O pai do engenheiro, José Ramos Torres de Melo, criou o Asilo de Mendicidade do Ceará em 1905. A responsabilidade pela instituição foi passada a José Ramos Torres de Melo Filho, que deu continuidade aos trabalhos desenvolvidos pelo pai, empenhado na assistência à pessoas carentes. Em 1987, o asilo foi renomeado em homenagem ao seu fundador, então falecido, e passou a ter dedicação exclusiva ao idoso.
Com capacidade para 200 pessoas internadas, o Lar Torres de Melo dá moradia, alimentação e cuidados médicos a idosos em situação de risco. Reconhecida pela relevância de suas ações, a instituição recebe doações e auxílios para manter suas atividades. O Lar Torres de Melo tem apoio institucional da Universidade de Fortaleza. Os residentes são atendidos pelo Laboratório de Estudos de Geriatria, dos cursos da área de saúde da Unifor.
Inspirado no exemplo de irmãos que estavam no Exército e nos noticiários britânicos sobre a II Guerra Mundial, José Ramos Torres de Melo Filho ingressou como aspirante a cadete da Escola das Agulhas Negras aos 15 anos, em 1946. Ele também traz vivas as lições aprendidas em sua passagem pelo então Ginásio 7 de Setembro, tendo como principal tutor o professor Edilson Brasil Soárez.
Em 1963, graduou-se em Engenharia Civil e Militar no Instituto Militar de Engenharia. Empregou seus conhecimentos técnicos na área em diversos projetos nas frentes de trabalho no Sertão nordestino. Ele já havia conhecido de perto o flagelo da seca antes de se graduar. Como capitão do Exército, José Ramos Torres de Melo Filho ficou responsável pela assistência de cidades do interior do Rio Grande do Norte. Em 1958, ele foi destacado para explanar a situação das cidades sob sua tutela ao então presidente Juscelino Kubistchek. “A seca ainda é um grande problema do Nordeste, mas naquela época era uma mazela ainda mais brutal”, compara o engenheiro.
A conversa com o presidente da República surtiu efeito e os recursos que estavam represados foram liberados para as frentes de trabalho.
As aspirações do militar não eram apenas com o único objetivo de construir as benfeitorias, mas para que as obras servissem como fonte de renda para trabalhadores, boa parte deles agricultores afetados pela seca.
Sua experiência em campo levou-o a ser indicado, em 1966, ao cargo de assessor-chefe do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), respondendo até, interinamente, pela direção-geral do órgão, onde ficou até o fim de 1967.
Casado com Maria Acácia, Torres de Melo voltou a Fortaleza em 1969, onde passou a se dedicar ao setor da construção civil nas décadas seguintes, chegando a dirigir a Companhia de Habitação do Ceará. O retorno coincidiu com a morte de seu pai, que presidia até então o Asilo de Mendicidade do Ceará.
José Ramos Torres de Melo Filho passou a conciliar as atividades como empresário – no setor da construção civil, da cerâmica, imobiliário e rural – com ações de responsabilidade social, à frente da instituição de assistência.
É presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Foi presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará durante 21 anos e presidente da Câmara Temática de Logística do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. Foi, ainda, presidente do Sindicato de Cal e Gesso, Olaria, Ladrilho, Hidráulicos e Produtos Cerâmicos do Ceará.
Para maiores informações sobre José Ramos Torres de Melo Filho, acesse Diário do Nordeste.
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