a Amazônia em cerrado.

O fenômeno climático parece estar provocando apreensão em todos os países. Na Alemanha fala-se em taxar as companhias aéreas, por conta das emissões das aeronaves. Políticos exigem do governo um aumento dos investimentos em energias renováveis e reclamam da indústria automobilística uma rápida ação no sentido de desenvolver motores menos poluentes e mais compatíveis com os biocombustíveis (onde o Brasil já assumiu a liderança). Os Estados Unidos, país que vinha mantendo um distanciamento das questões climáticas – pelo menos na política internacional – também reviu sua posição. O presidente Bush, que até há pouco ainda olhava com indiferença o problema do aquecimento global, veio ao Brasil para tratar do fornecimento de álcool para o mercado americano. A Austrália, país que ainda não assinou o Protocolo de Kyoto e que ainda há pouco foi assolada por grandes incêndios florestais, causados principalmente pelas secas, já declarou que pretende rever diversas políticas, admitindo de que são necessárias mudanças urgentes para fazer face às mudanças climáticas. O governo da Inglaterra, país que junto com a Alemanha, Suécia e Dinamarca conseguiu reduzir suas emissões em relação a 1990, planeja pesados investimentos em energia renovável, a fim de reduzir cada vez mais a dependência do petróleo e do carvão mineral, fontes causadoras dos gases que provocam o efeito estufa.

O quadro mundial está mudando mais rápido do que a maioria – mesmo entre os ambientalistas – imaginava até há alguns meses. Quando surgiu o Protocolo de Kyoto já se sabia que os níveis de redução de emissões, negociados neste acordo, eram muito baixos, bem abaixo do que esperavam os cientistas. Mas, argumentaram os negociadores, eram os níveis de redução que os países desenvolvidos aceitavam, sem que suas economias fossem prejudicadas. Além disso, o protocolo representava o primeiro passo de um longo processo, que estabeleceria níveis de redução cada vez mais altos. O instrumento passou a vigorar a partir de 2005 e desde então vinha sendo implementado.

O grande impacto em todo o mundo foi provocado pelo mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em dezembro de 2006. O estudo mostra que as mudanças climáticas são reais – ainda havia alguns que duvidavam do fato – e estão ocorrendo em um ritmo mais rápido do que se previa de início. A partir daí a situação se precipitou, ganhou divulgação mundial, e vem forçando as empresas, instituições e países a posicionarem-se claramente em relação ao assunto.

O governo brasileiro já conhece o problema das mudanças climáticas e o efeito que terá no clima, na economia e na sociedade brasileira em geral. O passo seguinte é que coordene uma iniciativa, que faça frente ao fenômeno, envolvendo toda a sociedade, já que o problema afetará a todos – a começar pelos mais pobres.


Ricardo Rose é Diretor de Meio Ambiente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. E-mail: mambiente@ahkbrasil.com

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