‘Patinhas do Bem’, ação social realizada pelo adestrador Denizard Baldan faz diferença no Rio de Janeiro

Projeto realizado no Rio de Janeiro mostra como o convívio com os animais pode mudar quadros de dificuldades motoras, de relacionamento e de aprendizagem. Batizada de “Patinhas do Bem”, a iniciativa organiza visitas quinzenais de cães a instituições que cuidam de crianças, idosos e pacientes debilitados.

Criado em julho do ano passado pelo adestrador de animais, Denizard Baldan, o projeto tem por objetivo, proporcionar uma tarde de alegria e descontração, contribuindo, principalmente, para a recuperação da saúde dessas pessoas. “Os cães têm a afetividade e a reciprocidade como características, isso auxilia no acesso e no desbloqueio das emoções, devido ao vínculo paciente/animal, trabalhado pelo terapeuta. O tratamento com cães não melhora somente o estado psicológico do doente. Em crianças com doenças crônicas, como o câncer, a melhora pode não ser visível, mas é comprovada pelos médicos no aumento do bem-estar do paciente e na redução do uso de medicamentos”, defende.

Segundo ele, a ideia surgiu após oito anos à frente de eventos com animais. Hoje o projeto conta com um staff de 15 cães de temperamento dócil, em perfeitas condições psico-biológicas, com vacinas e vermifugação em dia, além do apoio de voluntários – os donos dos animais. Durante as visitas, são realizadas atividades como apresentação de agility, show dog, contato com o animal, brincadeiras para trabalhar a motricidade e estimular o raciocínio, desfile de cães fantasiados e sorteio de brindes.

“Em pacientes que sofreram algum trauma físico, o estímulo está em querer se mexer mais rápido para afagar o animal, tornando a recuperação mais rápida. Existem estudos que constatam que crianças, com problemas de hiperatividade, ganharam mais domínio na precisão dos movimentos e nos tempos de concentração, enquanto outras, com trissomia 21, por exemplo, notou-se o aumento do movimento de pinça – estimulado para a pré-escrita”, fala.

Cem por cento filantrópico, o “Patinhas do Bem”, já realizou visitas no Instituto Brasileiro de Reeducação Motora (IBRM), na Associação de Amigos com Câncer (Amicca) e na Casa Maternal Mello Mattos e reúne cerca de 100 pessoas a cada visita. Como o projeto ainda é pouco conhecido, Baldan explica que as instituições atendidas são indicadas pelos próprios voluntários, mas espera, no segundo semestre deste ano, ampliar o atendimento. “Nossa meta é dar uma credibilidade maior ao projeto. Infelizmente, muitas instituições ainda têm um certo ‘preconceito’ com a presença dos animais”, fala.

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